Departamento Meteorológico da Índia

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Departamento Meteorológico da Índia
História
Fundação
Quadro profissional
Sigla
(en) IMD
Tipo
Sede social
País
Organização
Organização mãe
ministry of Earth Sciences (en)
Afiliação
Website

O Departamento Meteorológico da Índia (em inglês: India Meteorological Department; IMD) é uma organização do governo da Índia que é responsável por observações meteorológicas, previsões do tempo e pela detecção de sismos. O IMD é também um Centro Meteorológico Regional Especializado responsável por monitorar ciclones tropicais no Mar Arábico e no Golfo de Bengala. O departamento encontra-se na capital da Índia, Nova Deli.

Escala de Intensidade de Ciclones Tropicais do Departamento Meteorológico da Índia[editar | editar código-fonte]

Qualquer ciclone tropical que se desenvolva no Oceano Índico Norte entre 100°E e 45°E é monitorado pelo Departamento Meteorológico da Índia (IMD, RSMC Nova Deli).[1] Dentro da região, uma ciclone tropical é definido como sendo uma "Escala ciclônica sinótica não frontal", que se origina sob águas tropicais e subtropicais com convecção organizada e uma circulação definida de vento superficial ciclônico. [1] A menor classificação oficial usada no Oceano Índico Norte é ade Depressão, que possui velocidades de vento sustentadas de 3 minutos entre 17 nós (31 km/h)-27 nós (50 km/h).[1] Se a Depressão se intensificar ainda mais, então será classificada como uma Depressão Profunda, que possui ventos entre 28 nós (52 km/h)-33 nós (61 km/h).[1] O sistema será classificado como uma Tempestade Ciclônica e receberá um nome pelo DMI, se desenvolver ventanias com velocidades entre 34 nós (63 km/h)-47 nós (87 km/h).[1] Tempestades Ciclônicas Severas são tempestades que têm velocidades de vento com força de tempestade entre 48 nós (89 km/h)-63 nós (120 km/h), enquanto Tempestades Ciclônicas Muito Severas têm ventos com força de furacão de 64 nós (120 km/h)-89 nós (160 km/h). Tempestades Ciclônicas Extremamente Severas têm ventos com força de furacão de 90 nós (170 km/h)-119 nós (220 km/h).[1] A classificação mais alta usada no Oceano Índico Norte é uma Tempestade Super Ciclônica, que tem ventos com força de furacão acima de 120 nós (220 km/h).[1]

Escala do Departamento Meteorológico da Índia
Categoria Velocidades do vento
(para 1 minuto de ventos máximos sustentados)
nós (kn) km/h
Tempestade Super Ciclônica ≥ 120 kn   ≥ 221 km/h  
Tempestade Ciclônica Extremamente Severa   90–119 kn     166–220 km/h  
Tempestade Ciclônica Muito Severa   64–89 kn     118–165 km/h  
Tempestade Ciclônica Severa   48–63 kn     89–117 km/h  
Tempestade Ciclônica   34–47 kn     63–88 km/h  
Depressão Profunda   28–33 kn     51–62 km/h  
Depressão   17–27 kn     31–50 km/h  

Historicamente, um sistema foi classificado como uma depressão se fosse uma área onde a pressão barométrica é baixa em comparação com seus arredores.[2] Outras classificações usadas historicamente incluem: tempestade ciclônica onde os ventos não excedem grau 10 na Escala de Beaufort e um ciclone onde os ventos são de força 11 e 12 na escala de Beaufort.[2] Entre 1924 e 1988, os ciclones tropicais foram classificados em quatro categorias: depressão, depressão profunda, tempestades ciclônicas e tempestades ciclônicas severas.[2] No entanto, uma mudança foi feita em 1988 para introduzir a categoria "tempestade ciclônica severa com núcleo de ventos de furacão" para ciclones tropicais, com velocidades de vento superiores a 64 nós (120 km/h).[2] Durante 1999, foram introduzidas as categorias Tempestade Ciclônica Muito Severa e Tempestade Super Ciclônica, enquanto a categoria de tempestade ciclônica severa com um núcleo de ventos de furacão foi eliminada.[2] Durante o ano de 2015 ocorreu outra modificação na escala de intensidade, com o IMD chamando um sistema com velocidades máximas sustentadas do vento de 3 minutos entre 90 nós (170 km/h)-119 nós (220 km/h): uma tempestade ciclônica extremamente severa.[3]

O Joint Typhoon Warning Center dos Estados Unidos também monitora a bacia e emite alertas sobre ciclones tropicais significativos em nome do governo dos Estados Unidos,[4] também atribuindo a eles "números TC" como em todas as outras bacias acima (embora de maneira não oficial para esta e as bacias subsequentes; ciclones originários do Mar da Arábia recebem o sufixo "A", enquanto aqueles na Baía de Bengala obter o sufixo "B"). Esses alertas usam uma velocidade de vento sustentada de 1 minuto e podem ser comparados à escala de vento de furacão Saffir-Simpson, no entanto, independentemente da intensidade nesta bacia, o JTWC rotula todos os sistemas como ciclones tropicais com números TC (opcionalmente anexados com nomes internacionais ou marcadores entre parênteses, como feito para tufões acima).[5]

Referências[editar | editar código-fonte]

  1. a b c d e f g WMO/ESCAP Panel on Tropical Cyclones (8 de maio de 2015). «Tropical Cyclone Operational Plan for the Bay of Bengal and the Arabian Sea 2015» (PDF) (Report No. TCP-21) (em inglês). World Meteorological Organization. pp. 11–12. Consultado em 29 de março de 2015 
  2. a b c d e «Best track data of tropical cyclonic disturbances over the north Indian Ocean» (PDF) (em inglês). India Meteorological Department. 14 de julho de 2009. Consultado em 31 de outubro de 2015 
  3. Final report on the Third Joint Session of Panel on Tropical Cyclones & Typhoon Committee February 9–13, 2015 (PDF) (em inglês). Bangkok, Thailand. 10 páginas. Cópia arquivada (PDF) em 19 de abril de 2016 
  4. «Products and Services Notice» (em inglês). Pearl Harbour, Hawaii: Joint Typhoon Warning Center. Consultado em 21 de maio de 2023 
  5. «Frequently Asked Questions» (em inglês). Pearl Harbour, Hawaii: Joint Typhoon Warning Center. Consultado em 21 de maio de 2023 

Ligações externas[editar | editar código-fonte]