Saltar para o conteúdo

Death (banda)

Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.
(Redirecionado de Human (álbum de Death))
Death
Death (banda)
Death na Cidade do México, em junho de 1989. Da esquerda para a direita: Terry Butler (baixo), Paul Masvidal (guitarra), Eric Greif (empresário) , Bill Andrews (bateria) e Chuck Schuldiner (vocal e guitarra)
Informação geral
Origem Orlando, Flórida
País Estados Unidos
Gênero(s)
Período em atividade 1983–2001
Gravadora(s) Nuclear Blast, Roadrunner, Relativity, Combat
Integrantes Chuck Schuldiner
Shannon Hamm
Scott Clendenin
Richard Christy
Ex-integrantes Veja lista completa
Página oficial emptywords.org

Death foi uma banda dos Estados Unidos, originária de Orlando, Flórida, fundada em 1983 e considerada uma das principais desenvolvedoras e difusoras do death metal.[1][2] Seu vocalista e guitarrista, Chuck Schuldiner, foi um dos primeiros a usar vocais guturais ativamente, e sua técnica de guitarra é citada por muitos músicos como inspiração. A banda teve seu fim em 1998, após Schuldiner iniciar um novo projeto de heavy metal chamado Control Denied.[3]

Formação (1983-1985)

[editar | editar código-fonte]

Considerada uma das bandas mais influentes do death metal, a história do Death teve início quando o guitarrista e vocalista Chuck Schuldiner e o guitarrista Rick Rozz se juntaram ao baterista e vocalista Barney "Kam" Lee para formarem primeiramente o Mantas. Inspirados principalmente por bandas como Venom e Slayer, o trio começou a forjar as suas primeiras composições, enviando-as a várias "tape-traders" internacionais. Numa destas sessões foi produzida uma demo intitulada Death by Metal de 1984, composta por cinco canções, que, apesar do seu registro deveras bruto, alçou a banda como uma das mais promissoras da América dentro do death metal, cuja banda em evidência era o Possessed, proveniente de San Francisco.[1][2]

Embora tenham gozado de um efêmero reconhecimento, os integrantes do Mantas presumiram que não eram recebidos com o devido crédito, como revelou Chuck:

Nesse ínterim, o Mantas acabou por se dissolver em 1984.

Posteriormente, Chuck Schuldiner intentando perfazer canções mais pesadas e rápidas, anunciou os seus planos para formar uma banda denominada Death. Reconciliado com Rozz e Lee, Chuck iniciou a elaboração de novas demos, dentre as quais se originária a legendária "Reign of Terror", a qual, definitivamente, impingiu o Death como referência no death metal mundial, denotando-os, assim, o caráter do seu real potencial como banda. Alcançava o Death, dessa forma, o "seu lugar no mapa". Após várias breves aparições ao vivo (comumente em bares) a banda concentrou-se em erigir seu caminho ao primeiro petardo.

Primeiros álbuns (1986-1990)

[editar | editar código-fonte]

Lançado em julho de 1987, Scream Bloody Gore, teve grande projeção entre a crítica especializada. Esse álbum é considerado um marco dentro do estilo e influenciou grande parte das bandas que aderiram ao gênero anos mais tarde. Músicas como "Zombie Ritual" e "Baptized In Blood" são até hoje muito reverenciadas pelos fãs. No ano seguinte Terry Butler (baixo) e Bill Andrews (bateria) entram no grupo e lançam Leprosy, outro álbum considerado essencial para fãs do gênero. A evolução de Schuldiner como músico e compositor era notável, o som do Death ficava cada vez mais técnico e veloz, assim como a produção também havia melhorado bastante, se comparado ao álbum anterior. Destacam-se faixas como "Pull The Plug", Forgotten Past" e a faixa título.[4] Bastante conhecidos no meio Underground, o Death inicia a turnê de divulgação, passando pela Europa, onde tiveram alguns problemas referentes a organização, e na América do Norte (No México, a banda contou com o reforço do guitarrista Paul Masvidal), consagrando-os como uma das melhores bandas de Metal ao vivo da época.

Logo após, Chuck contratou o virtuoso guitarrista James Murphy, que junto a banda, gravaria o álbum Spiritual Healing, lançado em fevereiro de 1990, produzido por Scott Burns. Chuck Schuldiner cada vez mais se mostrava um grande compositor, e a técnica do Death crescia gradualmente a cada lançamento. Chuck também mudou a temática das letras, dessa vez apostando mais em críticas sociais. Em 1990, às vésperas de uma turnê europeia, Schuldiner decidiu não viajar, alegando que no último minuto, ele sentiu que a turnê não foi devidamente organizada. Andrews e Butler continuaram com a turnê pela Europa como "Death" para cumprir as obrigações contratuais da banda, e recrutaram os roadies Walter Trachsler (guitarra) e Louie Carrisalez (vocal) para substituir Schuldiner, para grande espanto deste. Schuldiner tomou medidas legais e Butler e Andrews foram demitidos da banda. Desde então, Chuck havia decidido que não trabalharia mais com músicos fixos no Death, apenas músicos contratados.

Início da fase técnica (1991-1996)

[editar | editar código-fonte]
Chuck Schuldiner em 1992

Logo após, Chuck contatou o exímio baixista Steve DiGiorgio, do Sadus, e recrutou o Sean Reinert (bateria) e Paul Masvidal (guitarra), do Cynic, para gravarem o álbum Human.[5] Considerado um dos primeiros álbuns de death metal técnico, Human mostrou o Death em um nível técnico nunca visto antes, com melodias ainda mais complexas e intrincadas, sendo ainda mais progressivo que os álbuns anteriores e com uma produção muito mais cristalina. Human foi o álbum melhor sucedido comercialmente do Death até então, e dele saiu o primeiro e histórico videoclipe da banda, "Lack Of Comprehension", dirigido por David Bellino. O clipe teve boa veiculação pela MTV e outros meios, uma das raras vezes em que grandes meios de comunicação divulgariam uma banda de metal extremo. Devido a conflitos com a agenda do Sadus, DiGiorgio não pode sair em turnê com o Death, dando lugar ao baixista Skott Carino, que além de participar da turnê de divulgação do álbum entre 1991 e 1992, também participou do clipe da "Lack Of Comprehension".

Em 1993, Masvidal e Reinert deixaram a banda e retornaram ao Cynic. Para substituí-los, Schuldiner chamou o habilidoso baterista Gene Hoglan, que havia acabado de sair do Dark Angel, e o guitarrista Andy LaRocque, que tocara com King Diamond.[6] Com esse Line-up, foi lançado o álbum Individual Thought Patterns. Considerado pelos fãs de longa data o melhor álbum da banda, o Death havia chegado ao seu auge, musicalmente e tecnicamente. Ainda mais progressivo e poderoso, e com uma produção digna de bandas de Metal Mainstream como Metallica e Iron Maiden, o álbum contava com grandes composições como "Overactive Imagination", "Trapped In A Corner", e a música mais conhecida do Death, que deu origem segundo videoclipe da banda, "The Philosopher". Individual Thought Patterns levara o Death ao seu auge comercial e os tornaram muito populares. O videoclipe de "The Philosopher" até apareceu em um episódio de Beavis & Butt-head em 1994. No entanto, o Death sairia da Roadrunner Records, distribuidora dos álbuns na Europa, após um contrato que durou oito anos. Após outra longa turnê, muito bem sucedida, com o guitarrista Ralph Santolla substituindo LaRocque, que teve compromissos com King Diamond, em 1995, era hora de gravar um novo álbum. Chuck contratara os músicos Kelly Conlon e Bobby Koelble, para substituir DiGiorgio e LaRocque. Gene Hoglan permaneceria com a banda. Então, em 1995, é lançado Symbolic. Diversos fãs mantem-se em dúvidas e dividem opiniões até hoje, para descobrir qual álbum é melhor, se este ou o anterior. Contando com músicas como "Crystal Mountain", "Perennial Quest", "Zero Tolerance" e a faixa-título, o álbum rapidamente tornou-se um clássico do estilo. Para a turnê, Chuck contratou o baixista Brian Benson, mas esse deixou a banda antes mesmo desta começar, devido a conflitos com Schuldiner. Logo após, Chuck iniciaria o seu projeto de Metal Progressivo, Control Denied, e o Death iniciaria um hiato. No entanto, Schuldiner conseguiu um contrato com a Nuclear Blast para ambas bandas.

Último disco e fim da banda (1997-2001)

[editar | editar código-fonte]

Em 1997, no entanto, o Death retorna mais uma vez, para lançar o último álbum da carreira, The Sound Of Perseverance, contando com Richard Christy (bateria), Shannon Hamm (guitarra) e Scott Clendenin (contra-baixo). Lançado pela Nuclear Blast em 1998, The Sound Of Perseverance mostrava um Death ainda mais técnico e progressivo (alguns materiais foram re-aproveitados do Control Denied), e com Chuck cantando de uma forma diferente - ao invés dos tradicionais guturais, Chuck optaria por um vocal mais rasgado e agudo. Destacam-se composições como "Scavenger of Human Sorrow", "Spirit Crusher", "A Moment of Clarity", e o cover de "Painkiller", do Judas Priest. A turnê de divulgação seguiu com o mesmo Line-up que gravou o álbum.[7]

Depois do álbum e duas turnês de suporte, Schuldiner colocou o Death de lado para se dedicar ao Control Denied com Christy e Hamm. Clendenin foi trocado por Steve DiGiorgio, e o vocalista Tim Aymar. Embora o line-up e estilo das músicas do Control Denied fossem em grande parte semelhantes ao do Death, Schuldiner criou o Control Denied, porque ele estava descontente com os vocais menos agressivos para o Death. No entanto, em vez de trair o que a banda Death significava e como soava para os fãs, ele optou por criar uma nova banda: "Para mim, é apenas uma questão de evolução, fazendo do jeito certo, ou não", afirmou.[8] Quando Schuldiner terminou de gravar o álbum de estréia do Control Denied, ele foi diagnosticado com câncer no cérebro, forçando a banda a cancelar os planos para uma turnê pelos EUA e Canadá. Após um pesado tratamento, a condição de Schuldiner melhorou, mas o tumor o deixou em um estado muito vulnerável e enfraquecido. Logo após, contraiu pneumonia e foi internado. Em 13 de dezembro de 2001, Chuck recebeu alta e voltou para casa, onde, uma hora depois, veio a falecer, dando fim de vez as atividades da banda.[9]

Última formação

[editar | editar código-fonte]

Ex-integrantes

[editar | editar código-fonte]

Linha do tempo

[editar | editar código-fonte]
Logotipo
Ver artigo principal: Discografia de Death
Álbuns em estúdio
  • Live in Combat Ultimate Revenge 2 (1988)
  • Live in Houston (Bootleg, VHS, 04.02.1989)
  • Lack of Comprehension (videoclip, 1991)
  • The Philosopher (videoclip, 1993)
  • Live in Florence (VHS, 10.12.1993)
  • Live in Cottbus '98 (1998, Official Bootleg)
  • Live in L.A. (Death & Raw) (Official Live, DVD/VHS, 05.12.1998)
  • Live in Music Hall (1998, Virus Cable TV)
  • Live in Eindhoven (Official Live, DVD), 2001, Nuclear Blast)

Referências

  1. a b Rivadavia, Eduardo. «Death Biography». AllMusic. Consultado em 21 de fevereiro de 2014 
  2. a b Grayson, Perry M. (11 de abril de 2002). «Precious Memories of Chuck Schuldiner». EmptyWords. Consultado em 21 de junho de 2009 
  3. O Estado de S. Paulo (19 de janeiro de 2012). «Dez anos sem Chuck Shuldiner, o líder do Death». Consultado em 18 de junho de 2019 
  4. Eduardo Rivadavia. «Spiritual Healing - Death | Songs, Reviews, Credits, Awards». AllMusic. Consultado em 25 de abril de 2015 
  5. Clymo, Rob (fevereiro de 1992). «Keeping Death On The Road». Thrash 'n Burn. Empty Words. Consultado em 26 de outubro de 2011 
  6. «Gene Hoglan Interview Death Drummer on Slayer and James Hetfield». Music Legends. Consultado em 3 de julho de 2013 
  7. «Roadie Metal Cronologia: Death – The Sound of Perseverance (1998)». Consultado em 18 de junho de 2019 
  8. Gargano, Paul (fevereiro de 2000). «Interview With Chuck Schuldiner». Metal Edge. Empty Words. Consultado em 15 de dezembro de 2009 
  9. Whiplash.net. «Em 13/12/2001: Chuck Schuldiner, do Death, morre por causa de um raro tumor cerebral». Consultado em 18 de junho de 2019 
  10. [1]

Ligações externas

[editar | editar código-fonte]
Este artigo sobre uma banda ou grupo musical dos Estados Unidos é um esboço. Você pode ajudar a Wikipédia expandindo-o.