Haloterapia
Haloterapia ou Terapia de Sal é um tipo de tratamento de terapia alternativa que consiste na utilização terapêutica de minas e grutas de sal ou outras formas de exposição a um ambiente atmosférico salino. A prática não tem suporte científico ou qualquer evidência que sustente alguma eficácia.[1]
Minas e Grutas de Sal
[editar | editar código-fonte]Os depósitos minerais naturais de halita são consequência da evaporação de antigos lagos e mares. O sal de minerais não refinado, principalmente de cloreto de sódio, também inclui concentrações variáveis de sais minerais como cálcio e magnésio, manganês e sulfatos, que têm propriedades terapêuticas adicionais, dependendo da fonte.
As características especiais do micro-clima de uma mina de sal incluem a temperatura do ar estável, humidade e falta de poluentes no ar, como pólen, e são únicas em cada mina.
Existem registos de melhorias na respiração em mineiros em tempos Romanos e medievais. O Dr Feliks Boczkowski — um médico na mina de sal Wieliczka na Polónia — escreveu em 1843 que os mineiros dessa mina não sofriam de doenças pulmonares e o seu sucessor instalou um spa baseado nessas observações.[2] A aplicação moderna desta terapia teve início na Alemanha quando o Dr. Karl Hermann Spannagel[3] notou melhoras na saúde dos seus pacientes depois que eles se esconderam na mina Kluterthöhle karst para escapar ao bombardeamento. Na actualidade é praticada em lugares como Low Tatras|Bystrianska na Eslováquia,[4] Wieliczka na Polónia[5] e Solotvyno na Ucrânia.[6]
Em Portugal, as minas de sal gema de Loulé já são há muito visitadas por portugueses e estrangeiros por razões terapêuticas[7] e existe no momento um projecto para a implementação de um sanatório para asmáticos.
Halogeradores
[editar | editar código-fonte]Os Halogeradores são usados para simular a atmosfera salina das minas de sal-gema. Estas máquinas, altamente desenvolvidas, esmagam o sal em partículas microscópicas, ionizam as partículas e libertam-nas na atmosfera. As partículas com tamanhos entre 0.1-2.5 micrómetros são capazes de escapar às defesas naturais das vias respiratórias superiores a chegarem até aos pulmões, ao nível dos alvéolos. São tipicamente usados numa pequena sala com chão e paredes forradas com sal.
Referências
- ↑ Méndez, Roberto. «El timo de las lámparas de sal del Himalaya o cómo tirar su dinero a la basura». El Español. Consultado em 9 de agosto de 2018
- ↑ Archiv für physikalische Therapie, Balneologie und Klimatologie, Deutsche Gesellschaft für Physikalische Medizin, 1965
- ↑ Josef Cáp, Pavel Slavik, Ladislav Pecen (2007), Stanovení endogenního kortizolu u dìtí (PDF), consultado em 6 de dezembro de 2011, cópia arquivada (PDF) em
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(ajuda) 🔗 - ↑ Robert Valjent (30 de abril de 2007), Caves offer asthma relief for tourists, The Slovak Spectator
- ↑ MM Skulimowski (1968), «The microclimatic effect of the subterranean chambers of the Wieliczka Salt Mine in the treatment of bronchial asthma», Annals of Allergy, 26 (2): 66–9, PMID 5638511
- ↑ Helen Fawkes (3 de janeiro de 2006), Ukrainian mine helps asthmatics, BBC
- ↑ Empresa Clona (Grupo Melo) (5 de novembro de 2002), Doenças respiratórias, sobretudo asmáticas, http://www.aguas.ics.ul.pt