Ilha de Altamar
Altamar Akdamar Ałt’amar | |
---|---|
Coordenadas: | |
Geografia física | |
País | Turquia |
Localização | lago de Vã, província de Vã |
A ilha de Altamar (em turco: Akdamar Adası; em armênio: Աղթամար կղզի; romaniz.: Ałt’amar kłzi) é a segunda maior das quatro ilhas principais do lago de Vã, no leste da Turquia.[1][2]
História
[editar | editar código-fonte]Altamar originalmente pertencia à família Restúnio, uma das casas nobres (nacarares) do Reino da Armênia, onde fundaram uma fortaleza.[3] No reinado de Cosroes III (r. 330–339), Databe traiu o reino ao apoiar as tropas invasoras do Império Sassânida.[4] Vache I e Vaanes I capturaram Databe e o levaram perante Cosroes, que ordenou que fosse morto por apedrejamento. Sua família, esposa e filhos, que estavam abrigados em Altamar, foram massacrados por Vache como punição.[5][6] No reinado de Tigranes VII (r. 339–350), Zora Restúnio desobedeceu as ordens do rei, que ordenou que Altamar fosse capturada e sua família fosse massacrada. Apenas Tazates sobreviveu.[7]
O rei Cacício I (r. 908–943/4) do Reino de Vaspuracânia escolheu a ilha como uma de suas residências. Ele fundou um assentamento e ergueu um grande palácio quadrado ricamente decorado com afrescos, construiu um cais conhecido por sua complexa engenharia hidrotécnica, projetou ruas, jardins e pomares, plantou árvores e projetou áreas de recreação para si e sua corte.[8] Entre 1116 e 1895, a ilha foi sede do catolicato de Altamar da Igreja Apostólica Armênia. Cachatur III, que morreu em 1895, foi o último católico de Altamar.[9] Em abril de 1915, durante o genocídio armênio, os monges de Altamar foram massacrados, a catedral saqueada e os edifícios monásticos destruídos.[10] Em 28 de agosto de 2010, uma pequena usina de energia solar foi inaugurada na ilha, para fornecer eletricidade às instalações locais.[11]
Referências
- ↑ de Waal 2015, p. 7.
- ↑ Adalian 2010, p. 74.
- ↑ Toumanoff 1963, p. 132; 213.
- ↑ Fausto, o Bizantino 1989, p. 76.
- ↑ Fausto, o Bizantino 1989, p. 77.
- ↑ Mahé 2007, p. 172.
- ↑ Moisés de Corene 1978, p. 268-269.
- ↑ Harutyunyan 1976, p. 381-384.
- ↑ Hewsen 2001, p. 208.
- ↑ Hewsen 2001, p. 232; mapa 224.
- ↑ «Akdamar Island gets luminous twist». 30 de agosto de 2010. Consultado em 9 de fevereiro de 2025
Bibliografia
[editar | editar código-fonte]- Adalian, Rouben Paul (2010). Historical Dictionary of Armenia. Lanham, Marilândia: Scarecrow Press. ISBN 0810874504
- de Waal, Thomas (2015). Great Catastrophe: Armenians and Turks in the Shadow of Genocide. Oxônia: Oxford University Press. ISBN 978-0-19-935069-8
- Fausto, o Bizantino (1989). Garsoïan, Nina, ed. The Epic Histories Attributed to Pʻawstos Buzand: (Buzandaran Patmutʻiwnkʻ). Cambrígia, Massachusetts: Departamento de Línguas e Civilizações Próximo Orientais, Universidade de Harvard
- Harutyunyan, Varazdat (1976). «Ճարտարապետություն" [Architecture]». History of the Armenian People. vol. iii. Erevã: Academia Armênia de Ciências
- Hewsen, Robert H. (2001). Armenia: A Historical Atlas. Chicago: University of Chicago Press. ISBN 0-226-33228-4
- Mahé, Jean-Pierre (2007). «Affirmation de l'Arménie chrétienne (vers 301-590)». In: Gérard Dédéyan. Histoire du peuple arménien. Tolosa: Éd. Privat. ISBN 978-2-7089-6874-5
- Moisés de Corene (1978). Thomson, Robert W., ed. History of the Armenians. Cambrígia, Massachussetes; Londres: Harvard University Press
- Toumanoff, Cyril (1963). Studies in Christian Caucasian History. Washington: Georgetown University Press