Itacaré
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Município do Brasil | |||
Praia da Tiririca | |||
Símbolos | |||
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Hino | |||
Gentílico | itacareense | ||
Localização | |||
Localização de Itacaré na Bahia | |||
Localização de Itacaré no Brasil | |||
Mapa de Itacaré | |||
Coordenadas | |||
País | Brasil | ||
Unidade federativa | Bahia | ||
História | |||
Fundação | 26 de janeiro de 1732 (290 anos) | ||
Aniversário | 26 de janeiro | ||
Administração | |||
Prefeito(a) | Antonio Mario Damasceno[1] (PT, 2021 – 2024) | ||
Vereadores | 11 | ||
Características geográficas | |||
Área total [2] | 726,265 km² | ||
População total (estimativa IBGE/2020[3]) | 28 684 hab. | ||
Densidade | 39,5 hab./km² | ||
Clima | tropical quente e úmido | ||
Altitude | 29 m | ||
Fuso horário | Hora de Brasília (UTC−3) | ||
Indicadores | |||
IDH (PNUD/2010[4]) | 0,583 — baixo | ||
PIB (IBGE/2008[5]) | R$ 82 459,462 mil | ||
PIB per capita (IBGE/2008[5]) | R$ 3 129,63 |
Itacaré é um município do estado da Bahia, no Brasil. Sua população foi estimada em 28 684[3] habitantes, conforme dados do IBGE de 2020.
Topônimo[editar | editar código-fonte]
O topônimo "Itacaré" se originou do tupi antigo: significa "jacaré de pedra", através da junção dos termos itá (pedra) e îakaré (jacaré).[6]
História[editar | editar código-fonte]
Por volta do ano 1000, a região foi invadida pelos tupis, que expulsaram os antigos habitantes, falantes de línguas do tronco linguístico macro-jê, para o interior do continente. No século XVI, quando os primeiros europeus chegaram à região, ela estava ocupada pela etnia tupi dos tupiniquins.[7] No século XVI, o jesuíta Luís da Grã fundou uma capela dedicada a são Miguel. O jesuíta, então, batizou a povoação ao redor da capela como "São Miguel da Barra do Rio de Contas", juntamente com o município de Ubaitaba, que chamava-se Itapira, sede do município de São Miguel da Barra do Rio de Contas.
A povoação foi elevada a sede de município em 1732 e Ubaitaba (até então denominada Itapira), tornou-se seu distrito, por obra de dona Maria Athaíde e Castro, a condessa do Resende, donatária da capitania de Ilhéus.[8] O município passou a ter a sua designação atual somente em 1931.
Itacaré e Ubaitaba foram desmembradas pelo decreto nº 8567 de 27 de julho de 1933.
Quatro eventos estatisticamente improváveis fizeram, de Itacaré, um lugar especial e com alto grau de preservação:
- tem uma formação geológica única no Nordeste brasileiro, com uma faixa costeira dotada de solo fértil e falésias rochosas, e por isso a Mata Atlântica avança até o mar.
- a cultura agrícola predominante foi o cacau em sistema de cabruca (um sistema ecológico de cultivo agroflorestal), que precisa da sombra da Mata Atlântica para ser plantado, ao contrário da cana-de-açúcar e do café, em que seria necessário devastar toda a mata.
- o município cresceu muito entre 1890 e 1940 graças ao cacau, mas, nos anos 1940, o porto da cidade assoreou e o lugar ficou isolado, visto que as estradas eram muito ruins. Esse isolamento dificultou o crescimento até a construção da Estrada Parque da Serra Ilhéus-Itacaré em 1998, a primeira estrada realmente ecológica do país.[9]
- em 1993, o governo estadual criou uma Área de Proteção Ambiental antes de construir a estrada em 1998, dando regras ao crescimento da cidade. Essa área de preservação estimulou o desenvolvimento de Itacaré como destino de ecoturismo e não de turismo de massa.
Então, desde a criação da Estrada Ilhéus-Itacaré, a cidade é um dos principais centros turísticos do litoral sul baiano, se destacando como principal ponto de surfe do estado. Outro momento importante foi com a construção da ponte em 2009, sobre o Rio de Contas, a antiga balsa foi desativada e o acesso norte pela rodovia BA-001 integrou a cidade de forma mais intensa à Península de Maraú e encurtou a distância à capital estadual através do ferry-boat de Bom Despacho, na Ilha de Itaparica.
Economia[editar | editar código-fonte]
A principal fonte de economia da cidade é o ecoturismo, que responde por mais de 90% do seu produto interno bruto (PIB). Os principais segmentos turísticos trabalhados são ecoturismo, sol e praia, turismo de aventura e esportivo.[10]
Praias[editar | editar código-fonte]
- Arruda
- Camboinha
- Catende
- Concha
- Coroa ou Coroinha
- Costa
- Engenhoca
- Havaizinho
- Itacarezinho
- Jeribucaçu
- Palva ou Segredo
- Patizeiro
- Piracanga
- Pontal
- Prainha
- Resende
- Ribeira
- São José
- Siriaco
- Tiririca
Esporte[editar | editar código-fonte]
A Praia da Tiririca já foi sede da etapa brasileira da Liga Mundial de Surfe. Ocorreu em 2013 e 2015 e retornou entre 2017 e 2019.[11][12]
Referências
- ↑ Prefeito e vereadores de Itacaré tomam posse Portal G1 - acessado em 2 de março de 2021
- ↑ «Área territorial oficial». IBGE. 2019. Consultado em 10 de junho de 2020
- ↑ a b «Estimativa populacional 2020 IBGE». Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). 28 de agosto de 2020. Consultado em 10 de novembro de 2020
- ↑ «Ranking decrescente do IDH-M dos municípios do Brasil». Atlas do Desenvolvimento Humano. Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD). 2010. Consultado em 24 de agosto de 2013
- ↑ a b «Produto Interno Bruto dos Municípios 2004-2008». Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística. Consultado em 11 de dezembro de 2010
- ↑ NAVARRO, E. A. Dicionário de tupi antigo: a língua indígena clássica do Brasil. São Paulo. Global. 2013. p. 571.
- ↑ BUENO, E. Brasil: uma história. 2ª edição revista. São Paulo. Ática. 2003. p. 19.
- ↑ Itacaré.com. Disponível em http://www.itacare.com.br/itacare/portal.php?content=historia. Acesso em 11 de abril de 2015.
- ↑ Bahia.com.br. «Atração » Estrada Parque da Serra Ilhéus-Itacaré». Consultado em 5 de abril de 2014
- ↑ Bahia Econômica (5 de abril de 2014). «Itacaré ganha centro de atendimento ao turista». Consultado em 5 de abril de 2014. Cópia arquivada em 7 de abril de 2014
- ↑ Itacaré volta a sediar etapa do mundial WSL de Surf Folha da Praia - acessado em 12 de novembro de 2020
- ↑ Mundial de Surf será realizado este mês em Itacaré Metro 1 - acessado em 12 de novembro de 2020