Henri Gaussen

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Henri Gaussen
Henri Gaussen
Nascimento Henri Marcel Gaussen
14 de julho de 1891
Cabrières-d'Aigues
Morte 27 de julho de 1981 (90 anos)
Toulouse
Residência França
Cidadania França
Ocupação botânico, ecologista, meteorologista, geógrafo, professor universitário
Prêmios
  • Officer of the Order of Agricultural Merit
  • Cavaleiro da Legião de Honra
  • Doctor honoris causa pela Universidade Complutense de Madri (1957)
  • Doctor honoris causa pela Universidade Complutense de Madri (1957)
Muséum de Toulouse : A espiral etnobotânica do Jardin botanique Henri Gaussen.

Henri Gaussen (Cabrières-d'Aigues, Vaucluse, 14 de julho de 1891Toulouse, 27 de julho de 1981) foi um botânico e biogeógrafo francês.

Biografia[editar | editar código-fonte]

Em 1926, Gaussen defendeu a sua tese (mémoire) tendo como tema a vegetação da metade oriental dos Pirenéus, e lançou as bases para o seu futuro trabalho, na fronteira entre biogeografia e a cartografia da vegetação. Gaussen está na origem da noção de estágios altitudinais e de sucessão ecológica, sendo um dos fundadores da moderna fitogeografia.[1]

Na história da cartografia francesa da vegetação, foi um precursor: baseado no Mapa botânico e florestal da França à escala 1/200 000 elaborado por Charles Flahault em 1897, publicou em 1936, após 10 anos de trabalho, o Mapa da cobertura vegetal da França à escala 1/1 000 000 (quatro folhas NE, NO, SE),[2] concluído após sua morte pelo serviço da carta fitogeográfica de Toulouse (Service de la carte phytogéographique de Toulouse)[3] que ele criara e dirigira no seio do Centre national de la recherche scientifique (Centro Nacional de Investigação Científica ou CNRS).

Foi autor de muitos projetos semelhantes em outros países, entre os quais um Mapa da vegetação da África Ocidental Francesa à escala 1/200 000 (Orstom, 1951 -1957) dos quais assinou, com Guy Roberty e Jean Trochain, a folha da região de Thiès.[4] O seu trabalho no campo da fitogeografia levou a um grande número de avanços e ferramentas como o índice de Gaussen, o índice xerotérmico e o diagrama ombrotérmico.

Foi também por iniciativa de Gaussen que foi fundado o laboratório silvo-pastoril de Jouéou (futuro laboratório florestal), criado em 1922, e da sua ação resultou o dinamismo e reputação do ensino e investigação em botânica na Universidade de Toulouse. Grande viajante, foi também o criador de uma seção científica no Instituto Francês de Pondicherry. Henri Gaussen foi professor em Toulouse toda a sua vida, onde foi eleito provrdor da Academia de Jogos Florais (Académie des Jeux floraux) em 1958.

Tendo acumulado um número impressionante de fotografias pessoais, doou a sua coleção para incorporação nos Arquivos Departamentais de Haute-Garonne, onde podem ser consultados.

Em reconhecimento pelo seu trabalho científico na cartografia da cobertura vegetal e ecologia, recebeu em 1971 o grande prémio da Sociedade de Geografia de Paris pelos seus trabalhos e publicações geográficas.

Em sua honra foi criado o Prémio Henri-Gaussen (Prix Henri-Gaussen), concedido pela Académie des sciences, inscriptions et belles-lettres de Toulouse, para reconhecer em cada ano uma obra científica sobre a cadeia dos Pirenéus. O seu nome foi também dado ao jardim botânico anexo ao Museu de Toulouse, o Jardin botanique Henri-Gaussen.[5] Uma avenida no bairro dos Minimes de Toulouse também tem o seu nome.

Obras[editar | editar código-fonte]

Entre muitas outras, Henri Gaussen é autor das seguintes obras:

  • Predefinição:Citar livr ; com 2.ª edição inteiramente revista em 1954.
  • Paul Lechevalier, ed. (1934). Géographie Botanique et Agricole des Pyrénées Orientales (10 pl., 2 cartas coloridas.) (em francês). Paris: [s.n.] 392 páginas 
  • Les Gymnospermes actuelles et fossiles. Travaux du laboratoire forestier de Toulouse 2 (em francês). [S.l.]: faculté des sciences de Toulouse. 1946–1979 
  • Montagnes. La Vie aux hautes altitudes (em francês). [S.l.]: Horizons de France. 1955  (em colaboração com Paul Barruel).

É também autor de múltiplos artigos, entre os quais:

  • . "Les Cultures en terrasses dans le bassin méditerranéen occidental" (fr)..
  • . "Le Dynamisme des biocénoses végétales" (fr)..
  • (dezembro de 1966). "Habitations humaines dans les Pyrénées et les Alpes" (fr).

Foi igualmente editor do periódico Travaux du Laboratoire forestier de Toulouse.

Referências[editar | editar código-fonte]

  1. Claude Tassin (2017). Paysages végétaux du domaine méditerranéen. [S.l.]: IRD Éditions. p. 44 
  2. Paul Rey (2009). «Histoire de la cartographie de la végétation en France» (PDF). Bulletin du Comité Français de Cartographie. Le Monde des Cartes. 106 páginas 
  3. Dossier de carrière au CNRS conservé aux Archives nationales à Fontainebleau sous la cote 20070296/222.
  4. pleins_textes_5/notexp/43327.pdf Download.
  5. Vassal, J. (1968). Jardin botanique Henri Gaussen (em francês). Toulouse: Université Paul Sabatier. 15 páginas 

Bibliografia[editar | editar código-fonte]

  • Les cultures en terrasses dans le bassin méditerranéen occidental in Annales de géographie, t. 36, 1927
  • Les gymnospermes actuelles et fossiles, Travaux du laboratoire forestier de Toulouse 2, 1946-1979
  • Le dynamisme des biocénoses végétales, Colloque international du CNRS sur l'écologie. P., Fevereiro 1950
  • em colaboração com Paul Barruel, Montagnes, la vie aux hautes altitudes, Horizons de France, 1955
  • Habitations humaines dans les Pyrénées et les Alpes, in La Montagne, Club alpin français, dezembro 1966

Ligações externas[editar | editar código-fonte]