J. D. Salinger

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J. D. Salinger
J. D. Salinger
Salinger em 1950
Nome completo Jerome David Salinger
Nascimento 1 de janeiro de 1919
Manhattan, Nova Iorque
Estados Unidos
Morte 27 de janeiro de 2010 (91 anos)[1]
Cornish, New Hampshire
Estados Unidos
Nacionalidade Norte-americano
Ocupação Escritor
Assinatura

Jerome David Salinger (Nova Iorque, 1 de janeiro de 1919Cornish, 27 de janeiro de 2010), mais conhecido como J.D. Salinger, foi um escritor norte-americano tido como um dos mais influentes do período pós-guerra.

Ficou conhecido em 1948 por conta de suas novelas, publicadas na revista The New Yorker, sobretudo pelo aclamado conto A Perfect Day for Bananafish. Mas foi com o romance The Catcher in the Rye (Br: O Apanhador no Campo de Centeio/Pt: À Espera no Centeio ou Uma Agulha num Palheiro) que se tornou conhecido mundialmente, passando a ocupar um lugar no cânone literário.[2]

Biografia[editar | editar código-fonte]

Nasceu em Manhattan, Nova Iorque, em 1º de janeiro de 1919, filho de pai judeu de origem polaca e mãe de origem escocesa e irlandesa. Começou escrevendo ainda na escola secundária, e publicou vários contos no início da década de 1940, antes de servir na II Guerra Mundial. Em 1948, ele escreve o seu primeiro conto aclamado pela crítica, "A Perfect Day for Bananafish" (Um dia perfeito para Peixe-banana, em português), publicado na revista The New Yorker, que seria o local de onde sairiam mais outros contos seus nos anos seguintes. Em 1951, publica seu primeiro romance, The Catcher in the Rye, que torna-se um sucesso imediato. Sua descrição da alienação da adolescência e da inocência perdida através do seu protagonista, Holden Caulfield, com vocabulário e gírias, serviu de influência para toda uma geração de novos leitores, especialmente adolescentes. O livro continua tendo uma vendagem estimada em 250 mil cópias por ano.

O sucesso de The Catcher in the Rye chamou atenção do público para Salinger, que, a partir de então, torna-se recluso, publicando menos do que antes. Os livros que se seguem ao Centeio são: Nine Stories, de 1953, um apanhado de nove contos publicados na revista The New Yorker entre 1948 e 1953; Franny & Zooey, de 1961, que consiste de duas novelas curtas, Franny e Zooey; e Raise High the Roof Beam, Carpenters and Seymour: An Introduction, de 1963, que também reúne duas novelas de Salinger. Estes três livros têm histórias em que são personagens principais a Família Glass, constituída por Buddy (espécie de alter ego do escritor), Seymour, Boo Boo, Walt, Waker, Franny e Zooey Glass, todos irmãos. Seu último trabalho publicado, uma novela intitulada Hapworth 16, 1924, apareceu em The New Yorker em 19 de junho de 1965. O autor morreu em 2010.

Reclusão[editar | editar código-fonte]

Depois disso, Salinger continuou recluso, aparecendo esporadicamente na imprensa. No final dos anos 90, são publicadas duas obras de memórias de pessoas próximas a Salinger; Joyce Maynard, sua ex-amante, e Margareth Salinger, sua filha. Em 1996, um pequeno editor americano anunciou um acordo com Salinger para a publicação de Hapworth 16, 1924 em forma de livro, mas alguns problemas adiaram o lançamento da obra indefinidamente. Hapsworth foi escrita como uma carta de Seymour Glass, então com 7 anos, para sua família. Seria o desfecho da saga da Família Glass, também presente nos livros anteriores de Salinger.

Obras[editar | editar código-fonte]

Livros[editar | editar código-fonte]

Histórias publicadas e antologiadas[editar | editar código-fonte]

  • "Go See Eddie" (1940, republicado em Fiction: Form & Experience, ed. William M. Jones, 1969 e em Three Early Stories, 2014)
  • "The Young Folks" (1940, republicado em Three Early Stories, 2014)
  • "The Hang of It" (1941, republicado em The Kit Book for Soldiers, Sailors and Marines, 1943)
  • "The Long Debut of Lois Taggett" (1942, republicado em Stories: The Fiction of the Forties, ed. Whit Burnett, 1949)
  • "Once a Week Won't Kill You" (1944, republicado em Three Early Stories, 2014)
  • "A Boy in France" (1945, republicado em Post Stories 1942–45, ed. Ben Hibbs, 1946 e na edição de Julho/Agosto de 2010 da revista Saturday Evening Post)
  • "This Sandwich Has No Mayonnaise" (1945, republicado em The Armchair Esquire, ed. L. Rust Hills, 1959)
  • "Slight Rebellion off Madison" (1946, republicado em Wonderful Town: New York Stories from The New Yorker, ed. David Remnick, 2000)
  • "A Girl I Knew" (1948, republicado em Best American Short Stories 1949, ed. Martha Foley, 1949)

Histórias publicas mas não antologiadas[editar | editar código-fonte]

Histórias não publicadas[editar | editar código-fonte]

Referências a The Catcher in the Rye[editar | editar código-fonte]

O curioso na obra de J. D . Salinger é a forma como ela influenciou gerações e ainda continua a influenciar. Só para se ter uma ideia a obra é citada em alguns casos curiosos, como a morte de John Lennon. Segundo testemunho do próprio Mark Chapman, assassino de Lennon, ele estava lendo The Catcher in the Rye minutos antes de tentar o suicídio e da obra teria tirado inspiração para matar o Beatle.

Outro fato curioso é que o atirador que tentou matar Ronald Reagan em 30 de abril de 1981 afirmou que também teria tirado do mesmo livro a inspiração para matar o presidente.

No filme Teoria da Conspiração, Mel Gibson faz o papel de um motorista de taxi psicótico que acha que todos estão contra ele, e que possui uma compulsão, comprar diariamente um volume de The Catcher in the Rye, existindo em sua casa milhares de exemplares. Por conta de uma dessas compras, ele é descoberto por seus inimigos e quase acaba morto.

Na 1º saga do famoso animê Ghost in the Shell: Stand Alone Complex também existe uma referência à obra de Salinger, onde o vilão da saga é um super-hacker que se autodenomina "Laughing Man" (tradução: Homem Risonho), com habilidades sobre-humanas (em relação a 'informática'), sendo o refrão utilizado "I thought what I'd do was, I'd pretend I was one of those deaf-mutes" é extraído de The Catcher in the Rye.

No filme de comédia norte-americano Just one of the guys (Quase igual aos outros em Português) estrelado por Joyce Hirst, a personagem Telry era uma garota que queria ser jornalista e precisava escrever um artigo interessante para a coluna de jornal onde trabalhava. Resolve-se disfarçar de homem para escrever sobre o mundo masculino. Nesse mesmo filme também há uma personagem da atriz Emily Ragsdale, professora da escola onde Telry vai fazer seu estágio como menino. Essa professora pergunta a dois alunos nerds se eles também leram o livro The Catcher in the Rye.

A banda Green Day compôs a música "Who Wrote Holden Caulfield" para o álbum "Kerplunk", contando as impressões do cantor Billie Joe Armstrong sobre o livro durante sua adolescência.

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Referências

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