J. Arch Getty

Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.
J. Arch Getty
Nascimento 30 de novembro de 1950
Luisiana
Cidadania Estados Unidos
Alma mater
Ocupação historiador, professor universitário, biógrafo
Prêmios
Empregador(a) Universidade da Califórnia em Los Angeles

John Archibald Getty, III (30 de novembro de 1950)[1] é um historiador americano e professor da Universidade da Califórnia em Los Angeles (UCLA), especializado em História da Rússia e História da União Soviética.

Vida[editar | editar código-fonte]

Nasceu na Louisiana e cresceu em Oklahoma. Recebeu seu Bachelor of Arts pela Universidade da Pensilvânia em 1972 e seu Doutorado pela Boston College em 1979. Foi professor da Universidade da Califórnia em Riverside, antes de se mudar para a UCLA. É Bolsista Guggenheim, pesquisador da Universidade Estadual Russa de Humanidades (Moscou) e foi membro sênior do Instituto Harriman (Universidade Columbia) e do Davis Center (Universidade Harvard). Foi Estudante Visitante Sênior na Academia de Ciências da Rússia em Moscou.[2]

Pesquisa e ideias[editar | editar código-fonte]

Estudos acadêmicos sovietólogos pós Segunda Guerra Mundial foram dominados pelo "modelo totalitário" da União Soviética, enfatizando a natureza absoluta do poder de Josef Stalin. Os "revisionistas" que surgiram na década de 1960 centraram-se em instituições relativamente autônomas que podem influenciar a política no nível superior.[3]

Em 1985 escreveu Origin of the Great Purges: The Soviet Communist Party Reconsidered, 1933-1938. O livro foi um desafio ao trabalho de Robert Conquest e parte dos debates entre os historiadores "totalitários" e "revisionistas" da União Soviética. Em um apêndice do livro, questionou o papel de Stalin na execução de Serguei Kirov e criticou a dependência de fontes de emigrantes.[4]

Os estudiosos "totalitários" se opuseram aos "revisionistas" como apologéticos a Stalin e os acusaram de minimizar o terror.[5] Durante os debates na década de 1980, o uso de fontes de emigrantes e a insistência na engenharia de Stalin do assassinato de Kirov ficaram embutidos na posição de ambos os lados.[4] Sarah Davies e James Harris observam que com o colapso da União Soviética e a libertação dos arquivos, um pouco do calor saiu do debate e a politização foi reduzida.[3]

Livros[editar | editar código-fonte]

  • John Arch Getty and Roberta Thompson Manning. Stalinist Terror: New Perspectives, (ed., com Roberta T. Manning), Nova Iorque, Cambridge University Press, 1993. ISBN 0-521-44670-8
  • J. Arch Getty, Oleg V. Naumov. The Central Party Archive: A Research Guide, Univ Pittsburgh Center for Russian. 1993. ISBN 99944-868-6-1
  • John Archibald Getty Origins of the Great Purges: The Soviet Communist Party Reconsidered, 1933-1938, Nova Iorque, Cambridge University Press, 1985. Nona edição, 1996. ISBN 0-521-33570-1
  • J. Arch Getty, Oleg V. Naumov, The Road to Terror: Stalin and the Self-Destruction of the Bolsheviks, 1932-1939, Yale University Press, 1999, ISBN 0-300-09403-5
  • Stalin's "Iron Fist:" The Times and Life of N. I. Yezhov, Yale University Press, 2008. ISBN 0-300-09205-9
  • J. Arch Getty Practicing Stalinism: Bolsheviks, Boyars, and the Persistence of Tradition, Yale University Press, 2013, ISBN 0-300-16929-9

Artigos[editar | editar código-fonte]

  • "Stalin as Prime Minister: Power and the Politburo," in Sarah Davies e James Harris, Stalin: A New History, Cambridge University Press, 2005, 83-107.
  • "'Excesses are not permitted:' Mass Terror Operations in the Late 1930s and Stalinist Governance," The Russian Review, 16:1, Janeiro de 2002, 112-137.
  • "Mr. Ezhov Goes to Moscow: The Rise of a Stalinist Police Chief," in William Husband, ed., The Human Tradition in Modern Russia, Nova Iorque, 2000, 157-174.
  • "Samokritika Rituals in the Stalinist Central Committee, 1933-1938," The Russian Review, 58:1, Janeiro de 1999, 49-70.
  • "Afraid of Their Shadows: The Bolshevik Recourse to Terror, 1932-1938," in Stalinismus vor dem Zweiten Weltkrieg. Neue Wege der Forschung, ed. Manfred Hildermeier and Elisabeth Mueller-Luckner, Munique, 1998.
  • "Victims of the Soviet Penal System in the Prewar Years: A First Approach on the Basis of Archival Evidence," (com Gаbor T. Rittersporn, and V. N. Zemskov), American Historical Review, 98:4, Outubro de 1993
  • "Trotsky in Exile: The Founding of the Fourth International," Soviet Studies, vol. XXXVIII, no. 1, Janeiro de 1986, 24-35.

Referências

  1. Informação proveniente dos dados das Autoridades da Biblioteca do Congresso, através do correspondente arquivo de autoridades vinculado às Identidades do WorldCat
  2. «J. Arch Getty». Universidade da Califórnia em Los Angeles. Consultado em 27 de julho de 2017 
  3. a b Davies, Sarah; Harris, James (2005). Stalin: A New History. [S.l.]: Cambridge University Press. p. 3-5. ISBN 978-1-139-44663-1 
  4. a b Lenoe, Matt (2002). «Did Stalin Kill Kirov and Does It Matter?*». The Journal of Modern History. 74 (2): 352–380. ISSN 0022-2801. doi:10.1086/343411 
  5. Haynes, John Earl; Klehr, Harvey (1 de janeiro de 2003). In Denial: Historians, Communism, & Espionage. [S.l.]: Encounter Books. p. 15-17. ISBN 978-1-893554-72-6 

Ligações externas[editar | editar código-fonte]

Notas[editar | editar código-fonte]