Indulfo (século VI)

Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.

Indulfo (em grego: Ἰνδούλφ; romaniz.:Indoúlph, também conhecido como Gundulfo (em grego: Γουνδούλφ; romaniz.:Goundoúlph), foi um mercenário bizantino que desertou para os ostrogodos e tornou-se líder em seu exército nos últimos anos da Guerra Gótica de 535–554.

Vida[editar | editar código-fonte]

Segundo Procópio, ele era um guarda-costa (doríforo) bárbaro (talvez godo) de Belisário. Quando Belisário partiu da Itália no começo de 549, ele ficou para trás, e logo depois juntou-se aos godos.[1] No final da primavera/começo do verão de 549, o rei Tótila (r. 541–552) confiou-lhe um grande exército e uma frota, e enviou-o para invadir a Dalmácia, que os bizantinos haviam capturado em 535/536. Lá, utilizou sua associação com Belisário para capturar as cidades fortificadas de Movícuro e Laureate, cujos habitantes não sabiam de sua deserção. Indulfo matou os habitantes e saqueou os dois assentamentos e a zona rural adjacente. Ele também derrotou uma força bizantina enviada contra ele pelo governador local e capturou alguns dos navios de suprimentos destinados ao exército imperial na Itália, antes de retornar com seus homens à Itália.[2]

Indulfo reaparece em 551, quando foi um dos três generais góticos que receberam a missão de sitiar e capturar Ancona. Quando uma força de alívio bizantina velejou contra eles, Indulfo e seu cogeneral Gibal chefiou a frota que confrontou-os. A resultante Batalha de Sena Gálica foi um desastre para os godos inexperientes; Gibal caiu e muitos dos navios foram afundados ou capturados, mas Indulfo foi capaz de escapar com 11 navios. Ao chegar em terra, os godos incendiaram seus navios e rapidamente abandonaram o Cerco de Ancona, tomando refúgio em Áuximo.[3] Indulfo fez uma última aparição na narrativa de Procópio após a derrota gótica na Batalha do Monte Lactário, onde foi um dos líderes do restante do exército gótico que recusou-se a se render e marchou em direção a Ticino, no norte.[2]

Referências

  1. Martindale 1992, p. 618–619.
  2. a b Martindale 1992, p. 618.
  3. Bury 1958, p. 258–260.

Bibliografia[editar | editar código-fonte]

  • Bury, John Begnell (1958). History of the Later Roman Empire. From the Death of Theodosius I to the Death of Justinian, Volume 2. Nova Iorque e Londres: Dover Publications. ISBN 0-486-20399-9 
  • Martindale, John R.; Jones, Arnold Hugh Martin; Morris, John (1992). «Indulfus». The Prosopography of the Later Roman Empire - Volume III, AD 527–641. Cambridge e Nova Iorque: Cambridge University Press. ISBN 0-521-20160-8