Grupo Caoa

Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.
(Redirecionado de Grupo CAOA)
Grupo Caoa
Grupo Caoa
Logotipo do Grupo Caoa
Razão social Caoa Motor do Brasil Ltda.
empresa de capital fechado
Atividade indústria automobilística
Fundação 1979 (45 anos)
Fundador(es) Carlos Alberto de Oliveira Andrade
Sede São Paulo[1]
Presidente Carlos Alberto de Oliveira Andrade Filho
Produtos automóveis
Subsidiárias Caoa Montadora
Caoa Seminovos
Website oficial caoa.com.br

O Grupo Caoa é o distribuidor das marcas Subaru, Hyundai e Chery no Brasil.[2][3] Possui duas fábricas próprias no Brasil, uma no Distrito Agroindustrial de Anápolis, onde são montados modelos da Hyundai[4][5] e da Chery, bem como outra em Jacareí/SP, advinda da aquisição de 50,7% das operações brasileiras da fabricante chinesa Chery, em setembro de 2017, formando assim a CAOA Chery.[6]

História[editar | editar código-fonte]

O médico paraibano Carlos Alberto de Oliveira Andrade comprou em 1979 um Ford Landau em uma concessionária chamada Vepel, na cidade de Campina Grande na Paraíba[7], mas a concessionária faliu antes de entregar o veículo. Como compensação pelo carro não entregue, Carlos ficou com a concessionária. Após cerca de 6 anos, o Grupo Caoa – nome formado a partir das iniciais de seu fundador – alcançou o patamar de maior revendedora Ford de toda a América Latina. A expansão da empresa no setor automotivo aconteceu em 1992, quando o Brasil abriu as portas para a importação de veículos. Nos anos seguintes a Caoa tornou-se importador oficial de outras marcas[8] como a Renault.[9]

Em 1998, passou a representar a fabricante japonesa Subaru.[10]

O Hyundai Tucson foi o utilitário esportivo mais vendido do Brasil

Em 1999, a Hyundai também passou sua representação para a Caoa no Brasil, depois de passar pelas mãos de outros dois distribuidores. Em 2001, a Hyundai tornou-se a marca líder do mercado de importados e o Tucson tornou-se utilitário esportivo mais vendido.[11]

Em 2007, o grupo inaugurou a Caoa Montadora de Veículos, resultado do investimento inicial de R$ 1,2 bilhão, construída no Distrito Agroindustrial de Anápolis.[12] A fábrica rendeu a Carlos Alberto de Oliveira Andrade o título de "Empreendedor do Ano da Indústria" pela revista Isto É Dinheiro.[13]

Em 2010, a fábrica de Anápolis foi reconhecida como "Empresa do Bem" pela revista IstoÉ Dinheiro, pelo programa de reaproveitamento de resíduos da produção dos veículos e participação do reflorestamento na região Centro-Oeste.[14]

No último trimestre de 2013, a fábrica de Anápolis, que já produzia o Tucson, o HR e o HD78, passou por um novo ciclo de investimento para dar início à produção do ix35. O aporte de R$ 600 milhões garantiu aperfeiçoamentos na linha de montagem com a inclusão de 10 robôs, responsáveis por cerca de 50% do trabalho de soldagem.[15]

Em maio de 2014 saiu da linha de montagem da Caoa o ix35 de número 10.000, e o Grupo completou 35 anos de existência.[16]

Em 2017, a Hyundai Caoa foi a primeira colocada na pesquisa de satisfação com pós-venda de veículos, segundo a J.D. Power, que entrevistou mais de 3.700 proprietários que adquiriram carros novos nos últimos 12 meses no país.[17]

Em novembro do mesmo ano a Caoa adquiriu 50,7% das operações brasileiras da fabricante chinesa Chery, passando a ser a responsável pela fabricação e distribuição da marca no Brasil.[6] Possui fábricas Chery em Jacareí(SP) e Anápolis(GO).

Em 2019 apoiará a HB20 Motorsport.[18]

Polêmicas[editar | editar código-fonte]

Propaganda enganosa[editar | editar código-fonte]

Em 2011, o grupo foi denunciado ao Ministério Público de Minas Gerais (MPMG) por possivelmente praticar propagandas enganosas, como a declaração do ano de fabricação do Subaru Forester, segurança e motor do ix35 e das potências de Veloster, Elantra e outros modelos.[19][20]

Denúncias de corrupção[editar | editar código-fonte]

Em 2015 o Grupo Caoa, junto com outras montadoras, foi investigado pela denúncia de lobby para a aprovação da Medida Provisória 471 de 2009, no governo do então Presidente Luiz Inácio Lula da Silva, que concedeu benefícios fiscais a empresas automotivas.[21]

Em 2016, o Grupo Caoa foi acusado de pagamento de propina ao ex-ministro da Casa Civil e da Fazenda Antonio Palocci, em 2010, em troca de sua atuação para aprovar a Medida Provisória 512 daquele ano,[22] e ao governador de Minas Gerais, Fernando Pimentel, em troca benefícios tributários.[23] Em novembro de 2017, o Ministério Público Federal ampliou as investigações sobre as relações da Caoa com Palocci, após ser constatado que a empresa de consultoria Projeto, de Palocci, firmou vários contratos com o Grupo Caoa.[24]

Ver também[editar | editar código-fonte]

Referências

  1. Editora Abril (20 de julho de 2007). «Sem parar: a história de Carlos Alberto de Oliveira Andrade». Exame. Consultado em 20 de julho de 2007 
  2. Flávio Mobaroli e Marcos Vieira (11 de janeiro de 2007). «Entrevista com Carlos Alberto de Oliveira Andrade». Jornal Estado de Goiás. Consultado em 14 de junho de 2010 
  3. André Vieira e László Varga (13 de janeiro de 2009). «Ford pensa pequeno». IstoÉ. Consultado em 14 de junho de 2010 
  4. «Hyundai Genesis Coupé no Brasil: Grupo Caoa estuda lançar o esportivo por R$ 110 mil». 11 de abril de 2009. Consultado em 14 de junho de 2010 
  5. http://g1.globo.com/carros/noticia/2014/01/hyundai-prioriza-expansao-de-fabrica-antes-de-novos-produtos.html
  6. a b «CAOA compra a operação brasileira da Chery». Quatro Rodas. 20 de novembro de 2017. Consultado em 21 de novembro de 2017 
  7. «CAOA - Nossa história». Grupo Caoa. Consultado em 2 de Setembro de 2019 
  8. «Capitães da Indústria - Carlos Alberto de Oliveira Andrade». Folha de S.Paulo. 16 de dezembro de 2007. Consultado em 21 de novembro de 2017 
  9. https://www.istoedinheiro.com.br/caoa-o-construtor-de-marcas/
  10. «Caoa completa 35 anos de atuação no mercado». Automotive Business. 30 de maio de 2014. Consultado em 21 de novembro de 2017 
  11. «Hyundai e grupo Caoa seguem firmes na parceria». Revista Auto Esporte. 26 de junho de 2012. Consultado em 21 de novembro de 2017 
  12. «Hyundai inaugura fábrica em Goiás em fevereiro». CNM/CUT. 29 de novembro de 2006. Consultado em 21 de novembro de 2017 
  13. «Investidor - Carlos Alberto de Oliveira Andrade». IstoÉ Dinheiro. 12 de dezembro de 2007. Consultado em 21 de novembro de 2017 
  14. «50 Empresas do Bem (1ª a 10ª)». IstoÉ Dinheiro. 19 de março de 2010. Consultado em 21 de novembro de 2017 
  15. «Hyundai Caoa inicia produção do ix35 no país». Exame. 8 de novembro de 2013. Consultado em 21 de novembro de 2017 
  16. «Hyundai CAOA comemora produção de 10 mil ix35 em Anápolis». Motor 1. 5 de junho de 2014. Consultado em 21 de novembro de 2017 
  17. «Hyundai CAOA lidera pesquisa de satisfação da J.D. Power». Quatro Rodas. 31 de maio de 2017. Consultado em 21 de novembro de 2017 
  18. https://motor1.uol.com.br/news/275783/hyundai-hb20-motorsport-automobilismo-competicao/
  19. «Ministério Público de Minas Gerais investiga Hyundai por possíveis propagandas enganosas». Notícias Automotivas. 31 de outubro de 2011. Consultado em 6 de novembro de 2011 
  20. «CAOA tenta enganar mais uma vez os consumidores». Notícias Automotivas. 20 de setembro de 2011. Consultado em 15 de novembro de 2011 
  21. «Gilberto Carvalho fez lobby para montadoras no governo Lula». Época. 26 de outubro de 2015. Consultado em 21 de novembro de 2017 
  22. «Palocci é alvo no DF de duas novas apurações por enriquecimento ilícito». G1. 27 de setembro de 2016. Consultado em 21 de novembro de 2017 
  23. «Empresário diz que Pimentel recebeu R$ 10 milhões em propina». Jornal Nacional. 23 de maio de 2016. Consultado em 21 de novembro de 2017 
  24. «Ministério Público aprofunda investigação sobre relações de Palocci com a empresa Caoa». Época. 4 de setembro de 2017. Consultado em 22 de novembro de 2017 

Ligações externas[editar | editar código-fonte]