Guerra Indo-Paquistanesa de 1965

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Guerra Indo-Paquistanesa de 1965
Data Agosto23 de setembro de 1965
Local Caxemira
Casus belli Respaldo de Paquistão à infiltração de guerrilheiros em Jammu e Caxemira, Índia.
Desfecho As Nações Unidas ordenam um cessar fogo.[1]
Não houve mudanças territoriais permanentes.
Beligerantes
Índia
India
Paquistão
Paquistão
Comandantes
Índia Joyanto Nath Chaudhuri
Índia Harbakhsh Singh
Índia Arjan Singh
Índia Maj Gurbaksh Singh
Paquistão Ayub Khan
Paquistão Musa Khan
Paquistão Tikka Khan
Paquistão Nur Khan
Paquistão Nasir Ahmed Khan
Forças
700 000 militares (disponíveis)
700 aeronaves
720 tanques
260 000 militares (disponíveis)
280 aeronaves
756 tanques
Baixas
Fontes neutras[2]

Fontes indianas

Fontes paquistanesas

  • 110 aeronaves perdidas[4]
Fontes neutras[2]
  • 3 800 soldados
  • 200 tanques
  • 20 aeronaves
  • Mais de 1 813 km² de território perdidos

Fontes paquistanesas

  • 19 aeronaves perdidas

Fontes indianas

  • 73 aeronaves perdidas
  • 280 tanques perdidas

A Guerra indo-paquistanesa de 1965 (ou a Segunda Guerra na Caxemira) foi um conflito armado entre a Índia e o Paquistão em 1965. As escaramuças decorreram entre Abril e Setembro de 1965. Tratou-se do segundo conflito da Índia e do Paquistão pela disputada região da Caxemira, tendo o primeiro ocorrido em 1947. A guerra começou quando o Paquistão lançou a Operação Gibraltar, para infiltrar guerrilheiros na província de Jammu e Caxemira para liderar uma revolta e realizar atos de sabotagem, e assim precipitar uma insurreição do Estado contra o domínio indiano.[5] A tática, no entanto, foi rapidamente desarticulada pelas autoridades indianas, e em resposta, o exército indiano fechou a fronteira (15 de agosto), a linha de cessar-fogo antes do ataque, e atravessou a parte da Caxemira sob administração paquistanesa. O Paquistão lançou um contra-ataque em 1 de setembro (Operação Grand Slam) para assumir o controle da cidade de Akhnoor. Mas foi um fracasso e, mais uma vez, a Índia respondeu enviando suas tropas para a fronteira entre os dois países.

As cinco semanas de guerra causaram milhares de vítimas em ambos os lados. Até meados de setembro, o conflito havia produzido cerca de 3 mil mortes na Índia e, mais tarde, 4 mil no Paquistão. A Índia ocupou 1 840 km² do território do Paquistão, e o Paquistão 545 km² do território indiano. Em 22 de setembro, o Conselho de Segurança da ONU aprovou uma resolução exigindo o fim das hostilidades, o conflito cessou no dia seguinte. Sob a égide da URSS, os dois países assinaram um acordo prevendo a retirada das tropas para um retorno as fronteiras anteriores, que ocorreu eficazmente mais tarde em fevereiro de 1966. A guerra, terminou em um mandato das Nações Unidas de cessar-fogo e a posterior emissão da Declaração de Tashkent.[1]

Grande parte da guerra foi combatida entre as forças terrestres de ambos os países na Caxemira e ao longo da fronteira internacional entre a Índia e o Paquistão. Esta guerra viu o maior acumulo de tropas na região de Caxemira desde a Partição da Índia em 1947, um número que só foi superado durante o confronto militar entre a Índia e o Paquistão de 2001-2002. A maior parte das batalhas foram travadas pelas infantarias e unidades blindadas, com substancial apoio das forças aéreas. Muitos detalhes desta guerra, como os de outras Guerras indo-paquistanesas, permanecem pouco claras.[1]

Ver também[editar | editar código-fonte]

Referências

  1. a b c «Indo-Pakistani War of 1965» 
  2. a b c d e Leonard, Thomas M. (2006). Encyclopedia of the Developing World, volume 2 (em inglês). [S.l.]: Routledge. p. 806. ISBN 0415976634. Consultado em 28 de novembro de 2010 
  3. Singh, Jasjit (6 de maio de 2007). «The 1965 India-Pakistan War: IAF's ground reality». The Tribune of India (em inglês). Consultado em 28 de novembro de 2010 
  4. Osama, Athar (6 de setembro de 2007). «1965 War: A Different Legacy». Pakistaniat (em inglês). Consultado em 28 de novembro de 2010 
  5. «Kashmiris didn't back Pakistan in 1965: Gohar». The Tribune of India (em inglês). Consultado em 28 de novembro de 2010 

Bibliografia[editar | editar código-fonte]

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