Grijó (Vila Nova de Gaia)

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Grijó é uma freguesia portuguesa do município de Vila Nova de Gaia, com 11,46 km² de área e 10 578 habitantes (2011).

A sua densidade populacional é de 923 hab/km².

Portugal Portugal Grijó 
  Freguesia  
Localização
Localização no município de Vila Nova de Gaia
Localização no município de Vila Nova de Gaia
Grijó está localizado em: Portugal Continental
Grijó
Localização de Grijó em Portugal
Coordenadas 41° 02' N 8° 35' O
Município VNG1.png Vila Nova de Gaia
Administração
Tipo Junta de freguesia
Características geográficas
Área total 11,46 km²
População total (2011) 10 578 hab.
Densidade 923 hab./km²
Código postal 4415
Outras informações
Orago São Salvador de Grijó
Sítio http://www.grijo.ciberjunta.com

População[editar | editar código-fonte]

População da freguesia de Grijó [1]
1864 1878 1890 1900 1911 1920 1930 1940 1950 1960 1970 1981 1991 2001 2011
3 032 3 631 4 527 4 561 4 680 4 349 4 520 5 129 5 391 5 862 6 507 8 074 8 728 10 267 10 578
Distribuição da População por Grupos Etários
Ano 0-14 Anos 15-24 Anos 25-64 Anos > 65 Anos 0-14 Anos 15-24 Anos 25-64 Anos > 65 Anos
2001 1 844 1 500 5 741 1 182 18,0% 14,6% 55,9% 11,5%
2011 1 782 1 135 6 030 1 631 16,8% 10,7% 57,0% 15,4%

Média do País no censo de 2001: 0/14 Anos-16,0%; 15/24 Anos-14,3%; 25/64 Anos-53,4%; 65 e mais Anos-16,4%

Média do País no censo de 2011: 0/14 Anos-14,9%; 15/24 Anos-10,9%; 25/64 Anos-55,2%; 65 e mais Anos-19,0%

História[editar | editar código-fonte]

Toponímia[editar | editar código-fonte]

O nome Grijó pode derivar do latim Igriji, significando pequena igreja. Este nome seria relativo às fundações anteriores do Mosteiro de São Salvador, que remontam ao século X, depois de Cristo.

João de Barros escreveu o seguinte:

Grijó - mosteiro três léguas do Porto ao sul, chamava-se Igrejoula em tempo dos Godos, que devia ser pequena cousa, depois cresceu a devoção, e viu-se acrescentar em muita renda e corruptamente lhe chamam agora assim.[2]

Mosteiro[editar | editar código-fonte]

O Mosteiro de São Salvador foi sendo construído a partir do século X, sob o nome de Mosteiro de Eclesiola, tendo sido baptizado no século XI pelo bispo de Coimbra, como Mosteiro de São Salvador de Eclesiona. Com o passar dos anos a terra começou a chamar-se Egrejinha (Igriji em latim), passando depois para Egrijó e finalmente Grijó.

No século XVI, o Mosteiro foi novamente baptizado, desta vez pelo bispo do Porto, como Mosteiro de São Salvador de Grijó. Contém o túmulo de Rodrigo Sanches, filho ilegítimo do Rei Sancho I de Portugal e da sua amante, a formosa Ribeirinha. Os claustros do mosteiro têm servido vários propósitos ao longo dos séculos, servindo mesmo de hospital durante a resistência à invasão napoleónica no século XIX.

Foi vila e sede de concelho até ao início do século XIX. Era constituído por uma freguesia e tinha, em 1801, 1 523 habitantes.

Em 10 e 11 de Maio de 1809 decorreu a Batalha de Grijó.

Município[editar | editar código-fonte]

Já deteve a categoria de município independente (Município de Grijó), sendo sede de Concelho com interina Comissão Municipal do Couto, entre 1834 e 1837. Reinava Sua Majestade Dona Maria II de Portugal (nome completo: Maria da Glória Joana Carlota Leopoldina da Cruz Francisca Xavier de Paula Isidora Micaela Gabriela Rafaela Gonzaga de Bragança, filha do Rei D. Pedro IV de Portugal, Imperador do Brasil como D. Pedro I, e da arquiduquesa Dona Leopoldina de Áustria). Em 1837, o então Município de Grijó, foi fundido ao actual Município de Vila Nova de Gaia.

Durante toda a existência do Município de Grijó (1834-1837), como Município independente, o seu Presidente foi António Ferreira dos Santos, cujos descendentes habitam, até aos dias de hoje, no lugar dos Canaviais, actualmente um sítio integrado no lugar do Loureiro.

Morgadinha dos Canaviais[editar | editar código-fonte]

A história do livro "Morgadinha dos Canaviais" do escritor Júlio Dinis decorre nesta vila também, concretamente no sítio dos Canaviais. Retrata elementos da família de António Ferreira dos Santos, bem como algumas das suas propriedades. Júlio Dinis (Joaquim Guilherme Gomes Coelho), não tendo deixado descendência familiar, tem, contudo, ascendência familiar comum à família de António Ferreira dos Santos.

Lugares[editar | editar código-fonte]

  • Loureiro
  • Póvoa
  • Murraceses
  • Corveiros
  • Santa Rita
  • Feiteira
  • Vendas
  • Aldeia Nova
  • Albardo
  • Santo António
  • Padrão
  • Ervilhaca
  • Monte
  • Outeiro
  • Porfia
  • Chamusca

Património[editar | editar código-fonte]

Colectividades[editar | editar código-fonte]

Associações Culturais[editar | editar código-fonte]

  • Tuna Orfeão de Grijó, fundada a 1 de Maio de 1912
  • Rancho Folclórico de São Salvador de Grijó
  • Grupo Recreativo e Cultural do Loureiro
  • Grupo Recreativo de Mocidade Corveirense
  • Coro do Mosteiro de Grijó

Associações Desportivas[editar | editar código-fonte]

Associações Religiosas, Humanitárias e de Solidariedade Social[editar | editar código-fonte]

  • A Familiar de Grijó - Associação Mutualista, fundada a 1 de Outubro 1892
  • Conferência São Vicente de Paulo da Paróquia de São Salvador de Grijó
  • Centro Social da Paróquia de São Salvador de Grijó
  • Corpo Nacional de Escutas - Agrupamento 610 de Grijó
  • Confraria de Santiago da Paróquia de São Salvador de Grijó
  • Associação de Salvamento e Resgate

Referências

  1. Instituto Nacional de Estatística (Recenseamentos Gerais da População) - https://www.ine.pt/xportal/xmain?xpid=INE&xpgid=ine_publicacoes
  2. Barros, João de (1549). Libro das antiguidades e cousas notáueis de Antre Douro e Minho, e de outras muitas de España e Portugual. [S.l.: s.n.] 

Ligações externas[editar | editar código-fonte]

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