Igreja e Convento de São Gonçalo

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 Nota: Se procura pela igreja homônima paulistana, veja Igreja de São Gonçalo (São Paulo).
Igreja e Convento de São Gonçalo
Igreja e Convento de São Gonçalo
Igreja e Convento de São Gonçalo, Amarante. À direita, a Ponte de São Gonçalo.
Tipo
Início da construção 1543
Fim da construção antes de 1600
Património Nacional
DGPC 70623
SIPA 4820
Geografia
País Portugal
Localidade São Gonçalo
Coordenadas 41° 16' 11" N 8° 04' 43" O
Igreja e convento de S. Gonçalo: portada e Varanda dos Reis.

A Igreja do extinto Convento dominicano de São Gonçalo de Amarante, actual Igreja Matriz de Amarante, localiza-se na União das Freguesias de Amarante (São Gonçalo), Madalena, Cepelos e Gatão, na cidade de Amarante, distrito do Porto, em Portugal.[1]

A Igreja e o Claustro do Convento de São Gonçalo estão classificados como Monumento Nacional desde 1910.[1]

História[editar | editar código-fonte]

De acordo com a tradição (local) remonta a uma primitiva ermida erguida pelo beato Gonçalo de Amarante no início do século XIII.

Em 1540 João III de Portugal (1521-1557) e sua esposa, D. Catarina de Áustria, deliberaram a construção de um novo templo e convento dominicano no local, sob a invocação de Gonçalo de Amarante. As obras iniciaram-se em 1543, tendo se prolongado até ao século XVIII, com intervenções no século XX.

A edificação da igreja e do convento estavam concluídas no reinado de Filipe II de Espanha, antes de 1600. A construção do pórtico e da Varanda dos Reis iniciou-se a 12 de outubro de 1683.

Na década de 1980 foi instalado no convento o Museu Municipal Amadeo de Souza-Cardoso, com projeto de adaptação do arquiteto Alcino Soutinho.[2]

Características[editar | editar código-fonte]

Exemplar de arquitectura religiosa, nos estilos renascentista, maneirista, barroco e oitocentista.

Representações na fachada principal[editar | editar código-fonte]

No interior[editar | editar código-fonte]

No interior do mosteiro destacam-se o órgão de tubos, o túmulo do beato Gonçalo de Amarante do lado direito do altar, a sacristia com teto de caixotões pintados e uma imagem do beato Gonçalo de Amarante — a que é tradição puxar por três vezes a corda da cintura pedindo três desejos —, e o claustro principal do convento com fonte centrada de autoria de Mateus Lopes, erguido de 1586 a 1606.

Órgão de tubos[editar | editar código-fonte]

Foi executado em 1766, pelo organeiro galego Francisco António Solha.

Obra majestosa e imponente, sobressai-lhe o volume, a talha dourada e a profusa decoração da caixa. Apresenta 43 registos e é caraterizado pela planta trapezoidal, de três castelos, sendo o central mais elevado, com anjos musicais a decorar os laterais.

Foi alvo de uma profunda intervenção, entre 2008 e 2010, ao custo de 330 mil euros. Para além das reparações ao nível mecânico, o aspeto exterior do instrumento foi melhorado substancialmente, nomeadamente com a recuperação da talha dourada.

Com a sua restauração, o órgão ficou novamente funcional e é o instrumento musical utilizado nas cerimónias litúrgicas semanais bem como peça central de várias atuações de música sacra.[3]

Galeria[editar | editar código-fonte]

Ver também[editar | editar código-fonte]

Referências

Ligações externas[editar | editar código-fonte]

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