Isqui-Mari

Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.
Isqui-Mari
Rei de Mari
Isqui-Mari
Reinado c. 2350-2330 a.C.
Antecessor(a) Icusamagã
Sucessor(a) Último rei de Mari

Isqui-Mari (Ishqi-Mari) ou Isgui-Mari (Ishgi-Mari) (𒅖𒄄𒈠𒌷),[1] conhecido anteriormente por Langui-Mari,[2] foi um rei do Segundo Reino Mariota que governou entre c. 2350-2330 a.C. Ele é um dos três reis mari conhecidos da arqueologia, sendo Icunsamas provavelmente o mais antigo.[3] O segundo rei é Icusamagã, também conhecido de uma estátua inscrita.

Em suas inscrições, esses reis mari usavam um dialeto da língua acadiana, enquanto seus contemporâneos sumérios ao sul usavam a língua suméria.[3]

Pensa-se que Isqui-Mari foi o último rei de Mari antes da conquista e da destruição de Mari pelo Império Acadiano sob Sargão, por volta de 2330 a.C.[4]

Inscrições[editar | editar código-fonte]

Isqui-Mari é conhecido de uma estátua com inscrição.[3] A estátua está no Museu Nacional de Alepo.[2][5][6] A inscrição na parte de trás da estátua diz:

𒅖𒄄𒈠𒌷 / 𒈗𒈠𒌷 / 𒑐𒋼𒋛𒃲 / 𒀭𒂗𒆤 / 𒊨𒋤 / 𒀀𒈾 / 𒀭𒈹𒀴 / 𒊕𒄸𒁺

ish11-gi4-ma-ri2 / lugal ma-ri2 / ensi2 gal / Den-lil2 / dul3-su3 / a-na / Dinanna-nita / sa12-rig9

"Isqui-Mari, rei de Mari, grande ensi de Enlil, dedicou sua estátua a Inana"
— Inscrição de estátua de Isqui-Mari.[7][2][8]

Esta inscrição foi fundamental para identificar Tel Hariri com a Mari da Antiguidade.[9]

Também são conhecidos vários vedantes de cilindro com desenhos complexos em nome de "Isqui-Mari, rei de Mari".[10]

Descoberta (23 de janeiro de 1934)[editar | editar código-fonte]

Escavação da estátua de Isqui-Mari em 23 de janeiro de 1934

A estátua de Ishqi-Mari foi descoberta enterrada nos restos arqueológicos da antiga cidade de Mari, no templo de Istar, por uma equipe arqueológica francesa liderada por André Parrot em 23 de janeiro de 1934.[11][12]

A estátua mostra Isqui-Mari com uma longa barba e cabelos separados e entrançados. Ele usa um pente de cabelo semelhante aos reis sumérios, como o cocar de Mescalandugue ou relevos sobre Eanatum.[2][13] Ele veste um casaco com franjas, deixando um ombro nu, um tipo de roupa também visto nas representações contemporâneas de governantes do Império Acadiano.[11]

No museu de Alepo[editar | editar código-fonte]

Referências

  1. «Les sceaux de Mari au IIIe millénaire: Observations sur la documentation ancienne et les données nouvelles des villes I et II». Akh Purattim 1 (em francês). pp. 231–260 
  2. a b c d e f g Art of the First Cities: The Third Millennium B.C. from the Mediterranean to the Indus. Metropolitan Museum of Art (em inglês). [S.l.: s.n.] 2003. ISBN 978-1-58839-043-1 
  3. a b c Spycket, Agnès (1981). Handbuch der Orientalistik. BRILL (em francês). [S.l.: s.n.] ISBN 978-90-04-06248-1 
  4. Eppihimer, Melissa (2019). Exemplars of Kingship: Art, Tradition, and the Legacy of the Akkadians. Oxford University Press (em inglês). [S.l.: s.n.] ISBN 978-0-19-090302-2 
  5. Spycket, Agnès (1981). Handbuch der Orientalistik. BRILL (em francês). [S.l.: s.n.] ISBN 978-90-04-06248-1 
  6. Alfred Haldar (1971). Who Were the Amorites. [S.l.: s.n.] 
  7. «CDLI-Archival View». cdli.ucla.edu 
  8. For a clear picture of the inscription: «Images of Ishqi-Mari» 
  9. Leick, Gwendolyn (2002). Who's Who in the Ancient Near East. Routledge (em inglês). [S.l.: s.n.] ISBN 978-1-134-78796-8 
  10. Seal impression 1, Seal impression 2 in «Les sceaux de Mari au IIIe millénaire : Observations sur la documentation ancienne et les données nouvelles des villes I et II». Akh Purattim 1 (em francês). pp. 231–260 
  11. a b Leick, Gwendolyn (2002). Who's Who in the Ancient Near East. Routledge (em inglês). [S.l.: s.n.] ISBN 978-1-134-78796-8 
  12. «Les fouilles de Mari. Première campagne (hiver 1933-34). Rapport préliminaire». Syria. 16: 1–28. ISSN 0039-7946 
  13. «An Akkadian Victory Stele». Boston Museum Bulletin. 68. ISSN 0006-7997 


Precedido por
Icusamagã
Rei de Mari
c. 2350 - 2330 a.C.
Sucedido por
Último rei de Mari