Hamster-sírio

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Estado de conservação
Espécie pouco preocupante
Pouco preocupante
Classificação científica
Reino: Animalia
Filo: Chordata
Subfilo: Vertebrata
Classe: Mammalia
Ordem: Rodentia
Subordem: Myomorpha
Superfamília: Muroidea
Família: Cricetidae
Subfamília: Cricetinae
Género: Mesocricetus
Espécie: M. auratus
Nome binomial
Mesocricetus auratus
Waterhouse, 1839

O hamster-sírio (Mesocricetus auratus) é um mamífero da ordem dos roedores, família Cricetinae (hamster). Sua distribuição geográfica natural é limitada a áreas áridas do norte da Síria e do sul da Turquia.

Por ser um animal independente e de fácil manutenção tem se tornado muito popular, pois pode ser criado em apartamentos e é um animal solitário, não necessitando companhia de outros da mesma espécie, inclusive manter essa espécie em grupos ou duplas, mesmo que sendo casais gera grande estresse e tem que ficar atento causo isso ocorra, que pode culminar em brigas fatais e canibalismo[1]

Biologia[editar | editar código-fonte]

Como a maioria dos membros da subfamília, o hamster-sírio tem bolsas expansíveis, que se estendem desde suas bochechas até os ombros. Na natureza, os hamsters usam suas bolsas para transportar comida para suas tocas. Ele é um animal onívoro, alimenta-se de sementes, tubérculos, ramos, folhas, insetos e outros pequenos invertebrados.

Pode-se distinguir um macho de uma fêmea olhando para a região da cauda. O macho quando bem jovem possui dois pontos de rosados equidistantes da linha central do corpo. Quando adultos os machos possuem as gônadas bastante visíveis, com cerca de 1 cm, facilmente identificáveis.

Estes animais vivem em média de 2 a 2,5 anos. Um fato histórico é que todos os hamsters sírios descendem de apenas uma única fêmea[2]. Em 1930, uma expedição zoológica aos montes em volta de Aleppo (hoje Halab), no noroeste da Síria, capturou quatro raros e pequenos roedores castanho-dourado, uma fêmea e três machos, e levou-os de volta à Universidade Hebraica em Jerusalém. Foram mantidos juntos e a fêmea engravidou e deu luz a uma ninhada. Claramente não havia dificuldade de criá-los em cativeiro. A Universidade começou a distribuí-los por centro de pesquisa do mundo inteiro, onde tornaram-se populares como alternativas para os ratos e camundongos comuns. O primeiro a recebê-los foi o instituto de pesquisa Médica em Mill-Hill, no norte de Londres, que enviou alguns para o zoológico da cidade. Em 1938, os primeiros hamsters dourados chegaram aos Estados Unidos.[2]

Doenças[editar | editar código-fonte]

Mesmo doente, o hamster se apresenta bastante ativo, pois ele não quer se apresentar fraco. Ele pensa que ficaria mais fácil para algum predador dominá-lo. Como possui um metabolismo muito rápido, qualquer doença se complica rapidamente. Assim como alguns outros roedores, seus dentes não param de crescer. Caso o hamster não roa com frequência para desgastá-los, podem haver consequências como cortes na boca e impedimento na hora da alimentação[3].

Alimentação[editar | editar código-fonte]

Um hamster sírio ao comer uma noz.

A alimentação correta deve ser balanceada, utilizando ração extrusada própria para hamster[4], frutas, legumes e grãos selecionados podem ser usados como petiscos ocasionais, não devem ser dados com frequência para evitar diabetes e sobrepeso[3]. Mix de sementes industrial não é recomendado, pois as sementes que o constituem são de baixa qualidade, milho e amendoim cru são encontrados na maioria das fórmulas (alimentos que não são indicados para roedores) e seus pellets possuem adição de aromatizantes e corantes artificiais, excesso de realçadores de sabor como açucares refinados e sais, causando sobrecargas nos rins e fígado desses animais[1]

Reprodução[editar | editar código-fonte]

O tempo de gestação é por volta de 14 a 16 dias, e a cada ninhada, podem nascer entre quatro a dez filhotes. Antes do parto, a fêmea prepara o ninho com folhas e caso esteja em cativeiro, com papel macio. Ao nascimento dos filhotes, as fêmeas comem a placenta. Os machos podem engravidar entre seis e sete fêmeas por dia. As fêmeas podem comer os filhotes que nascerem defeituosos, mantendo assim a saúde e maior possibilidade de sobrevivência do resto da ninhada, mas elas também comem aqueles com cheiro diferente, por isso não se deve tocar nos filhotes antes das 2 primeiras semanas de idade. A partir dos 20 dias de nascidos os filhotes que estejam comendo alimento sólido e bebendo água corretamente podem ser separados da mãe, e com 5 meses de idade, os hamsters sírios já estão aptos a reproduzir.

Comportamento[editar | editar código-fonte]

Os hamsters sírios são brincalhões e dóceis. Na natureza percorrem vários quilômetros na busca de alimento, onde estocam dentro de suas bochechas, logo após levam para o seu ninho para comer durante o dia, que é quando são inativos do lado de fora da toca.

Preferem viver de forma solitária e independente, se encontrando apenas para reprodução. É contraindicado que sejam mantidos em duplas ou grupos, pois os animais dominantes atacarão os submissos, podendo culminar em brigas fatais e canibalismo[1]

São animais noturnos, portanto suas atividades começam normalmente à noite, permanecendo até o início da manhã. Dois animais adultos não devem ser mantidos juntos pois disputam por alimento e território, não importa se sejam dois machos, duas fêmeas ou um casal, eles sempre brigam e um deles acaba morrendo.

Dificilmente emitem algum som. Possuem audição sensível, não enxergam bem e são míopes, independente do horário. Identificam os alimentos e objetos normalmente pelo cheiro, mas também dependem muito de seus sensíveis bigodes, que servem como "tato".

Outras espécies[editar | editar código-fonte]

O hamster Sírio pertence ao gênero mesocricetus, as outras especies desse gênero são:

Referências

  1. a b c Lance Jepson (2016). EXOTIC ANIMAL MEDICINE: A QUICK REFERENCE GUIDE. [S.l.]: Elsevier 
  2. a b Sykes, Bryan (2001). As sete filhas de Eva, a ciência que revela nossa herança genética. Rio de Janeiro: Record. pp. 77,78 
  3. a b Richardson, V.C.G (2003). Diseases of small domestic rodents. [S.l.]: Blackwell publishing 
  4. Bonnie Ballard and Ryan Cheek (2010). Exotic Animal Medicine for the Veterinary Technician. [S.l.]: Blackwell Publishing 
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