Guerra da Palestina de 1948
Guerra da Palestina de 1948 | |||
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Conflito árabe-israelense | |||
![]() Combatentes árabes lutando em Jerusalém, maio de 1948. | |||
Data | 30 de novembro de 1947 - 20 de julho de 1949 | ||
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A guerra da Palestina de 1948 teve início em 30 de novembro de 1947 e perdurou até meados de 1949[nota 1] na Palestina Mandatária.
A guerra se divide em duas fases principais:
- A primeira tem início antes de 14 de maio de 1948, quando a Palestina ainda estava sob a autoridade britânica, refere-se a uma guerra civil que envolveu o yishuv e os árabes palestinos, tanto muçulmanos quanto cristãos,[nota 2] apoiados pelo Exército Árabe de Liberação.
- A segunda fase começa após 15 de maio de 1948 e dura até meados de 1949, envolvendo Israel e vários países árabes.
Segundo o acadêmico Nur-eldeen Masalha mais de 80% dos habitantes árabes da região que viria a ser o Estado de Israel abandonaram suas cidades e aldeias.[3] O avanço dos judeus, como o ocorrido em Haifa, somado ao medo de um massacre, após o ocorrido em Deir Yaassin,[4] e o colapso da liderança palestina fizeram com que muitos dos habitantes árabes fugissem devido ao pânico. Uma série de leis israelenses sobre a propriedade da terra, aprovadas pelo primeiro governo israelense, impediu que os árabes palestinos retornassem posteriormente aos seus lares ou fizessem valer seus direitos de propriedade. Essas pessoas e muitos dos seus descendentes continuam a ser considerados refugiados.[5]
Os protagonistas e comentadores denominam esses eventos de maneiras diferentes: os palestinos se referem à Guerra Civil de 1947-1948 como Al-Naqba ou Al Nakba ("a catástrofe"),[6][7] aludindo principalmente ao primeiro período, durante o qual os árabes foram vencidos pelas forças judias, e grande parte da população árabe da Palestina viveu um êxodo. Já do ponto de vista israelense, trata-se da Guerra da Independência ou Guerra da Liberação, expressão que concerne sobretudo ao segundo período, iniciado com a declaração de independência do Estado de Israel e seguida de confronto entre Israel e os Estados Árabes vizinhos.
A partir dos anos 1980, após a abertura dos arquivos israelenses sobre a guerra da Palestina, o conflito foi objeto de novos estudos, realizados sobretudo pelos chamados Novos Historiadores, que reescreveram (ou, segundo seus detratores, fabricaram) a história do conflito.
Referências
- ↑ a b Sandler, Stanley (2002). Ground Warfare: An International Encyclopedia. [S.l.]: ABC-CLIO. p. 160. ISBN 9781576073445
- ↑ «Military Casualties in Arab-Israeli Wars». Jewish Virtual Library
- ↑ Masalha, Nur (1992). Expulsion of the Palestinians: the concept of "transfer" in Zionist political thought, 1882-1948. Instituto para Estudos Palestinos, ed. 2001, p. 175.
- ↑ Morris, Benny. The Birth of the Palestinian Refugee Problem Revisited, Cambridge University Press, 2004, pp. 239–240. ISBN 978-0-521-81120-0
- ↑ Kodmani-Darwish, p. 126; Féron, Féron, p. 94.
- ↑ Ver, por exemplo, o site pró-palestino alnakba.org e o site pró-israelense palestinefacts.org
- ↑ Palestinian refugees, Israeli left-wingers mark Nakba. Palestinian refugees and Israeli activists tour W. J'lem neighborhoods to mark the 60th anniversary of 'the Catastrophe.' por Yoav Stern. Haaretz, 12 de maio de 2008.
Notas
- ↑ O último armistício assinado foi entre Israel e a Síria, em 20 de abril de 1949, porém nenhum acordo foi feito entre Israel e o Iraque, nem entre Israel e o Alto Comitê Árabe
- ↑ A população árabe palestina incluía uma importante comunidade cristã, estabelecida principalmente em Haifa, Nazareth e no norte da Galileia