Igreja de Zemo Nikozi

Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.
Igreja de Zemo Nikozi

A igreja da Deidade de Zemo Nikozi (em georgiano: ზემო ნიქოზის ღვთაების ეკლესია) também conhecida como Ghvtaeba (ღვთაება), é uma catedral ortodoxa localizada na aldeia de Zemo Nikozi, município de Gori, na região centro-leste de Shida Kartli, Geórgia. Faz parte do complexo que também inclui uma torre sineira, o palácio do bispo e uma parede. O complexo é considerado um monumento cultural da Geórgia.[1]

Localização[editar | editar código-fonte]

A igreja está localizada na atual aldeia de Zemo Nikozi, a parte "superior" do assentamento histórico Nikozi, na margem direita do rio Grand Liakhvi, nas imediações da zona de conflito da Ossétia do Sul, a cerca de 3 km da Sul da capital, Tskhinvali.[2]

História[editar | editar código-fonte]

A primeira menção registrada de Nikozi aparece em uma crônica de Juansheren sobre o ano 800, e atribui a fundação da igreja e a nomeação de um bispo ao rei do século V, Vakhtang Gorgasali: "ele construiu a igreja de Nik'ozi em um templo de fogo, e instalou um bispo onde o corpo de St. Ražden foi enterrado, que havia sido martirizado pelos persas na guerra com Vaxt'ang ".[3] Esta história foi reiterada pelo historiador príncipe Vakhushti, por volta de 1745, que acrescentou que um bispo ainda residia em Nikozi em seu tempo, sendo "um pastor para caucasianos, dvals e o que é conhecido como Ossétia, assim como Glola-Ghebi".[4]

Durante agosto de 2008, intensos combates ocorreram entre as forças da Geórgia e da Rússia, com ataques aéreos russos em 10 de agosto de 2008, que danificaram o complexo Nikozi, especialmente o recém-reparado palácio episcopal. Várias estruturas foram completamente destruídas.[5][6]

Após a guerra, por iniciativa do Conselho da Europa, um projeto de estabilização de emergência foi implementado no complexo Nikozi.[7][8]

Referências

  1. «List of Immovable Cultural Monuments» (PDF) (em georgiano) 
  2. Mindorashvili, Davit (2013). «ნიქოზი [Nikozi]». Topoarchaeological dictionary of Kartlis tskhovreba (The history of Georgia) (PDF). Tbilisi: [s.n.] pp. 385–386. ISBN 978-9941-15-896-4 
  3. Robert W. Thomson. Rewriting Caucasian history: the medieval Armenian adaptation of the Georgian chronicles; the original Georgian texts and the Armenian adaptation. Oxford: [s.n.] 217 páginas. ISBN 0198263732 
  4. Prince Vakhushti, Tsarévitch. Description of the Kingdom of Georgia. S.-Pétersbourg: [s.n.] pp. 252–253 
  5. «Post-Conflict Immediate Actions for the Social and Economic Revitalisation of the Communities and Cultural Environment in the Municipality of Gori (Georgia). Preliminary Technical Assessment: Nikozi Monastery» 
  6. «What the Russians Left In Their Wake in Georgia». The Wall Street Journal 
  7. «Emergency stabilisation of the Ephiscopal Palace of Nikozi monsatery complex» 
  8. John Robert Pickard (2018). An integrated approach to cultural heritage: The Council of Europe’s Technical Co-operation and Consultancy Programme. [S.l.: s.n.] 37 páginas. ISBN 9789287185839