Herr Mannelig
Herr Mannelig (também conhecido como Herr Mannerlig, Herr Magnus och havsfrun ou Bergatrollets frieri) é uma balada sueca medieval que conta a história de uma troll da montanha (bergatroll) que propõe se casar com um jovem.[1]
História
[editar | editar código-fonte]A balada foi publicada pela primeira vez em 1877, como uma canção folclórica da região de Sudermânia, gravada na paróquia de Lunda, em Nicopinga.[1][2] Uma variante da paróquia de Näshulta, em Eskilstuna, publicada na mesma coleção em 1882, tinha o título O Cortejo da Ninfa da Floresta (em sueco: Skogsjungfruns frieri), com cinco versos adicionais em que a ninfa oferece um castelo, doze cavalos, um estábulo, doze moinhos, uma espada dourada, uma camisa de seda, um chapéu de damasco vermelho, um casaco azul, e, por fim, um tesouro de ouro e diamantes.
O tema utilizado é classificado pelo folclorista Reidar Thoralf Christiansen no número 5050 de sua taxonomia, "esperança da fada pela salvação cristã", mesmo tema da Pequena Sereia de Hans Christian Andersen, influenciada por sua vez pelo romance Undine, de Friedrich de la Motte Fouqué, por sua vez baseada na teoria de Paracelso que certos espíritos desalmados buscam a espiritualidade imortal casando-se com mortais, de forma que experienciem o sofrimento humano.[3][4] No folclore alemão, este tema é mais tipicamente expressado por o ser espiritual tentar trazer o mortal à perdição ao invés de buscar a salvação através dele.
A canção se tornou, na versão de 1877, popular nos gêneros neofolk, folk rock e neo-medieval desde sua inclusão no álbum Guds spelemän, de Gamarna, em 1996. Performances ulteriores incluem In Extremo e Haggard, entre outras menos conhecidas.
Letra
[editar | editar código-fonte]A troll da montanha está tentando convencer o senhor Mannelig (em sueco: Herr Mannelig) a casar-se com ela. Ela oferece a ele muitos presentes mas ele se recusa a se casar com ela, pois percebe que ela não é cristã, mas uma troll da montanha (uma criatura maligna). Ela se desespera por não conseguir casar-se com o jovem, pois casando-se com ele, ela se livraria de seu tormento (possivelmente a maldição de viver como um troll). Segue a letra na versão de Lunda:[1]
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Referências
- ↑ a b c H. Aminson, ed. (1877). «Bergatrollets frieri». Bidrag till Södermanlands äldre kulturhistoria (PDF) (em sueco). 1. [S.l.]: Södermanland's Forminnesförening. pp. 21–23. Consultado em 4 de fevereiro de 2018
- ↑ H. Aminson, ed. (1882). «Bergatrollets frieri». Bidrag till Södermanlands äldre kulturhistoria (PDF) (em sueco). 3. [S.l.]: Södermanland's Forminnesförening. pp. 34–36. Consultado em 4 de fevereiro de 2018
- ↑ Christiansen, R. T. (1958). The Migratory Legends: A Proposed List of Types with a Systematic Catalogue of the Norwegian Variants. [S.l.: s.n.]. Tipo 5050. Consultado em 4 de fevereiro de 2018. (em inglês)
- ↑ Seigneuret, Jean-Charles (1988). Dictionary of Literary Themes and Motifs. 1. [S.l.: s.n.] p. 170
- ↑ A troll refere-se ao mortal através da forma de tratamento formal eder, enquanto o mortal se dirige à troll pelo pronome informal du.
Ligações externas
[editar | editar código-fonte]- Herr Mannelig Texto original e tradução para o inglês