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Isabel Stuart, Rainha da Boêmia

Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.
 Nota: Para outros significados, veja Elisabete do Palatinado ou Isabel da Boémia (1292–1330).
Isabel
Retrato por Gerard van Honthorst, 1650
Rainha Consorte da Boêmia
Reinado26 de agosto de 1619
a 8 de novembro de 1620
Coroação4 de novembro de 1619
Catedral de São Vito, Praga
PredecessoraAna de Tirol
SucessoraLeonor Gonzaga
Eleitora Consorte Palatino do Reno
Período14 de março de 1613
a 23 de fevereiro de 1623
PredecessoraLuísa Juliana de Orange-Nassau
SucessoraIsabel de Lorena
Dados pessoais
Nascimento19 de agosto de 1596
Palácio de Dunfermline, Fife, Escócia
Morte13 de fevereiro de 1662 (65 anos)
Palácio de Westminster, Londres, Inglaterra
Sepultado em17 de fevereiro de 1662
Abadia de Westminster, Londres, Inglaterra
Nome completo
nome pessoal em inglês: Elizabeth Stewart
MaridoFrederico V, Eleitor Palatino
Descendência
Carlos I Luís, Eleitor Palatino
Isabel, Abadessa de Herford
Ruperto, Duque de Cumberland
Maurício do Palatinado
Luísa Holandina, Abadessa de Maubuisson
Eduardo, Conde Palatino de Simmern
Henriqueta Maria, Princesa da Transilvânia
Sofia, Eleitora de Hanôver
CasaStuart (por nascimento)
Wittelsbach (por casamento)
PaiJaime VI & I
MãeAna da Dinamarca
ReligiãoProtestantismo
AssinaturaAssinatura de Isabel
Brasão

Isabel Stuart (em inglês: Elizabeth Stewart; Fife, 19 de agosto de 1596Londres, 13 de fevereiro de 1662) foi uma princesa inglesa[nota 1] pelo nascimento e eleitora palatina do Reno pelo casamento com Frederico V. Também foi rainha consorte da Boêmia, entre 1619 e 1620. O seu breve reinado lhe valeu o epíteto de Rainha de Inverno, pois terminou no inverno de 1620, com a derrota na Batalha da Montanha Branca.[1]

Filha de Jaime VI da Escócia e I da Inglaterra e de Ana da Dinamarca, Isabel chegou à corte real inglesa em 1606, onde sua beleza e charme atraíram grande atenção, tornando-se rapidamente tema favorito dos poetas da época. Gustavo Adolfo II da Suécia, Filipe III da Espanha e Frederico V, Eleitor Palatino, buscaram sua mão em casamento. Sua mãe apoiava ativamente a união com o rei espanhol, mas seu pai, visando fortalecer os laços com os governantes protestantes da Alemanha, escolheu Frederico como genro. Após o casamento, celebrado em 14 de fevereiro de 1613, o casal partiu para Heidelberg. O casal teve um casamento feliz. Entre seus filhos, destacam-se: Ruperto, militar de grande reputação na Guerra Civil Inglesa, e Sofia, Eleitora de Hanôver, herdeira do trono britânico pelo Decreto de Estabelecimento de 1701. Em 1619, os boêmios, em desafio ao seu rei Habsburgo, Fernando II, ofereceram a coroa da Boêmia a Frederico. Em novembro de 1619, ele foi coroado rei como "Frederico I", mas em novembro de 1620, as forças boêmias foram derrotadas pela Liga Católica, que agia em nome de Fernando. Isabel e Frederico fugiram, encontrando refúgio em Haia, junto ao príncipe Maurício de Orange.[2]

Isabel passou os 40 anos seguintes no exílio. Seu filho mais velho faleceu em 1629 e seu marido em 1632. Quando, em 1648, seu segundo filho, Carlos Luís, foi restaurado como eleitor palatino, ele ignorou os apelos da mãe para que ela se reunisse a ele. Em 1650, a pensão concedida pela Casa de Orange foi encerrada. A ajuda proveniente da Inglaterra também cessou em razão das Guerra Civil Inglesa, travada entre os partidários do irmão de Isabel, o rei Carlos I, e os parlamentaristas. Em 1661, seu sobrinho Carlos II, a contragosto, permitiu que ela retornasse à Inglaterra.[2]

Início de vida

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Isabel nasceu no Palácio de Dunfermline, Fife, em 19 de agosto de 1596, às duas horas da manhã.[3][4][nota 2] O rei Jaime cavalgou até o leito de parto vindo de Falkirk, onde participava do casamento do conde de Orkney.[5] Na época de seu nascimento, seu pai era rei da Escócia, mas ainda não rei da Inglaterra.[6] Nomeada em homenagem à Isabel I da Inglaterra,[7] sua madrinha, a jovem Isabel foi batizada em 28 de novembro de 1596 na Capela Real de Holyrood,[8] e proclamada pelos arautos como "lady Isabel".[4][9] Durante sua infância na Escócia, Isabel foi criada no Palácio de Linlithgow, onde foi colocada sob os cuidados de lorde Livingstone e sua esposa, Eleanor Hay.[10] Alguns anos depois, a segunda filha do rei, Margarida, também foi confiada aos cuidados deles. Isabel "não deu muita atenção a essa irmã mais nova", pois, mesmo tão jovem, seu afeto já estava voltado para seu irmão, Henrique.[11]

Mudança para a Inglaterra

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Isabel aos sete anos
Robert Peake, o Velho, 1603, Museu Marítimo Nacional

Quando a rainha Isabel I da Inglaterra morreu em 1603, o pai de Isabel Stuart ascendeu ao trono como rei da Inglaterra e da Irlanda. A condessa de Kildare foi nomeada governanta da princesa. Junto com seu irmão mais velho, Henrique,[nota 3] Isabel fez a jornada para o sul, rumo à Inglaterra, com sua mãe, "em um progresso triunfal de entretenimento perpétuo".[12] No aniversário de seu pai, 19 de junho, Isabel dançou em Worksop Manor com o filho de Robert Cecil.[13]

Isabel permaneceu na corte por algumas semanas, mas "não há evidências de que ela estivesse presente na coroação dos pais" em 25 de julho de 1603.[14] Parece provável que, nesta altura, as crianças reais já haviam sido levadas para Oatlands, um antigo pavilhão de caça Tudor próximo a Weybridge. Havia peste em Londres, e o príncipe Henrique e a princesa Isabel foram transferidos para Winchester.[15] Sua mãe, Ana da Dinamarca, produziu uma peça teatral (Prince Henry's Welcome at Winchester) para recebê-los.[16] Em 19 de outubro de 1603, "uma ordem foi emitida sob o selo privado anunciando que o rei achava apropriado confiar a guarda e educação da lady Isabel ao lorde Harrington [sic] e sua esposa".[17]

Sob os cuidados de lorde e lady Harington em Coombe Abbey, Isabel conheceu Anne Dudley, com quem formaria uma amizade duradoura. Em 3 de abril de 1604, a princesa Isabel e suas damas cavalgavam de Coombe Abbey até Coventry, onde se encontraram com o prefeito e os vereadores da cidade. Ela assistiu a um sermão na Igreja de São Miguel e jantou no Salão de St. Mary.[18]

Conspiração da Pólvora

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Parte do objetivo da Conspiração da Pólvora de 1605 era assassinar o pai de Isabel, o rei Jaime, e a aristocracia protestante, sequestrar a jovem Isabel, então com nove anos, de Coombe Abbey, e colocá-la no trono da Inglaterra, e presumivelmente também nos tronos da Irlanda e da Escócia, como uma monarca católica. Os conspiradores escolheram Isabel após considerarem as outras opções disponíveis. Acreditava-se que o príncipe Henrique pereceria junto ao pai. Carlos era visto como frágil (tendo acabado de aprender a andar) e Maria (irmã de Isabel nascida em 1605) era muito jovem. Isabel, por outro lado, já havia participado de funções oficiais, e os conspiradores sabiam que "ela poderia cumprir um papel cerimonial, apesar de sua juventude relativa".[19]

Os conspiradores pretendiam iniciar uma revolta nas Terras Médias que coincidisse com a explosão em Londres e, neste momento, assegurar a ascensão de Isabel como uma rainha-fantoche. Ela seria então criada como católica e, futuramente, casada com um príncipe católico.[20] O complô fracassou quando os conspiradores foram traídos, e Guy Fawkes foi capturado pelos soldados do rei antes que pudesse acender a pólvora.[21]

Educação

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Isabel recebeu uma educação abrangente para uma princesa da época. Esta incluía instrução em história natural, geografia, teologia, línguas, escrita, música e dança. Ela foi impedida de estudar os clássicos, pois seu pai acreditava que o latim tinha o infeliz efeito de tornar as mulheres mais ardilosas.[22] Aos 12 anos, Isabel já era fluente em várias línguas, incluindo o francês, "que ela falava com facilidade e graça" — idioma que mais tarde usaria para se comunicar com seu marido.[23] Ela também era uma excelente amazona, possuía um entendimento sólido da religião protestante e demonstrava habilidade em redigir cartas que "soavam sinceras e nunca artificiais".[24] Era também extremamente ligada à literatura, e "diversas lembranças de seu amor precoce pelos livros ainda existem".[25]

Casamento

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Pretendentes

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Isabel por Nicholas Hilliard, c. 1605-1610

Como filha de um monarca em exercício, o casamento da jovem Isabel despertou interesse em diversas cortes europeias, atraindo pretendentes de diferentes origens e posições.[26] Entre eles estavam: o príncipe Gustavo Adolfo da Suécia, o duque Frederico Ulrico de Brunsvique-Luneburgo, o príncipe Maurício de Nassau, o lorde Howard de Walden, o príncipe Oto de Hesse-Cassel, o príncipe do Piemonte e o rei da Espanha.[27]

Cada pretendente trazia consigo, na proposta de casamento, a perspectiva de poder para a jovem Isabel. O casamento poderia trazer grandes benefícios ao reino de seu pai. Quando Jaime ascendeu ao trono inglês em 1603, a Inglaterra passou a ocupar um novo papel nos assuntos europeus. Jaime, ao contrário da infértil Isabel I, poderia, simplesmente "por ter filhos, desempenhar um papel importante na política dinástica".[28] A escolha do futuro marido de Isabel, portanto, tinha pouco a ver com sua preferência pessoal e muito a ver com os benefícios que tal união poderia trazer.

A maioria de seus pretendentes foi rapidamente descartada por diversos motivos. Alguns simplesmente não eram de linhagem suficiente, não tinham perspectivas reais a oferecer ou, no caso de Gustavo Adolfo, que em todos os outros aspectos parecia ser um par ideal, porque "seu país estava em guerra com a Dinamarca natal da rainha Ana".[29] Além disso, a Inglaterra não podia enfrentar outra revolução religiosa, e por isso o pré-requisito religioso, isto é, ser protestante, era fundamental.

O homem escolhido foi Frederico, conde palatino do Reno. Frederico era, sem dúvida, de linhagem elevada. Seus ancestrais incluíam os reis de Aragão e Sicília, os landgraves de Hesse, os duques de Brabante e Saxônia, e os condes de Nassau e Leuven. Ele e Isabel também compartilhavam um ancestral comum: Henrique II da Inglaterra. Frederico era "um dos príncipes mais poderosos do Sacro Império Romano" e um firme defensor da fé protestante.[30]

Noivado e casamento

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Retrato de Frederico V, pintado em 1613, ano de seu casamento com Isabel.

Frederico chegou à Inglaterra em 16 de outubro de 1612, e desde o início o casamento pareceu agradar a ambos. Seus contemporâneos observaram como Frederico parecia "não se deleitar com nada além da companhia e da conversa dela".[31] Frederico também estabeleceu amizade com o irmão mais velho de Isabel, o príncipe Henrique, o que encantou profundamente sua futura esposa. O rei Jaime, por sua vez, não considerou a felicidade do casal como prioridade, vendo o casamento como "um passo dentro de um processo mais amplo de promoção da harmonia doméstica e europeia".[32] A única pessoa que aparentemente não aprovava a união era a rainha Ana. Como filha de rei, irmã de rei, esposa de rei e mãe de um futuro rei, ela também desejava ser mãe de uma rainha. Embora se dissesse que apreciava os modos gentis e a natureza generosa de Frederico, considerava-o de origem inferior.[carece de fontes?]

Em 6 de novembro de 1612, o príncipe Henrique faleceu. Sua morte teve grande impacto emocional sobre Isabel, e sua nova posição como segunda na linha de sucessão ao trono tornou-a ainda mais cobiçada como pretendente. A rainha Ana e aqueles que compartilhavam de sua visão, que "sempre consideraram uma união com o conde palatino indigna", fortaleceram sua oposição.[33] Isabel permaneceu fiel a Frederico, aprovado por seu irmão e por ela considerado um verdadeiro cavalheiro. Acima de tudo, ele era "visto como o futuro líder da causa protestante na Alemanha".[34]

O casamento foi celebrado em 14 de fevereiro de 1613, na capela real do Palácio de Whitehall, e constituiu uma cerimônia grandiosa que atraiu à corte inglesa mais realeza do que jamais se havia visto.[35] A união foi extremamente popular e gerou uma demonstração pública de afeto, sendo descrita como "um espetáculo de cerimônia e magnificência, mesmo para aquela era extravagante".[36]

As celebrações, realizadas tanto em Londres quanto em Heidelberg, foram luxuosas e sofisticadas, com banquetes e mobiliário opulento que custaram quase £50.000 — uma despesa que quase levou o rei Jaime ao Parlamento. Entre os muitos textos comemorativos produzidos para a ocasião estava o Epithalamion, Or Marriage Song on the Lady Elizabeth, and Count Palatine being married on St Valentine's Day, de John Donne. Um autor contemporâneo descreveu o casamento como um evento prestigioso no qual a Inglaterra "emprestou sua joia mais rara, para enriquecer o Reno".[37]

Eleitora Palatina do Reno

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Após quase dois meses em Londres, onde prosseguiram as celebrações do casamento, o casal iniciou sua viagem rumo à corte palatina em Heidelberg. A jornada foi marcada por encontros com autoridades locais, degustações de comidas e vinhos, além de diversas apresentações de artistas e trupes. Em cada local onde paravam, esperava-se que Isabel distribuísse presentes. Como não havia recursos financeiros disponíveis para isso, ela precisou usar uma de suas joias como garantia para que o ourives Abraham Harderet "lhe fornecesse presentes adequados a crédito".[38]

Castelo de Heidelberg – Portão de Isabel (Elisabethentor), construído em 1615 no início do período barroco. Erguido por Frederico V como presente para Isabel, em homenagem à sua chegada ao Palatinado.

Sua chegada a Heidelberg foi vista como "a conquista máxima de uma política que buscava conferir ao Palatinado um papel central na política internacional" e foi amplamente aguardada e celebrada.[39] Frederico transformou sua residência no Castelo de Heidelberg, construindo entre 1610 e 1613 o Edifício Inglês (Englischer Bau) em homenagem a Isabel, além de uma casa de macacos, uma menagerie e o início de um novo jardim no estilo do Renascimento italiano, então popular na Inglaterra.[40] O jardim, o Hortus Palatinus, foi projetado por Salomon de Caus, antigo tutor de Isabel.[41] À época, foi chamado por alguns contemporâneos de "a Oitava Maravilha do Mundo".[42]

Embora Isabel e Frederico fossem considerados genuinamente apaixonados e tenham mantido um relacionamento romântico ao longo de todo o casamento, os primeiros problemas começaram a surgir.[43] Antes de deixarem a Inglaterra, o rei Jaime havia exigido que Frederico prometesse que Isabel "teria precedência sobre sua mãe [...] e sempre seria tratada como se fosse uma rainha".[44] Essa condição causou certo desconforto na vida em corte, pois a mãe de Frederico, a condessa Luísa Juliana, "não esperava ser rebaixada em favor de sua jovem nora", e, por isso, a relação entre ambas jamais passou da mera cordialidade.[45]

Rainha da Boêmia

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Isabel Stuart, Rainha da Boêmia
Michiel Jansz van Mierevelt, c. 1623. National Portrait Gallery

Em 1619, o marido de Isabel, Frederico, foi um dos convidados a aceitar o trono da Boêmia.

O Reino da Boêmia era "uma república aristocrática em tudo, exceto no nome", cujos nobres elegiam o monarca. Tratava-se de um dos poucos Estados pluralistas bem-sucedidos.[46] O país desfrutara de um longo período de liberdade religiosa, mas em março de 1619, com a morte do rei Matias (também Sacro Imperador Romano), esse cenário parecia prestes a mudar. O herdeiro dos Habsburgo, o arquiduque Fernando, coroado rei da Boêmia em 1617, era um católico fervoroso que perseguiu brutalmente os protestantes em seu ducado de Estíria. Os nobres boêmios se viram diante de uma escolha: "aceitar Fernando como rei, afinal, ou dar o passo extremo de depô-lo".[47] Optaram pela deposição e, quando outros recusaram devido aos riscos envolvidos, os boêmios "lisonjearam as pretensões realistas do eleitor" e estenderam o convite ao marido de Isabel.[48]

Frederico, embora hesitante, foi persuadido a aceitar. Isabel "apelou à sua honra como príncipe e cavalheiro, e à sua humanidade como cristão", alinhando-se inteiramente a ele.[49] A família mudou-se para Praga, onde "o novo rei foi recebido com genuína alegria".[50] Frederico foi coroado oficialmente na Catedral de São Vito, no Castelo de Praga, em 4 de novembro de 1619. A coroação de Isabel como rainha da Boêmia ocorreu três dias depois.[carece de fontes?]

A ocasião foi marcada por grande júbilo popular. O reinado de Frederico na Boêmia começou de forma promissora, mas duraria apenas um ano. A coroa boêmia "sempre fora pedra angular da política dos Habsburgo", e o herdeiro, agora rei Fernando II, não estava disposto a ceder.[51] O reinado de Frederico chegou ao fim com a derrota das forças protestantes boêmias na Batalha da Montanha Branca (que encerrou a primeira fase da Guerra dos Trinta Anos) em 8 de novembro de 1620.

Isabel é lembrada como a "Rainha de Inverno", e Frederico como o "Rei de Inverno", em referência à brevidade de seu reinado e à estação da batalha (no inverno).

Exílio e viuvez

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Busto de Isabel, por François Dieussart.

A derrota militar eliminou qualquer perspectiva de retorno a Praga, e toda a família foi forçada a fugir. Tampouco poderiam retornar ao Palatinado, que se encontrava ocupado pela Liga Católica e por um contingente espanhol. Assim, após um convite do Príncipe de Orange, mudaram-se para Haia.

Isabel chegou à Haia na primavera de 1621 com apenas uma pequena corte. Seu senso de dever em ajudar o marido a sair do impasse político em que haviam se metido fez com que "ela se tornasse muito mais uma parceira igual — se não a mais forte — no casamento".[39] Sua dama de companhia, Amália de Solms-Braunfels, logo envolveu-se com Frederico Henrique, Príncipe de Orange, com quem se casou em 1625. As duas mulheres tornaram-se rivais na corte de Haia.[52] Ainda naquele mês, Frederico despediu-se de Isabel e partiu para juntar-se ao rei da Suécia no campo de batalha. Após recusar as condições impostas pelo rei Gustavo Adolfo, que envolviam apoio militar sueco à sua restauração, os dois se separaram, com Frederico retornando em direção à Haia. Doente com uma infecção desde o início de outubro de 1632, ele faleceu na manhã de 29 de novembro, antes de conseguir chegar à cidade.

Isabel Stuart como viúva
Gerard van Honthorst, 1642. National Gallery

Quando Isabel recebeu a notícia da morte de Frederico, ficou inconsolável de dor e passou três dias sem comer, beber ou dormir. Ao saber do estado da irmã, Carlos I da Inglaterra a convidou a retornar à Inglaterra, mas ela recusou. Os direitos de seu filho e herdeiro de Frederico, Carlos Luís, ainda precisavam ser defendidos.[53] Isabel então passou a lutar pelos direitos do filho, mas permaneceu em Haia mesmo após ele recuperar o Eleitorado do Palatinado em 1648. Tornou-se uma grande patrona das artes.[carece de fontes?]

Isabel ocupava seu tempo escrevendo uma grande quantidade de cartas e tratando de alianças matrimoniais para seus filhos. Seu irmão Carlos I foi executado no início de 1649, e os membros sobreviventes da Casa de Stuart foram exilados durante os anos da República Inglesa. Os relacionamentos com seus filhos ainda vivos também tornaram-se algo distantes, embora ela tenha convivido com vários de seus netos. Começou então a colher os frutos de ter sido uma mãe distante para a maioria de seus próprios filhos, e a ideia de retornar à Inglaterra passou a ocupar seus pensamentos.[54]

Em 1660, os Stuarts foram restaurados aos tronos da Inglaterra, Escócia e Irlanda, na pessoa do sobrinho de Isabel, Carlos II. Isabel chegou à Inglaterra em 26 de maio de 1661. Já em julho, não planejava mais retornar a Haia e fez planos para que o restante de seus móveis, roupas e outros bens fossem enviados a ela. Em seguida, mudou-se para a Drury House, onde estabeleceu uma pequena, mas impressionante e acolhedora, casa. Em 29 de janeiro de 1662, mudou-se novamente, desta vez para a Leicester House, Westminster, mas já estava gravemente doente.[55] Isabel contraiu pneumonia, apresentou hemorragia pulmonar em 10 de fevereiro de 1662 e faleceu pouco depois da meia-noite do dia 13 de fevereiro.

Sua morte causou pouco alvoroço público, pois àquela altura seu "principal, senão único, motivo de notoriedade [em Londres] era ser mãe de Ruperto do Reno, o lendário general cavalheiro".[56] Na noite de 17 de fevereiro, quando seu caixão (onde seus restos mortais haviam sido depositados no dia anterior) deixou a Somerset House, Ruperto foi o único de seus filhos a acompanhar o cortejo fúnebre até a Abadia de Westminster.[57] Lá, na Capela de Henrique VII, "uma sobrevivente de uma era passada, isolada e sem um país que realmente pudesse chamar de seu", foi sepultada entre seus antepassados e próxima de seu amado irmão mais velho, Henrique Frederico, Príncipe de Gales, no túmulo da sua avó, a rainha Maria da Escócia.[39]

Descendência

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O Triunfo da Rainha do Inverno: Alegoria da Justa. A pintura retrata Frederico V, sua esposa Isabel da Inglaterra e seus filhos em uma cena alegórica. A obra enaltece a virtude e a legitimidade da família real exilada após a perda do trono da Boêmia, apresentando Isabel como uma monarca justa e triunfante.

Isabel casou-se com Frederico V, eleitor Palatino do Reno, de quem teve os seguintes filhos:

  1. Frederico Henrique (1614–1629), morreu afogado aos 15 anos
  2. Carlos I Luis (1617–1680), recuperou o título de eleitor palatino que pertencera a seu pai, bem como a maior parte de seus antigos territórios
  3. Isabel (1618–1680), abadessa de Hertford
  4. Ruperto (1619–1682) militar de grande reputação na Guerra Civil Inglesa; foi posteriormente nomeado duque de Cumberland por seu primo, o rei Carlos II da Inglaterra
  5. Maurício (1620–1652) também serviu da Guerra Civil Inglesa; morto num naufrágio enquanto navegava pelas Índias Ocidentais
  6. Luísa Holandina (1622–1709), pintora e abadessa de Maubuisson
  7. Luís (1624–1625), morreu na infância
  8. Eduardo, Conde Palatino de Simmern (1625–1663), casou-se com Ana Gonzaga, com descendência; removido da linha de sucessão aos tronos do Palatinado e da Grã-Bretanha por ter se convertido ao catolicismo
  9. Henriqueta Maria (1626–1651), casou-se com Sigismundo Rákóczi, sem descendência
  10. Filipe Frederico (1627–1650), militar, morreu aos 23 anos
  11. Carlota (1628–1631), morreu na infância
  12. Sofia, Eleitora de Hanôver (1630–1714) herdeira do trono britânico pelo Decreto de Estabelecimento de 1701
  13. Gustavo Adolfo (1632–1641), morreu na infância

Árvore genealógica

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Esta árvore genealógica mostra a ligação de Isabel com os monarcas ingleses e britânicos:[58]

Jaime VI & I
1566–1625
Carlos I
1600–1649
Isabel
1596–1662
Jorge
1582–1641
Maria
1631–1660
Carlos II
1630–1685
Jaime II & VII
1633–1701
Sofia
1630–1714
Ernesto Augusto
1629–1698
Jorge Guilherme
1624–1705
Guilherme III & II
1650–1702
Maria II
1662–1694
Ana
1665–1714
Jaime
1688–1766
Jorge I
1660–1727
Sofia Doroteia
1666–1726
Guilherme
1689–1700
Jorge II
1683–1760
Sofia Doroteia
1687–1757

Notas e referências

Notas

  1. Historicamente, durante a existência do Reino da Inglaterra c. 927 – 1707, o título de "Princesa da Inglaterra" nunca existiu. As filhas e netas dos reis ostentavam o título de "Senhorita" (Lady) e detinham o direito ao estilo de tratamento de "Sua Graça" (Your Grace), com exceção de que, a partir de 1631, a filha mais velha dos monarcas passou a ostentar o título de "Princesa Real" (Princess Royal). Somente em 1707, com a formação do Reino da Grã-Bretanha, o uso do título de "Princesa da Grã-Bretanha" e estilo de tratamento de "Alteza Real" (Royal Highness) foram incorporados. Assim, Isabel era uma lady inglesa.
  2. Calderwood, após mencionar um tumulto em Edimburgo, diz que, pouco antes desses eventos, a rainha (de Jaime VI) deu à luz uma filha no Palácio de Dunfermline, em 19 de agosto de 1596.
  3. Carlos permaneceu na Escócia por enquanto, Margarida havia morrido na primavera de 1600 e Roberto em maio de 1602.

Referências

  1. Isabel Stuart, Rainha da Boêmia (em inglês) no website oficial da Abadia de Westminster. Consultado em 30 de setembro de 2025.
  2. a b «Elizabeth Stuart queen of Bohemia». Encyclopædia Britannica. Consultado em 30 de setembro de 2025 
  3. Thomas Birch, Memorials of the Reign of Queen Elizabeth, vol. 2 (Londres, 1754), p. 112.
  4. a b M. Barbieri, Descriptive and Historical Gazetteer of the Counties of Fife, Kinross, and Clackmannan (1857), p. 157: "ELIZABETH STUART.
  5. Nadine Akkerman, Elizabeth Stuart, Queen of Hearts (Oxford, 2021), p. 19: Calendar of State Papers Scotland, vol. 11 (Edimburgo, 1952), p. 306: David Moysie, Memoirs of the Affairs of Scotland (Edimburgo, 1830), p. 164.
  6. Plowden, Alison (2003), The Stuart Princesses, ISBN 0-7509-3238-4, Gloucestershire, UK: Sutton Publishing, p. 3 
  7. «Elizabeth Stuart of Bohemia, the 'Winter Queen' | Royal Museums Greenwich». Royal Museums Greenwich. Consultado em 30 de março de 2022 
  8. Steven Veerapen, The Wisest Fool: The Lavish Life of James VI and I (Edimburgo: Birlinn, 2023), p. 200.
  9. M. S Guiseppi, Calendar State Papers Scotland: 1595-1597, vol. 12 (Edimburgo, 1952), p. 387.
  10. M. S. Giuseppi, ed., Calendar of State Papers Scotland, vol. 11 (Edimburgo, 1952), pp. 336, 388.
  11. Gorst-Williams, Jessica (1977). Elizabeth the Winter Queen. Londres: Abelard. p. 4. ISBN 0-200-72472X 
  12. Fraser, Antonia (2002). The Gunpowder Plot: Terror and Faith in 1605 (Part One). Londres: Phoenix. p. 70 
  13. HMC Calendar of the Manuscripts of the Earl of Salisbury, vol. 15 (Londres, 1930), p. 143.
  14. Plowden, Alison (2003). The Stuart Princesses. Gloucestershire: Sutton publishing. p. 8. ISBN 0-7509-3238-4 
  15. Edmund Lodge, Illustrations of British History, vol. 3 (Londres, 1838), pp. 20–21, 36, 38, 140.
  16. Martin Wiggins & Catherine Teresa Richardson, British Drama, 1533-1642: 1603-1608, vol. 5 (Oxford, 2015), pp. 51–52.
  17. Plowden, Alison (2003). The Stuart Princesses. Gloucestershire: Sutton publishing. p. 9. ISBN 0-7509-3238-4 
  18. John Nichols, Progresses of James the First, vol. 1 (Londres, 1828), p. 429.
  19. Fraser, Antonia (2002). The Gunpowder Plot: Terror and Faith in 1605 (Part One). Londres: Phoenix. p. 140 
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  22. Fraser, Antonia (2002). The Gunpowder Plot: Terror and Faith in 1605 (Part One). Londres: Phoenix. p. 71 
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  25. Everett Green, Mary Anne (2010). Elizabeth, electress palatine and queen of Bohemia. Milton Keynes: Bibliolife. p. 23. ISBN 9781117402697 
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Bibliografia

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Ligações externas

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