Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada
Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada | |
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Organização | |
Natureza jurídica | Fundação pública federal |
Dependência | Governo do Brasil Ministério do Planejamento e Orçamento |
Chefia | Luciana Mendes Santos Servo, diretora-presidente |
Localização | |
Jurisdição territorial | ![]() |
Sede | Brasília, DF |
Histórico | |
Criação | 1964 (61 anos) |
Sítio na internet | |
www.ipea.gov.br |
O Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) é uma fundação pública federal vinculada ao Ministério do Planejamento e Orçamento, criada em 1964 como Escritório de Pesquisa Econômica Aplicada e assumindo a sigla atual em 1967.[1] Sua finalidade é realizar estudos econômicos e sociais e assessorar o governo federal na formulação e avaliação de políticas públicas e planos e programas de desenvolvimento.[2]
Em 2019, foi considerado o melhor think tank governamental da América Latina pelo Global Go To Think Tank Index Report. Além disso, o mesmo levantamento elenca a instituição como um dos 25 melhores think tanks governamentais do mundo.[3]
Atualmente, há seis diretorias de pesquisa no Ipea:
- Diretoria de Estudos e Políticas Setoriais, de Inovação, Regulação e Infraestrutura (Diset);
- Diretoria de Estudos e Políticas Regionais, Urbanas e Ambientais (Dirur);
- Diretoria de Estudos e Políticas Sociais (Disoc);
- Diretoria de Estudos e Políticas Macroeconômicas (Dimac);
- Diretoria de Estudos Internacionais (Dinte);
- Diretoria de Estudos e Políticas do Estado, das Instituições e da Democracia (Diest).[4]
História
[editar | editar código-fonte]Em 1964, o Ipea foi idealizado por Roberto Campos, então ministro do Planejamento, como escritório de pesquisa encarregado de realizar estudos que subsidiassem o governo na formulação das políticas e planos de desenvolvimento. No mesmo ano, o jovem economista João Paulo dos Reis Veloso foi encarregado de estruturar o que viria a ser conhecido como Escritório de Pesquisa Econômica Aplicada (Epea), sendo seu primeiro presidente. Logo de início, o Epea recebeu a relevante incumbência de revisar o Programa de Ação Econômica do Governo (Paeg), ainda no governo Castelo Branco, tendo igualmente participado, nos anos seguintes, da elaboração de outros planos de desenvolvimento como o PED (1968-70), o I PND (1972-74) e o II PND (1975-79).[1][5]
Em 1967, o Decreto-Lei 200 altera o nome da entidade de Escritório para Instituto de Pesquisa Econômico-Social Aplicada (Ipea), o qual tornaria a ser modificado, em 1969, para Instituto de Planejamento Econômico e Social. A partir de 1970, a instituição se fragmenta em estruturas distintas e dotadas de autonomia administrativa e financeira, sendo elas o INPES (Instituto de Pesquisas), voltado à realização de estudos de política econômica; o IPLAN (Instituto de Planejamento), com a finalidade de subsidiar os processos de planejamento governamental; o INOR (Instituto de Programação e Orçamento), cuja ênfase repousava na elaboração dos orçamentos; e o CENDEC (Centro de Treinamento para o Desenvolvimento Econômico), que fornecia cursos de formação e capacitação a quadros do setor público.[1][6]
Com a crise econômica das décadas de 1980 e 1990 e a emergência de ideias liberais que preconizavam uma redução do tamanho do Estado, os processos de planejamento econômico - desde o início parte fundamental das atividades do Ipea - perderam relevância na agenda política. Nesse contexto, a instituição teve de reinventar-se, deslocando seus esforços dos grandes planos de desenvolvimento para a necessidade de subsidiar a formulação de políticas públicas eficientes, eficazes e efetivas, além de contribuir para seus processos avaliativos. A segmentação em diferentes institutos (como o Inpes e o Iplan) igualmente deixa de existir, e, em 1990, o órgão adquire sua nomenclatura atual - Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada.[1][7]
Após uma fase de incertezas e fragilização, o Ipea volta a fortalecer-se a partir da segunda metade da década de 1990, quando foram realizados seus três primeiros concursos públicos - em 1995, 1996 e 1997, respectivamente. Novos certames viriam a ser realizados em 2004, 2008 e 2024.[1]
Lista de presidentes
[editar | editar código-fonte]Esta é uma lista de presidentes do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea).
Referências
- ↑ a b c d e Teixeira, Carla; Castilho, Sérgio (2020). IPEA - Etnografia de uma Instituição: Entre pessoas e documentos (PDF). [S.l.: s.n.]
- ↑ «D11194». www.planalto.gov.br. Consultado em 25 de abril de 2025
- ↑ User, Super. «Ipea - Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada». www.ipea.gov.br. Consultado em 25 de abril de 2025
- ↑ Costa, Rodrigo Rangel da. «Ipea - Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada». www.ipea.gov.br. Consultado em 25 de abril de 2025
- ↑ «Cinco décadas de história». www.ipea.gov.br. Consultado em 25 de abril de 2025
- ↑ «D64016». www.planalto.gov.br. Consultado em 25 de abril de 2025
- ↑ Cunha, Márcia Pereira (2018). «Transformação institucional e produção de conhecimento aplicado: a história do Ipea social». Sociedade e Estado: 137–157. ISSN 0102-6992. doi:10.1590/s0102-699220183301006. Consultado em 25 de abril de 2025
Ligações externas
[editar | editar código-fonte]- «Sítio oficial»
- Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada no Facebook
- Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada no X
- Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada no Flickr
- Canal de Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada no YouTube
- IPEAData, base de dados macroeconômicos
- IPEAMapas, base de mapas
- Mapa das Organizações da Sociedade Civil, base de informações sobre as ONGs do Brasil