Ingo I da Suécia
| Ingo I | |||||
|---|---|---|---|---|---|
| Rei da Suécia | |||||
| 1º Reinado | c. 1079 a c. 1084 | ||||
| Antecessor(a) | Haakon I | ||||
| Sucessor(a) | Sueno | ||||
| 2º Reinado | c. 1087 a c. 1110 | ||||
| Predecessor(a) | Sueno | ||||
| Sucessor(a) | Filipe | ||||
| Dados pessoais | |||||
| Morte | 1105 | ||||
| Esposa | Helena | ||||
| |||||
| Casa | Stenkil | ||||
| Pai | Stenkil da Suécia | ||||
| Mãe | Ingamoder da Suécia | ||||
Ingo I (n. c. 1079 - m. Västergötland, c. 1110) – também conhecido como Inge ou Inge den äldre (
PRONÚNCIA) - foi o rei da Suécia em dois períodos diferentes - primeiro de c. 1079 até sua expulsão da Svealand em c. 1084 por se ter recusado a realizar o sacrífício cerimonial aos deuses pagãos (blot), e depois de 1087 até sua morte em 1110, após ter retomado o trono da Svealand das mãos de Blot-Sven.
Era filho do rei Stenkil e de sua esposa Ingamoder da Suécia, filha do rei Emundo.
[1]
[2]
[3]
[4]
Tinha a sua base de poder na Västergötland e na Östergötland, e é apontado por ter promovido a expansão do cristianismo e combatido o paganismo tradicional no país. [4] [5] [3] [6] [7]
| “ | Inge, o Velho, aparece nas fontes como a figura política dominante no emergente reino sueco durante o último quarto do século XI e no início do século XII. | ” |
— Dick Harrison, Enciclopédia Nacional Sueca, [7] | ||
Biografia
[editar | editar código]
Filho do rei Estenquilo, em algumas fontes é afirmado que governou de maneira conjunta com seu irmão Halstano Stenkilsson durante um curto período de tempo, enquanto outras fontes históricas dizem que Halstano Stenkilsson governou sozinho durante um pequeno espaço de tempo, em torno de 1066 e depois foi deposto por recursar-se a realizar sacrifícios pagãos. [4][8]
Ingo também foi deposto pelos suecos pagãos em torno de 1084, pois sua condição de cristão lhe impedia de realizar sacrifícios e foi substituído, ao menos ao que se refere os suecos pagãos, por Sueno. Manteve o poder em Västergötland, região habitada por cristãos. Em uma carta do papa Gregório VII de 1081, este chama Ingo de rege wisigothorum, ou seja, rei de Västergötland, o que evidencia que Ingo perdera o poder de toda a Suécia. [9] [8] [10]
Ingo tinha como meta, tornar toda a Suécia cristã, mesmo que à força. Por volta do ano 1087, Ingo regressou a Velha Upsália com um exército, assassinou Sueno e incendiou o templo pagão. Pouco depois, recuperou o poder, que se estendeu sobre toda a Suécia. Era a primeira vez, desde a morte de Estenquilo, que o país se unificava. O regresso de Ingo ao trono pôs fim à religião nórdica pagã. [8]
Segundo Snorri Sturluson, Ingo I participou de uma reunião na Noruega em 1101 com os reis Érico I da Dinamarca e Magno III da Noruega onde abordara-se a negociação para alcançar uma paz duradoura entre os três reinos nórdicos. De acordo com a crônica de Sturluson, a filha de Ingo, Margarida, foi dada em matrimônio ao rei Magno III como selo da aliança. [7] [5]
A pedido do papa, Ingo fundou a Abadia de Vreta e começou a construção de uma igreja dentro dos limites do convento, em torno do ano 1100, Segundo a tradição, Ingo e sua esposa Helena doaram uma parte das grandes terras que possuíam na região para a construção do Convento. Uma carta papal reconhece Ingo como rei da Suécia: Ingo gloriosus Suetonum Rex, que significa em português, "Ingo, glorioso rei dos suecos". [7] [5]
Família
[editar | editar código]Casou-se com Helena, a irmã de Sueno. Teve quatro filhos: [5] [7] [11]
- Cristina, esposa do grão-duque Mistislau I de Quieve.
- Ragualdo, identificado por algumas fontes como o rei Ragualdo. Outras afirmam que ele foi o avô do nobre dinamarquês Magno Henriksen.
- Margarida. Rainha consorte da Noruega, esposa de Magno III. Rainha consorte da Dinamarca, por seu segundo matrimônio com Nicolau I.
- Catarina. Esposa do príncipe dinamarquês Biorno, filho de Haroldo. Sua filha, Cristina seria rainha consorte da Suécia.
Referências
- ↑ Palamin, Flávio Guadagnucci (2013). «2.2 - Cristianização da Escandinávia». O guerreiro Viking na Edda Poética : religiões, mitos e heróis (PDF) (Dissertação de Pós-graduação). Universidade Estadual de Maringá. p. 38.
A Hervararsaga (saga islandesa do inicio do século XIII) diz que o rei Inge I (1070s-1110) se recusou a realizar os rituais pagãos (Blót) e como o seu antecessor teve de ir para o exílio em Västergötland
- ↑ Rodrigues, Lucas (2017). «A Resistência ao cristianismo». Entre Reis e Missionários: Conversões e Conflitos na Escandinávia (c.800 - c.1100) (Dissertação de Graduacão). Universidade de Passo Fundo. p. 61-62.
conta como o rei Inge foi forçado a se retirar de Uppland para Västergötland após tentar proibir sacrifícios de cunho politeísta… A saga conta que um homem chamado Blotsven reinou por três anos após o ocorrido, porém Inge retornou, o matou e impôs o cristianismo.
- ↑ a b «Inge d.ä.». Bonniers Compact Lexikon (em sueco). Estocolmo: Bonnier lexikon. 1999. p. 466. 1301 páginas. ISBN 91-632-0161-5
- ↑ a b c Lagerqvist, Lars O. (1976). «Inge den äldre». Sverige och dess regenter under 1000 år (em sueco). Estocolmo: Bonnier. p. 44. 399 páginas. ISBN 91-0-075007-7
- ↑ a b c d Hans Gillingstam. «Inge d.ä.» (em sueco). Svenskt biografiskt lexikon (Riksarkivet) - Dicionário Biográfico Sueco (Arquivo Nacional Sueco). Consultado em 1 de novembro de 2025
- ↑ Larsson, Hans Albin (1999). «Kungariket Sverige växer fram». Boken om Sveriges historia (em sueco). Estocolmo: Forum. p. 57. 344 páginas. ISBN 9789137114842
- ↑ a b c d e Dick Harrison. «Inge» (em sueco). Nationalencyklopedin – Enciclopédia Nacional Sueca. Consultado em 2 de novembro de 2025
- ↑ a b c Larsson, Lars-Ove (1993). «Inge d.ä.». Vem är vem i svensk historia. Från år 1000 till 1900 (em sueco). Estocolmo: Prisma. p. 22. 208 páginas. ISBN 91-518-3427-8
- ↑ Palamin, Flávio Guadagnucci (2013). «2.2 - Cristianização da Escandinávia». O guerreiro Viking na Edda Poética : religiões, mitos e heróis (PDF) (Dissertação de Pós-graduação). Universidade Estadual de Maringá. p. 38.
A Hervararsaga (saga islandesa do inicio do século XIII) diz que o rei Inge I (1070s-1110) se recusou a realizar os rituais pagãos (Blót) e como o seu antecessor teve de ir para o exílio em Västergötland
- ↑ Dick Harrison (2009). «De okända kungarnas tid». Sveriges historia: 600-1350 [História da Suécia: 600-1350] (em sueco). Estocolmo: Norstedts. p. 210. 502 páginas. ISBN 978-91-1-302377-9
- ↑ Hans Gillingstam. «Stenkilska ätten, släkt» (em sueco). Svenskt biografiskt lexikon (Riksarkivet) - Dicionário Biográfico Sueco (Arquivo Nacional Sueco). Consultado em 1 de novembro de 2025
| Precedido por Haquino I |
Rei da Suécia 1079-1084 |
Sucedido por Sueno I |
| Precedido por Érico |
Rei da Suécia 1088-1110 |
Sucedido por Felipe |