Gustav von Kahr
Gustav von Kahr | |
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Nascimento | 29 de novembro de 1862 Weißenburg in Bayern |
Morte | 30 de junho de 1934 (71 anos) Campo de concentração de Dachau |
Residência | Baviera |
Sepultamento | Nordfriedhof (Munique) |
Cidadania | Alemanha |
Progenitores |
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Alma mater | |
Ocupação | político, juiz, jurista, advogado |
Prêmios |
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Religião | protestantismo |
Gustav Ritter von Kahr (Weißenburg in Bayern, 29 de novembro de 1862 — Campo de concentração de Dachau, 30 de junho de 1934) foi um político alemão, ativo na Baviera. Foi morto pela Gestapo na Noite das facas longas.[1]
Biografia
[editar | editar código-fonte]Depois de estudar direito e trabalhar por algum tempo como advogado, em 1917 ele entrou para o governo provincial da Alta Baviera, pouco antes da eclosão da revolução alemã de 1918. Em 14 de março de 1920, com o apoio do exército, foi nomeado primeiro-ministro da Baviera no lugar de Johannes Hoffmann, que renunciou após a tentativa de golpe de estado em Berlim organizada por Wolfgang Kapp.
Naqueles meses, a situação na Baviera continuava crítica: a tentativa de revolução comunista que no ano anterior levara à proclamação da República Soviética da Baviera havia deixado sua marca nas classes médias da região, que temiam uma nova insurreição bolchevique. Kahr pediu a ajuda do exército para suprimir o comunismo e não hesitou em fazer uso das organizações paramilitares ultranacionalistas que proliferavam na Alemanha naqueles anos. Em 1º de setembro de 1921, o governo da república de Weimar aprovou um decreto para proibir organizações extremistas de direita e Kahr renunciou. Em setembro de 1923, após nova violência e tumultos, o primeiro-ministro da Baviera, Eugen von Knilling, declarou a lei marcial e nomeou o comissário de Estado de Kahr (em alemão Staatskommissar) com poderes ditatoriais.[2][3]
O Putsch de Munique
[editar | editar código-fonte]Pouco depois, o general Erich Ludendorff e o líder do Partido Nazista Adolf Hitler - que queria imitar a Marcha de Mussolini em Roma - buscaram o apoio de Kahr para assumir o poder em Munique. Kahr se opôs, mas em 8 de novembro de 1923, Hitler, determinado a continuar tentar, conseguiu dar golpe na cervejaria Bürgerbräukeller, onde Kahr estava fazendo um discurso. Hitler invadiu a cervejaria à frente de um grupo SA (a milícia paramilitar do partido nazista) e, subindo numa mesa, atirando para o teto, anunciou novo plano de governo, não só regional mas para toda Alemanha, exigindo o apoio de Kahr e do governo da Baviera. Tomados de surpresa, intimidados, e estarrecidos, concordaram depois da chegada do heroi de guerra, o general que não se rendeu, Erich Ludendorff, tirado de casa e trazido para a cervejaria, e que os exortava aceitar o diktat de Hitler, continuando sob poder das SA dentro da cervejaria, até que um tumulto obrigou o líder nazista ausentar/se por uns minutos. Neste instante Kahr, o general von Lossov, o general von Seisser e todos os integrantes do governo bávaro presentes, fugiram do salão para a rua por uma porta lateral e chamaram a polícia. Vai haver confrontação, tiros e mortes. Hitler se esconde no campo mas termina preso.
Morte
[editar | editar código-fonte]Mais de 10 anos depois, em 30 de junho de 1934, durante a chamada noite das facas longas, Kahr pagará por sua decisão de fugir da cervejaria e chamar a policia, com a vida. Preso em Munique, ele foi morto por alguns SS e seu corpo foi jogado em um pântano perto de Dachau.[2][3]
Referências
- ↑ "Biography: Gustav von Kahr". Página acessada em 30 de dezembro de 2015.
- ↑ a b Kershaw, Ian (2008), Hitler: A Biography , Nova York: WW Norton & Company, p. 126
- ↑ a b Shirer, William L. (reimpressão de 1961, 1990), The Rise and Fall of the Third Reich , Simon & Schuster, ISBN 0-671-72868-7