Isabel Stuart, Rainha da Boêmia
Isabel Stuart (em inglês: Elizabeth Stewart; Fife, 19 de agosto de 1596 – Londres, 13 de fevereiro de 1662) foi uma princesa inglesa[nota 1] pelo nascimento e eleitora palatina do Reno pelo casamento com Frederico V. Também foi rainha consorte da Boêmia, entre 1619 e 1620. O seu breve reinado lhe valeu o epíteto de Rainha de Inverno, pois terminou no inverno de 1620, com a derrota na Batalha da Montanha Branca.[1]
Filha de Jaime VI da Escócia e I da Inglaterra e de Ana da Dinamarca, Isabel chegou à corte real inglesa em 1606, onde sua beleza e charme atraíram grande atenção, tornando-se rapidamente tema favorito dos poetas da época. Gustavo Adolfo II da Suécia, Filipe III da Espanha e Frederico V, Eleitor Palatino, buscaram sua mão em casamento. Sua mãe apoiava ativamente a união com o rei espanhol, mas seu pai, visando fortalecer os laços com os governantes protestantes da Alemanha, escolheu Frederico como genro. Após o casamento, celebrado em 14 de fevereiro de 1613, o casal partiu para Heidelberg. O casal teve um casamento feliz. Entre seus filhos, destacam-se: Ruperto, militar de grande reputação na Guerra Civil Inglesa, e Sofia, Eleitora de Hanôver, herdeira do trono britânico pelo Decreto de Estabelecimento de 1701. Em 1619, os boêmios, em desafio ao seu rei Habsburgo, Fernando II, ofereceram a coroa da Boêmia a Frederico. Em novembro de 1619, ele foi coroado rei como "Frederico I", mas em novembro de 1620, as forças boêmias foram derrotadas pela Liga Católica, que agia em nome de Fernando. Isabel e Frederico fugiram, encontrando refúgio em Haia, junto ao príncipe Maurício de Orange.[2]
Isabel passou os 40 anos seguintes no exílio. Seu filho mais velho faleceu em 1629 e seu marido em 1632. Quando, em 1648, seu segundo filho, Carlos Luís, foi restaurado como eleitor palatino, ele ignorou os apelos da mãe para que ela se reunisse a ele. Em 1650, a pensão concedida pela Casa de Orange foi encerrada. A ajuda proveniente da Inglaterra também cessou em razão das Guerra Civil Inglesa, travada entre os partidários do irmão de Isabel, o rei Carlos I, e os parlamentaristas. Em 1661, seu sobrinho Carlos II, a contragosto, permitiu que ela retornasse à Inglaterra.[2]
Início de vida
[editar | editar código]Isabel nasceu no Palácio de Dunfermline, Fife, em 19 de agosto de 1596, às duas horas da manhã.[3][4][nota 2] O rei Jaime cavalgou até o leito de parto vindo de Falkirk, onde participava do casamento do conde de Orkney.[5] Na época de seu nascimento, seu pai era rei da Escócia, mas ainda não rei da Inglaterra.[6] Nomeada em homenagem à Isabel I da Inglaterra,[7] sua madrinha, a jovem Isabel foi batizada em 28 de novembro de 1596 na Capela Real de Holyrood,[8] e proclamada pelos arautos como "lady Isabel".[4][9] Durante sua infância na Escócia, Isabel foi criada no Palácio de Linlithgow, onde foi colocada sob os cuidados de lorde Livingstone e sua esposa, Eleanor Hay.[10] Alguns anos depois, a segunda filha do rei, Margarida, também foi confiada aos cuidados deles. Isabel "não deu muita atenção a essa irmã mais nova", pois, mesmo tão jovem, seu afeto já estava voltado para seu irmão, Henrique.[11]
Mudança para a Inglaterra
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Robert Peake, o Velho, 1603, Museu Marítimo Nacional
Quando a rainha Isabel I da Inglaterra morreu em 1603, o pai de Isabel Stuart ascendeu ao trono como rei da Inglaterra e da Irlanda. A condessa de Kildare foi nomeada governanta da princesa. Junto com seu irmão mais velho, Henrique,[nota 3] Isabel fez a jornada para o sul, rumo à Inglaterra, com sua mãe, "em um progresso triunfal de entretenimento perpétuo".[12] No aniversário de seu pai, 19 de junho, Isabel dançou em Worksop Manor com o filho de Robert Cecil.[13]
Isabel permaneceu na corte por algumas semanas, mas "não há evidências de que ela estivesse presente na coroação dos pais" em 25 de julho de 1603.[14] Parece provável que, nesta altura, as crianças reais já haviam sido levadas para Oatlands, um antigo pavilhão de caça Tudor próximo a Weybridge. Havia peste em Londres, e o príncipe Henrique e a princesa Isabel foram transferidos para Winchester.[15] Sua mãe, Ana da Dinamarca, produziu uma peça teatral (Prince Henry's Welcome at Winchester) para recebê-los.[16] Em 19 de outubro de 1603, "uma ordem foi emitida sob o selo privado anunciando que o rei achava apropriado confiar a guarda e educação da lady Isabel ao lorde Harrington [sic] e sua esposa".[17]
Sob os cuidados de lorde e lady Harington em Coombe Abbey, Isabel conheceu Anne Dudley, com quem formaria uma amizade duradoura. Em 3 de abril de 1604, a princesa Isabel e suas damas cavalgavam de Coombe Abbey até Coventry, onde se encontraram com o prefeito e os vereadores da cidade. Ela assistiu a um sermão na Igreja de São Miguel e jantou no Salão de St. Mary.[18]
Conspiração da Pólvora
[editar | editar código]Parte do objetivo da Conspiração da Pólvora de 1605 era assassinar o pai de Isabel, o rei Jaime, e a aristocracia protestante, sequestrar a jovem Isabel, então com nove anos, de Coombe Abbey, e colocá-la no trono da Inglaterra, e presumivelmente também nos tronos da Irlanda e da Escócia, como uma monarca católica. Os conspiradores escolheram Isabel após considerarem as outras opções disponíveis. Acreditava-se que o príncipe Henrique pereceria junto ao pai. Carlos era visto como frágil (tendo acabado de aprender a andar) e Maria (irmã de Isabel nascida em 1605) era muito jovem. Isabel, por outro lado, já havia participado de funções oficiais, e os conspiradores sabiam que "ela poderia cumprir um papel cerimonial, apesar de sua juventude relativa".[19]
Os conspiradores pretendiam iniciar uma revolta nas Terras Médias que coincidisse com a explosão em Londres e, neste momento, assegurar a ascensão de Isabel como uma rainha-fantoche. Ela seria então criada como católica e, futuramente, casada com um príncipe católico.[20] O complô fracassou quando os conspiradores foram traídos, e Guy Fawkes foi capturado pelos soldados do rei antes que pudesse acender a pólvora.[21]
Educação
[editar | editar código]Isabel recebeu uma educação abrangente para uma princesa da época. Esta incluía instrução em história natural, geografia, teologia, línguas, escrita, música e dança. Ela foi impedida de estudar os clássicos, pois seu pai acreditava que o latim tinha o infeliz efeito de tornar as mulheres mais ardilosas.[22] Aos 12 anos, Isabel já era fluente em várias línguas, incluindo o francês, "que ela falava com facilidade e graça" — idioma que mais tarde usaria para se comunicar com seu marido.[23] Ela também era uma excelente amazona, possuía um entendimento sólido da religião protestante e demonstrava habilidade em redigir cartas que "soavam sinceras e nunca artificiais".[24] Era também extremamente ligada à literatura, e "diversas lembranças de seu amor precoce pelos livros ainda existem".[25]
Casamento
[editar | editar código]Pretendentes
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Como filha de um monarca em exercício, o casamento da jovem Isabel despertou interesse em diversas cortes europeias, atraindo pretendentes de diferentes origens e posições.[26] Entre eles estavam: o príncipe Gustavo Adolfo da Suécia, o duque Frederico Ulrico de Brunsvique-Luneburgo, o príncipe Maurício de Nassau, o lorde Howard de Walden, o príncipe Oto de Hesse-Cassel, o príncipe do Piemonte e o rei da Espanha.[27]
Cada pretendente trazia consigo, na proposta de casamento, a perspectiva de poder para a jovem Isabel. O casamento poderia trazer grandes benefícios ao reino de seu pai. Quando Jaime ascendeu ao trono inglês em 1603, a Inglaterra passou a ocupar um novo papel nos assuntos europeus. Jaime, ao contrário da infértil Isabel I, poderia, simplesmente "por ter filhos, desempenhar um papel importante na política dinástica".[28] A escolha do futuro marido de Isabel, portanto, tinha pouco a ver com sua preferência pessoal e muito a ver com os benefícios que tal união poderia trazer.
A maioria de seus pretendentes foi rapidamente descartada por diversos motivos. Alguns simplesmente não eram de linhagem suficiente, não tinham perspectivas reais a oferecer ou, no caso de Gustavo Adolfo, que em todos os outros aspectos parecia ser um par ideal, porque "seu país estava em guerra com a Dinamarca natal da rainha Ana".[29] Além disso, a Inglaterra não podia enfrentar outra revolução religiosa, e por isso o pré-requisito religioso, isto é, ser protestante, era fundamental.
O homem escolhido foi Frederico, conde palatino do Reno. Frederico era, sem dúvida, de linhagem elevada. Seus ancestrais incluíam os reis de Aragão e Sicília, os landgraves de Hesse, os duques de Brabante e Saxônia, e os condes de Nassau e Leuven. Ele e Isabel também compartilhavam um ancestral comum: Henrique II da Inglaterra. Frederico era "um dos príncipes mais poderosos do Sacro Império Romano" e um firme defensor da fé protestante.[30]
Noivado e casamento
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Frederico chegou à Inglaterra em 16 de outubro de 1612, e desde o início o casamento pareceu agradar a ambos. Seus contemporâneos observaram como Frederico parecia "não se deleitar com nada além da companhia e da conversa dela".[31] Frederico também estabeleceu amizade com o irmão mais velho de Isabel, o príncipe Henrique, o que encantou profundamente sua futura esposa. O rei Jaime, por sua vez, não considerou a felicidade do casal como prioridade, vendo o casamento como "um passo dentro de um processo mais amplo de promoção da harmonia doméstica e europeia".[32] A única pessoa que aparentemente não aprovava a união era a rainha Ana. Como filha de rei, irmã de rei, esposa de rei e mãe de um futuro rei, ela também desejava ser mãe de uma rainha. Embora se dissesse que apreciava os modos gentis e a natureza generosa de Frederico, considerava-o de origem inferior.[carece de fontes]
Em 6 de novembro de 1612, o príncipe Henrique faleceu. Sua morte teve grande impacto emocional sobre Isabel, e sua nova posição como segunda na linha de sucessão ao trono tornou-a ainda mais cobiçada como pretendente. A rainha Ana e aqueles que compartilhavam de sua visão, que "sempre consideraram uma união com o conde palatino indigna", fortaleceram sua oposição.[33] Isabel permaneceu fiel a Frederico, aprovado por seu irmão e por ela considerado um verdadeiro cavalheiro. Acima de tudo, ele era "visto como o futuro líder da causa protestante na Alemanha".[34]
O casamento foi celebrado em 14 de fevereiro de 1613, na capela real do Palácio de Whitehall, e constituiu uma cerimônia grandiosa que atraiu à corte inglesa mais realeza do que jamais se havia visto.[35] A união foi extremamente popular e gerou uma demonstração pública de afeto, sendo descrita como "um espetáculo de cerimônia e magnificência, mesmo para aquela era extravagante".[36]
As celebrações, realizadas tanto em Londres quanto em Heidelberg, foram luxuosas e sofisticadas, com banquetes e mobiliário opulento que custaram quase £50.000 — uma despesa que quase levou o rei Jaime ao Parlamento. Entre os muitos textos comemorativos produzidos para a ocasião estava o Epithalamion, Or Marriage Song on the Lady Elizabeth, and Count Palatine being married on St Valentine's Day, de John Donne. Um autor contemporâneo descreveu o casamento como um evento prestigioso no qual a Inglaterra "emprestou sua joia mais rara, para enriquecer o Reno".[37]
Eleitora Palatina do Reno
[editar | editar código]Após quase dois meses em Londres, onde prosseguiram as celebrações do casamento, o casal iniciou sua viagem rumo à corte palatina em Heidelberg. A jornada foi marcada por encontros com autoridades locais, degustações de comidas e vinhos, além de diversas apresentações de artistas e trupes. Em cada local onde paravam, esperava-se que Isabel distribuísse presentes. Como não havia recursos financeiros disponíveis para isso, ela precisou usar uma de suas joias como garantia para que o ourives Abraham Harderet "lhe fornecesse presentes adequados a crédito".[38]
Sua chegada a Heidelberg foi vista como "a conquista máxima de uma política que buscava conferir ao Palatinado um papel central na política internacional" e foi amplamente aguardada e celebrada.[39] Frederico transformou sua residência no Castelo de Heidelberg, construindo entre 1610 e 1613 o Edifício Inglês (Englischer Bau) em homenagem a Isabel, além de uma casa de macacos, uma menagerie e o início de um novo jardim no estilo do Renascimento italiano, então popular na Inglaterra.[40] O jardim, o Hortus Palatinus, foi projetado por Salomon de Caus, antigo tutor de Isabel.[41] À época, foi chamado por alguns contemporâneos de "a Oitava Maravilha do Mundo".[42]
Embora Isabel e Frederico fossem considerados genuinamente apaixonados e tenham mantido um relacionamento romântico ao longo de todo o casamento, os primeiros problemas começaram a surgir.[43] Antes de deixarem a Inglaterra, o rei Jaime havia exigido que Frederico prometesse que Isabel "teria precedência sobre sua mãe [...] e sempre seria tratada como se fosse uma rainha".[44] Essa condição causou certo desconforto na vida em corte, pois a mãe de Frederico, a condessa Luísa Juliana, "não esperava ser rebaixada em favor de sua jovem nora", e, por isso, a relação entre ambas jamais passou da mera cordialidade.[45]
Rainha da Boêmia
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Michiel Jansz van Mierevelt, c. 1623. National Portrait Gallery
Em 1619, o marido de Isabel, Frederico, foi um dos convidados a aceitar o trono da Boêmia.
O Reino da Boêmia era "uma república aristocrática em tudo, exceto no nome", cujos nobres elegiam o monarca. Tratava-se de um dos poucos Estados pluralistas bem-sucedidos.[46] O país desfrutara de um longo período de liberdade religiosa, mas em março de 1619, com a morte do rei Matias (também Sacro Imperador Romano), esse cenário parecia prestes a mudar. O herdeiro dos Habsburgo, o arquiduque Fernando, coroado rei da Boêmia em 1617, era um católico fervoroso que perseguiu brutalmente os protestantes em seu ducado de Estíria. Os nobres boêmios se viram diante de uma escolha: "aceitar Fernando como rei, afinal, ou dar o passo extremo de depô-lo".[47] Optaram pela deposição e, quando outros recusaram devido aos riscos envolvidos, os boêmios "lisonjearam as pretensões realistas do eleitor" e estenderam o convite ao marido de Isabel.[48]
Frederico, embora hesitante, foi persuadido a aceitar. Isabel "apelou à sua honra como príncipe e cavalheiro, e à sua humanidade como cristão", alinhando-se inteiramente a ele.[49] A família mudou-se para Praga, onde "o novo rei foi recebido com genuína alegria".[50] Frederico foi coroado oficialmente na Catedral de São Vito, no Castelo de Praga, em 4 de novembro de 1619. A coroação de Isabel como rainha da Boêmia ocorreu três dias depois.[carece de fontes]
A ocasião foi marcada por grande júbilo popular. O reinado de Frederico na Boêmia começou de forma promissora, mas duraria apenas um ano. A coroa boêmia "sempre fora pedra angular da política dos Habsburgo", e o herdeiro, agora rei Fernando II, não estava disposto a ceder.[51] O reinado de Frederico chegou ao fim com a derrota das forças protestantes boêmias na Batalha da Montanha Branca (que encerrou a primeira fase da Guerra dos Trinta Anos) em 8 de novembro de 1620.
Isabel é lembrada como a "Rainha de Inverno", e Frederico como o "Rei de Inverno", em referência à brevidade de seu reinado e à estação da batalha (no inverno).
Exílio e viuvez
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A derrota militar eliminou qualquer perspectiva de retorno a Praga, e toda a família foi forçada a fugir. Tampouco poderiam retornar ao Palatinado, que se encontrava ocupado pela Liga Católica e por um contingente espanhol. Assim, após um convite do Príncipe de Orange, mudaram-se para Haia.
Isabel chegou à Haia na primavera de 1621 com apenas uma pequena corte. Seu senso de dever em ajudar o marido a sair do impasse político em que haviam se metido fez com que "ela se tornasse muito mais uma parceira igual — se não a mais forte — no casamento".[39] Sua dama de companhia, Amália de Solms-Braunfels, logo envolveu-se com Frederico Henrique, Príncipe de Orange, com quem se casou em 1625. As duas mulheres tornaram-se rivais na corte de Haia.[52] Ainda naquele mês, Frederico despediu-se de Isabel e partiu para juntar-se ao rei da Suécia no campo de batalha. Após recusar as condições impostas pelo rei Gustavo Adolfo, que envolviam apoio militar sueco à sua restauração, os dois se separaram, com Frederico retornando em direção à Haia. Doente com uma infecção desde o início de outubro de 1632, ele faleceu na manhã de 29 de novembro, antes de conseguir chegar à cidade.

Gerard van Honthorst, 1642. National Gallery
Quando Isabel recebeu a notícia da morte de Frederico, ficou inconsolável de dor e passou três dias sem comer, beber ou dormir. Ao saber do estado da irmã, Carlos I da Inglaterra a convidou a retornar à Inglaterra, mas ela recusou. Os direitos de seu filho e herdeiro de Frederico, Carlos Luís, ainda precisavam ser defendidos.[53] Isabel então passou a lutar pelos direitos do filho, mas permaneceu em Haia mesmo após ele recuperar o Eleitorado do Palatinado em 1648. Tornou-se uma grande patrona das artes.[carece de fontes]
Isabel ocupava seu tempo escrevendo uma grande quantidade de cartas e tratando de alianças matrimoniais para seus filhos. Seu irmão Carlos I foi executado no início de 1649, e os membros sobreviventes da Casa de Stuart foram exilados durante os anos da República Inglesa. Os relacionamentos com seus filhos ainda vivos também tornaram-se algo distantes, embora ela tenha convivido com vários de seus netos. Começou então a colher os frutos de ter sido uma mãe distante para a maioria de seus próprios filhos, e a ideia de retornar à Inglaterra passou a ocupar seus pensamentos.[54]
Morte
[editar | editar código]Em 1660, os Stuarts foram restaurados aos tronos da Inglaterra, Escócia e Irlanda, na pessoa do sobrinho de Isabel, Carlos II. Isabel chegou à Inglaterra em 26 de maio de 1661. Já em julho, não planejava mais retornar a Haia e fez planos para que o restante de seus móveis, roupas e outros bens fossem enviados a ela. Em seguida, mudou-se para a Drury House, onde estabeleceu uma pequena, mas impressionante e acolhedora, casa. Em 29 de janeiro de 1662, mudou-se novamente, desta vez para a Leicester House, Westminster, mas já estava gravemente doente.[55] Isabel contraiu pneumonia, apresentou hemorragia pulmonar em 10 de fevereiro de 1662 e faleceu pouco depois da meia-noite do dia 13 de fevereiro.
Sua morte causou pouco alvoroço público, pois àquela altura seu "principal, senão único, motivo de notoriedade [em Londres] era ser mãe de Ruperto do Reno, o lendário general cavalheiro".[56] Na noite de 17 de fevereiro, quando seu caixão (onde seus restos mortais haviam sido depositados no dia anterior) deixou a Somerset House, Ruperto foi o único de seus filhos a acompanhar o cortejo fúnebre até a Abadia de Westminster.[57] Lá, na Capela de Henrique VII, "uma sobrevivente de uma era passada, isolada e sem um país que realmente pudesse chamar de seu", foi sepultada entre seus antepassados e próxima de seu amado irmão mais velho, Henrique Frederico, Príncipe de Gales, no túmulo da sua avó, a rainha Maria da Escócia.[39]
Descendência
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Isabel casou-se com Frederico V, eleitor Palatino do Reno, de quem teve os seguintes filhos:
- Frederico Henrique (1614–1629), morreu afogado aos 15 anos
- Carlos I Luis (1617–1680), recuperou o título de eleitor palatino que pertencera a seu pai, bem como a maior parte de seus antigos territórios
- Isabel (1618–1680), abadessa de Hertford
- Ruperto (1619–1682) militar de grande reputação na Guerra Civil Inglesa; foi posteriormente nomeado duque de Cumberland por seu primo, o rei Carlos II da Inglaterra
- Maurício (1620–1652) também serviu da Guerra Civil Inglesa; morto num naufrágio enquanto navegava pelas Índias Ocidentais
- Luísa Holandina (1622–1709), pintora e abadessa de Maubuisson
- Luís (1624–1625), morreu na infância
- Eduardo, Conde Palatino de Simmern (1625–1663), casou-se com Ana Gonzaga, com descendência; removido da linha de sucessão aos tronos do Palatinado e da Grã-Bretanha por ter se convertido ao catolicismo
- Henriqueta Maria (1626–1651), casou-se com Sigismundo Rákóczi, sem descendência
- Filipe Frederico (1627–1650), militar, morreu aos 23 anos
- Carlota (1628–1631), morreu na infância
- Sofia, Eleitora de Hanôver (1630–1714) herdeira do trono britânico pelo Decreto de Estabelecimento de 1701
- Gustavo Adolfo (1632–1641), morreu na infância
Árvore genealógica
[editar | editar código]Esta árvore genealógica mostra a ligação de Isabel com os monarcas ingleses e britânicos:[58]
| Jaime VI & I 1566–1625 | |||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||
| Carlos I 1600–1649 | Isabel 1596–1662 | Jorge 1582–1641 | |||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||
| Maria 1631–1660 | Carlos II 1630–1685 | Jaime II & VII 1633–1701 | Sofia 1630–1714 | Ernesto Augusto 1629–1698 | Jorge Guilherme 1624–1705 | ||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||
| Guilherme III & II 1650–1702 | Maria II 1662–1694 | Ana 1665–1714 | Jaime 1688–1766 | Jorge I 1660–1727 | Sofia Doroteia 1666–1726 | ||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||
| Guilherme 1689–1700 | Jorge II 1683–1760 | Sofia Doroteia 1687–1757 | |||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||
Notas e referências
Notas
- ↑ Historicamente, durante a existência do Reino da Inglaterra c. 927 – 1707, o título de "Princesa da Inglaterra" nunca existiu. As filhas e netas dos reis ostentavam o título de "Senhorita" (Lady) e detinham o direito ao estilo de tratamento de "Sua Graça" (Your Grace), com exceção de que, a partir de 1631, a filha mais velha dos monarcas passou a ostentar o título de "Princesa Real" (Princess Royal). Somente em 1707, com a formação do Reino da Grã-Bretanha, o uso do título de "Princesa da Grã-Bretanha" e estilo de tratamento de "Alteza Real" (Royal Highness) foram incorporados. Assim, Isabel era uma lady inglesa.
- ↑ Calderwood, após mencionar um tumulto em Edimburgo, diz que, pouco antes desses eventos, a rainha (de Jaime VI) deu à luz uma filha no Palácio de Dunfermline, em 19 de agosto de 1596.
- ↑ Carlos permaneceu na Escócia por enquanto, Margarida havia morrido na primavera de 1600 e Roberto em maio de 1602.
Referências
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Bibliografia
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Ligações externas
[editar | editar código]- Biografia de Isabel (em inglês) na Encyclopædia Britannica
| Isabel da Inglaterra Casa de Stuart 19 de agosto de 1596 – 13 de fevereiro de 1662 | ||
|---|---|---|
| Precedida por Ana de Tirol |
Rainha Consorte da Boêmia 26 de agosto de 1619 – 8 de novembro de 1620 |
Sucedida por Leonor Gonzaga |
| Precedida por Luísa Juliana de Orange-Nassau |
Eleitor Consorte Palatina do Reno 14 de março de 1613 – 23 de fevereiro de 1623 |
Sucedida por Isabel de Lorena |
- Nascidos em 1596
- Mortos em 1662
- Casa de Stuart
- Sepultados na Abadia de Westminster
- Rainhas consorte da Boêmia
- Mulheres do século XVI
- Mulheres do século XVII
- Princesas da Inglaterra
- Princesas da Escócia
- Naturais de Fife
- Escoceses do século XVI
- Eleitoras do Palatinado
- Escoceses do século XVII
- Mulheres do período Stuart
