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Heloísa Teixeira

Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.
 Nota: Se procura a cantora e compositora, irmã de Chico Buarque de Holanda, veja Miúcha.
Heloísa Teixeira
Heloísa Helena Oliveira
Nome completoHeloísa Helena Oliveira Buarque de Hollanda
Outros nomesHeloisa Buarque de Hollanda
Nascimento
Morte
28 de março de 2025 (85 anos)

Nacionalidadebrasileira
EtniaBranca
CônjugeLuiz Buarque de Hollanda
João Carlos Horta
Filho(a)(s)Lula Buarque
Pedro Buarque de Hollanda
André Buarque de Hollanda
EducaçãoPontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro (PUC-RJ)
Universidade de Columbia
Ocupaçãoensaísta, escritora, editora, crítica literária e pesquisadora, professora universitária da Universidade Federal do Rio de Janeiro
PrémiosPrêmio Mulher do Ano 2014, Personalidade 2013 IAB-RJ, Prêmio Faz A Diferença 2012, Prêmio FAPERJ 2010 - Melhor Projeto de Extensão Universitária, Prêmio de Cultura do Estado do Rio de Janeiro 2010,Prêmio Mulher do Ano 1993, Fundação Guggenheim (1984), Prêmio Academia Brasileira de Letras (editora)
Género literárioEnsaio, pesquisa, appbooks
Magnum opus26 Poetas Hoje
Websiteheloisabuarquedehollanda.com.br

Heloísa Teixeira (Ribeirão Preto, 26 de julho de 1939Rio de Janeiro, 28 de março de 2025[1]), anteriormente conhecida como Heloísa Buarque de Hollanda, foi uma ensaísta, escritora, editora e crítica literária brasileira.

Biografia

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Nascida em 26 de julho de 1939, em Ribeirão Preto (SP), Heloísa Buarque de Hollanda foi graduada em Letras Clássicas pela Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro (PUC-Rio), com mestrado e doutorado em Literatura Brasileira na Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) e pós-doutorado em Sociologia da Cultura na Universidade de Columbia, em Nova Iorque.[2]

Foi escritora, membro efetivo e perpétuo da Academia Brasileira de Letras do RJ, professora emérita da Escola de Comunicação da Universidade Federal do Rio de Janeiro (ECO) e coordenadora do Programa Avançado de Cultura Contemporânea (PACC/UFRJ), onde dirigiu o Laboratório de Tecnologias Sociais Universidade das Quebradas.[3][4]

Foi também diretora da HB - Heloísa Buarque Projetos Editoriais, diretora da Editora UFRJ, da Editora Aeroplano, do Museu da Imagem e do Som do Rio de Janeiro (MIS-RJ)[5] e curadora do Portal Literal.

Seu campo de pesquisa privilegiava a relação entre cultura e desenvolvimento, dedicando-se às áreas de poesia, relações de gênero e étnicas, culturas marginalizadas e cultural digital.

Desde 2009 se dedicou à cultura produzida nas periferias das grandes cidades e à análise do impacto das novas tecnologias digitais e da internet na produção e no consumo da cultura, desenvolvendo os projetos laboratórios de tecnologias sociais Universidade das Quebradas e Laboratório da Palavra - Faculdade de Letras da Universidade Federal do Rio de Janeiro (FL) de edição, criação e tecnologia.[6][7]

Em abril de 2023 foi eleita para ocupar a trigésima cadeira da Academia Brasileira de Letras (ABL), sucedendo Nélida Piñon.[8]

Foi autora de muitos livros, entre eles Macunaíma, da literatura ao cinema; 26 Poetas Hoje; Impressões de Viagem; Cultura e Participação nos anos 60; Pós-Modernismo e Política; O Feminismo como Crítica da Cultura; Guia Poético do Rio de Janeiro; Asdrúbal Trouxe o Trombone: memórias de uma trupe solitária de comediantes que abalou os anos 70; Enter - Antologia Digital e Escolhas, uma autobiografia intelectual.

Em seus últimos anos, dedicou-se à organização da coleção Pensamento Feminista, em 4 volumes: Pensamento Feminista: conceitos fundamentais, Pensamento Feminista brasileiro: formação e contexto, Pensamento Feminista hoje: Perspectivas Decoloniais e Pensamento Feminista hoje: Sexualidades no Sul Global.

Em julho de 2023, anunciou que abandonaria o sobrenome famoso Buarque de Hollanda - que era do primeiro marido, o advogado e galerista Luiz Buarque de Hollanda - e passaria a adotar o Teixeira, de origem materna.[9][10]

Lançado em 2024, o documentário O Nascimento de H. Teixeira, dirigido por Roberta Ellen Canuto, acompanha a trajetória de Heloísa Buarque de Hollanda em sua transição para Heloísa Teixeira, revelando como sua transformação pessoal reflete sua contínua influência no pensamento e na cultura brasileira.[11]

Morreu aos 85 anos de idade no Casa de Saúde São Vicente, na Gávea, na cidade do Rio de Janeiro, devido a complicações de uma pneumonia e insuficiência respiratória aguda.[12][13]

Bibliografia selecionada

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Entre as suas obras encontram-se:[14]

  • Rebeldes e Marginais: Cultura nos Anos de Chumbo (1960-1970) (2023)
  • FEMINISTA, EU? LITERATURA, CINEMA NOVO, MPB (2022)
  • 29 Poetas Hoje (2021) (organizadora)
  • Pensamento Feminista hoje: Perspectivas Decoloniais (2020) (organizadora)
  • Pensamento Feminista hoje: Sexualidades no Sul Global (2020) (organizadora)
  • Explosão Feminista: arte, cultura, política e universidade (2018) (organizadora)
  • Pensamento feminista brasileiro: formação e contexto (2019) (organizadora)
  • Pensamento feminista: conceitos fundamentais (2019) (organizadora)
  • Macunaíma, da literatura ao cinema
  • 26 Poetas Hoje (org.), 1975, livro que reúne 26 poetas da geração mimeógrafo, ou "poesia marginal".
  • Impressões de Viagem
  • Cultura e Participação nos anos 60
  • Pós-Modernismo e Política
  • O Feminismo como Crítica da Cultura
  • Guia Poético do Rio de Janeiro
  • Asdrúbal Trouxe o Trombone: memórias de uma trupe solitária de comediantes que abalou os anos 70
  • Enter - Antologia Digital
  • Escolhas, uma autobiografia intelectual

Filmografia

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Fonte:[15]
Ano Título Créditos
1974 Ovelha Negra Cenografia
Litoral do Piauí Montagem
1977 Mar de Rosas Cenografia
1978 Estratégia do Abrigo Produção
Lição de Piano Produção e direção de arte
Xarabovalha: O Teatro Alternativo Cenografia
1980 Das Tripas Coração Cenografia
1981 Dr. Alceu Roteiro e direção
1983 O Mulo Roteiro e adaptação

Referências

  1. «Morre Heloisa Teixeira, que mudou rumos do feminismo e da crítica cultural no Brasil». Folha de S.Paulo. 2025-03-28. Consultado em 2025-03-28 
  2. «Heloisa Buarque de Hollanda». heloisabuarquedehollanda.com. Consultado em 16 de novembro de 2025 
  3. «Membros da Academia Brasileira de Letras - Heloísa Teixeira». Academia Brasileira de Letras. 15 de janeiro de 2015. Consultado em 20 de junho de 2024 
  4. «Pesquisa Avançada - Apresentação». PACC. Consultado em 20 de junho de 2024 
  5. Secretaria de Cultura do Recife
  6. Site de Heloísa de Holanda
  7. «Heloísa Buarque de Hollanda no site do PACC/UFRJ». Consultado em 24 de junho de 2009. Arquivado do original em 24 de abril de 2009 
  8. «Heloisa Buarque de Hollanda é escolhida para Academia Brasileira de Letras». Correio Braziliense. 20 de abril de 2023. Consultado em 20 de abril de 2023 
  9. «Heloísa Teixeira toma posse na Academia Brasileira de Letras». Agência Brasil. 29 de julho de 2023. Consultado em 29 de julho de 2023 
  10. Fortuna, Maria (17 de julho de 2023). «'Não vou morrer Heloisa Buarque de Hollanda', diz uma das maiores pensadoras do feminismo brasileiro, que não quer mais ser reconhecida pelo sobrenome do marido». Rio de Janeiro: O Globo. Consultado em 29 de julho de 2023 
  11. AdoroCinema, O Nascimento de H. Teixeira, consultado em 29 de março de 2025 
  12. «Heloisa Teixeira, escritora, pensadora do feminismo e membro da ABL, morre aos 85 anos». G1. 28 de março de 2025. Consultado em 28 de março de 2025 
  13. Veroneze, Heloisa Montagner (28 de março de 2025). «Heloisa Teixeira, escritora e membro da ABL, morre aos 85 anos». Jornal da Fronteira 
  14. «Heloisa Teixeira». Academia Brasileira de Letras. Consultado em 20 de junho de 2024 
  15. «FILMES». Heloisa Buarque de Hollanda. Consultado em 16 de novembro de 2025 

Ligações externas

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Precedida por
Nélida Piñon
ABL - sexta acadêmica da cadeira 30
2023—2025
Sucedida por
Paulo Henriques Britto