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Infusão intraóssea

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Infusão intraóssea
Infusão intraóssea
O local de inserção da infusão intraóssea na tíbia fica logo abaixo do côndilo medial, indicado nesta imagem.
MeSH D017148
eMedicine 80431
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A infusão intraóssea (IO) é uma injeção realizada por meio de uma agulha especializada diretamente na medula óssea.[1] É utilizada para administrar fluidos e medicamentos quando o acesso intravenoso não está disponível de forma fácil ou rápida.[2] Em geral, é um método mais rápido do que o acesso intravenoso, havendo evidências de que pode ser colocado em menos de 20 segundos.[1] Também é possível realizar exames laboratoriais a partir de uma amostra obtida por via intraóssea.[1]

A preparação envolve a esterilização da área e, potencialmente, o uso de anestesia local.[1] Ao realizar o procedimento, o primeiro passo consiste em introduzir a agulha através da pele, perpendicularmente ao osso, até que ocorra o contato ósseo.[3] Nesse momento, o dispositivo é ativado com uma leve pressão descendente.[3] Em adultos, os locais mais comumente utilizados são a parte proximal da tíbia e a cabeça do úmero, enquanto em bebês os locais preferenciais são o fêmur distal e a parte proximal da tíbia.[1] O ponto de punção na parte proximal da tíbia situa-se a uma largura de um dedo abaixo da tuberosidade tíbial e um pouco voltado para a parte interna da perna.[1]

Os sinais de sucesso do acesso intraósseo incluem uma agulha firmemente posicionada, a possibilidade de aspirar medula óssea e a capacidade de injetar soro fisiológico.[1] Para reduzir a dor associada à infusão, recomenda-se administrar 20 mg de lidocaína a 2% em adultos antes da irrigação com 10 ml de soro fisiológico.[1] Após a confirmação de permeabilidade do acesso, a agulha deve ser devidamente fixada para evitar deslocamentos.[1] Qualquer medicamento que possa ser administrado por via intravenosa também pode ser administrado por via intraóssea, incluindo agentes de contraste.[1] O acesso intraósseo pode ser mantido de forma segura por até 24 horas.[1] O méetodo foi desenvolvido entre as décadas de 1920 e 1940.[1][2]

Referências

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  1. a b c d e f g h i j k l Dornhofer, P; Kellar, JZ (janeiro de 2021). «Intraosseous Vascular Access». StatPearls Publishing. StatPearls. PMID 32119260 
  2. a b Petitpas, F; Guenezan, J; Vendeuvre, T; Scepi, M; Oriot, D; Mimoz, O (14 de abril de 2016). «Use of intra-osseous access in adults: a systematic review.». Critical care (London, England). 20. 102 páginas. ISSN 1466-609X. PMID 27075364. doi:10.1186/s13054-016-1277-6 
  3. a b Roberts and Hedges' clinical procedures in emergency medicine and acute care 7 ed. Filadélfia, Pensilvânia: Elsevier Health Sciences. 2019. 472 páginas. ISBN 9780323547949