Inka

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Budismo |
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Inka Shōmei (印可証明?), (em coreano: Inga) é um termo usado no Budismo Zen para denotar um alto nível de certificação. Literalmente significa "o selo legítimo de prova apresentada claramente".[1] No passado, inka era dada usualmente na forma de um documento real, mas esta prática não é mais comum.[2] Um mestre Zen qualificado dá o inka apenas a seus estudantes que se tenham demonstrado líderes e capazes de ensinar.
James H. Austin diz que "O ideograma para inka tem duas partes: in está de um lado, ka do outro. O significado inicial reside no caractere para in (yin em chinês). A metade direita deste in consiste num caractere antigo na forma do nosso P moderno. Em tempos antigos este caractere representava um objeto real. Era a imagem da metade direita (P) do selo imperial oficial (IP), após o imperador haver quebrado o selo na metade."[3] A metade direita do selo era então dada a um indivíduo que poderia agir por autoridade do imperador, enquanto o próprio imperador manteria a metade esquerda. Na escola Rinzai de Zen, inka é o indicador oficial de um mestre e denota um indivíduo que completou com sucesso o estudo dos koans e recebeu o título de roshi.[4]
De acordo com Peter Matthiessen, "Na tradição Rinzai, inka é equivalente à transmissão do dharma".[5]
Em outras escolas, como na Harada-Yasutani, inka é uma aprovação que vai além da transmissão do Dharma — dada a um mestre que confirmadamente é "um sucessor iluminado do Buda".[6] Na escola de Zen Kwan Um, inga não está associado à transmissão do Dharma; denota, ao invés disso, que o indivíduo é um Ji Do Poep Sa Nim e pode liderar retiros e ensinar a prática de koans aos outros.[1] A escola de Zen japonesa Sōtō também confere inka shōmyō (ou inshō) a estudantes com o sentido de "'[passar] o selo de aprovação a uma realização da iluminação'"[7] — e um estudante precisa passar por uma cerimônia shiho para receber a transmissão do Dharma.[8]
Referências
Bibliografia[editar | editar código-fonte]
- Aitken, Robert Baker (2003). The Morning Star: New and Selected Zen Writings. [S.l.]: Shoemaker & Hoard. ISBN 1593760019
- Austin, James H. (1998). Zen and the Brain: Toward an Understanding of Meditation and Consciousness. [S.l.]: MIT Press. ISBN 0262511096
- Bodiford, William M. (inverno de 1991). «Dharma Transmission in Soto Zen: Manzan Dohaku's Reform Movement». Sophia University. Monumenta Nipponica. 46 (4): 423–451. ISSN 0027-0741
- Ford, James Ishmael (2006). Zen Master Who?: A Guide to the People and Stories of Zen. [S.l.]: Wisdom Publications. ISBN 0861715098
- Hori, Victor Sōgen (2003). Zen Sand: The Book of Capping Phrases for Kōan Practice. [S.l.]: University of Hawaii Press. ISBN 0824822846
- Matthiessen, Peter (1998). Nine-headed Dragon River: Zen Journals, 1969-1985. [S.l.]: Shambhala Publications. ISBN 0877733252
- O'Halloran, Maura (2007). Pure Heart, Enlightened Mind: The Life and Letters of an Irish Zen Saint. [S.l.]: Wisdom Publications. ISBN 0861712838
- Seager, Richard Hughes (1999). Buddhism In America. [S.l.]: Columbia University Press. ISBN 0231108680