Jaques Wagner
Jaques Wagner | |
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Senador pela Bahia | |
Período | 1º de fevereiro de 2019 até a atualidade |
Ministro-Chefe da Casa Civil do Brasil | |
Período | 2 de outubro de 2015 até 16 de março de 2016 |
Presidente | Dilma Rousseff |
Antecessor | Aloizio Mercadante |
Sucessor | Luiz Inácio Lula da Silva |
Ministro da Defesa do Brasil | |
Período | 1º de janeiro de 2015 a 2 de outubro de 2015 |
Presidente | Dilma Rousseff |
Antecessor | Celso Amorim |
Sucessor | Aldo Rebelo |
50º Governador da Bahia | |
Período | 1 de janeiro de 2007 a 1 de janeiro de 2015 |
Vice-governador | Edmundo Santos (2007–2011) Otto Alencar (2011–2015) |
Antecessor | Paulo Souto |
Sucessor | Rui Costa |
Ministro-chefe da Secretaria de Relações Institucionais do Brasil | |
Período | 20 de julho de 2005 a 31 de março de 2006 |
Presidente | Luiz Inácio Lula da Silva |
Sucessor | Tarso Genro |
Ministro do Trabalho e Emprego do Brasil | |
Período | 1 de janeiro de 2003 a 23 de janeiro de 2004 |
Presidente | Luiz Inácio Lula da Silva |
Antecessor | Paulo Jobim Filho |
Sucessor | Sandra Meira Starling (interina) Ricardo Berzoini (definitivo) |
Deputado federal pela Bahia | |
Período | 1 de fevereiro de 1991 até 1 de fevereiro de 2003 |
Secretário Estadual de Desenvolvimento Econômico da Bahia | |
Período | 21 de janeiro de 2017 até 6 de abril de 2018 |
Governador | Rui Costa |
Antecessor | Jorge Hereda |
Sucessor | Paulo Guimarães |
Dados pessoais | |
Nascimento | 16 de março de 1951 (69 anos) Rio de Janeiro, DF, Brasil |
Nacionalidade | brasileiro |
Primeira-dama | Fátima Mendonça |
Partido | PT (1980-presente) |
Religião | Judaísmo |
Profissão | Político e ex-sindicalista |
Jaques Wagner (Rio de Janeiro, 16 de março de 1951) é um político brasileiro filiado ao Partido dos Trabalhadores (PT). Foi governador da Bahia de 2007 a 2014 e Ministro-chefe da Casa Civil de 2015 a 2016. Nas eleições de 2018, foi eleito senador pela Bahia.[1]
Biografia[editar | editar código-fonte]
Nascido no Rio de Janeiro, em 16 de março de 1951, filho de Joseph Wagner e Cypa Perla Wagner, imigrantes judeus poloneses. Estudou sete anos (1962–1968) no Colégio Militar do Rio de Janeiro.[2] É casado com Maria de Fátima Carneiro de Mendonça, tem três filhos e um enteado.
Carreira política[editar | editar código-fonte]
Sua carreira política se inicia a partir de 1969 no movimento estudantil, quando ingressou no diretório acadêmico da Faculdade de Engenharia Civil da Pontifícia Universidade Católica (PUC-RJ). Entretanto, no início da década de 1970, Jaques Wagner passou a ser perseguido pela ditadura militar e teve que abandonar o curso de Engenharia, que não chegou a completar e sair do Rio de Janeiro. Mudou-se para o Subúrbio Ferroviário de Salvador e ingressou na indústria petroquímica no polo de Camaçari, na região metropolitana da capital, onde se tornou técnico em manutenção. Começou a atuar no Sindicato dos Trabalhadores da Indústria Petroquímica (Sindiquímica-BA), do qual foi diretor e presidente. Conheceu Luís Inácio Lula da Silva em um congresso de petroleiros e, em 1980, ajudou a fundar o Partido dos Trabalhadores (PT) e a Central Única dos Trabalhadores (CUT) no estado.
Filiado ao partido desde então, Jaques Wagner foi eleito deputado federal em 1990, sendo reeleito em 1994 e 1998.[3] Depois de três mandatos como deputado, concorreu a prefeitura de Camaçari e ao governo da Bahia em 2000 e 2002 respectivamente, e em ambos foi derrotado. Então, foi convidado por Lula para a função de Ministro do Trabalho[4] e posteriormente, em 2005, tornou-se ministro das Relações Institucionais, assumindo a coordenação política do governo e suas relações com o Congresso Nacional. Ainda comandou a Secretaria Especial do Conselho de Desenvolvimento Econômico e Social da Presidência da República.[5]
Governador da Bahia[editar | editar código-fonte]
Jaques Wagner foi eleito governador do estado, em outubro de 2006, apoiado por uma coligação formada pelo PT, PV, PPS, PCdoB, PTB, PMN e PMDB. A coligação não teve candidato a senador, mas apoiou informalmente o ex-governador João Durval Carneiro, eleito pelo PDT. Apesar de as pesquisas indicarem uma vitória no primeiro turno e com ampla vantagem do seu adversário e predecessor no cargo, Paulo Souto, Jaques venceu com 52,89% dos votos válidos, num total de 3.242.336 votos impondo a mais contundente derrota à hegemonia do carlismo nas eleições da Bahia em décadas. Muitos acreditam que a vitória de Wagner se deveu ao alinhamento com o presidente Lula. A vitória de Jaques Wagner foi apontada pela imprensa nacional como o fim do carlismo, ou seja, da forte influência do ex-governador Antônio Carlos Magalhães (ACM) na estrutura de governo do estado da Bahia.[6] O próprio Jaques Wagner tratou de explicar, numa entrevista concedida à revista Caros Amigos, que sua vitória não foi surpresa para ele, uma vez que o grupo liderado pelo senador Antônio Carlos Magalhães arregimentava sempre cerca de 30 por cento dos votos em todas as eleições. Em dezembro de 2006, seguindo o modelo do governo Lula, Wagner anunciou que pretende ter sob sua responsabilidade direta a administração dos recursos financeiros estaduais destinados a ações sociais.
Em 2010, Jaques foi reeleito governador da Bahia, em primeiro turno, com 63,83% dos votos válidos.[7]
Uma das obras mais elogiadas da gestão Wagner é o Hospital do Subúrbio. Inaugurado em 2010, no subúrbio da cidade de Salvador, foi o primeiro hospital do país a ser construído em parceria público-privada (PPP).[8] Com um atendimento considerado de excelência, o centro de saúde realiza inúmeros procedimentos, tem equipamentos de ponta e é administrado pela iniciativa privada em um regime de concessão. Apesar do atendimento de excelência, principalmente em uma região pobre e periférica, o que não é usual na Bahia, o hospital ainda é uma obra criticada pelo fato de ter sido concedido. Opositores da política do governo acreditam que foi uma forma de privatização do setor da saúde. A instituição fica em um local não muito acessível e de difícil acesso, mas devido ao bom atendimento, tem sempre grande demanda.
Greves do funcionalismo público estadual[editar | editar código-fonte]
Em 2012, ocorreram greves da Polícia Militar e dos Professores do estado, essa última com duração de 115 dias (a maior da história da Bahia)[9] as quais desgastaram a imagem de Wagner.[10] Apesar de durante o movimento paredista dos policiais terem sido registrados no estado 172 homicídios, o fato de o líder da greve, o vereador Marco Prisco, ter sido flagrado combinando atos de vandalismo para potencializar o movimento grevista,[11] de certa forma, diminuiu a atenção negativa dada para Jaques Wagner durante o episódio. No entanto, ainda assim, seus opositores políticos e parte da sociedade continuam achando que o governador geriu a questão de forma ineficiente. Logo depois que a greve acabou, Wagner se defendeu e exaltou a forma como o seu governo lidou com a paralisação policial.[12]
Em 2014, a Polícia Militar realizou outra greve no estado, que só durou três dias. Assim que o movimento começou, Wagner pediu a ajuda da Força Nacional,[13] que se deslocou para a Bahia, apesar de não ter diminuído a insegurança da população. Durante o período de paralisação ocorreram 59 homicídios e 156 carros roubados. Desta vez, a imagem do governante não ficou tão arranhada, principalmente devido à prisão de Prisco,[14] mas trouxe novamente à tona a questão da falência da Segurança Pública no estado, considerado o "calcanhar de Aquiles" do governador e que fica como legado para o candidato do PT ao governo da Bahia, Rui Costa (eleito na sucessão estadual).[15] No entanto, Wagner e o secretário de segurança pública do estado, Maurício Barbosa, sempre argumentam que a violência aumentou em todo o Brasil e que o caso da Bahia não é especial.
Ministério da Defesa e Casa Civil[editar | editar código-fonte]
Em 23 de dezembro de 2014, foi indicado para assumir o Ministério da Defesa em substituição ao ministro Celso Amorim, no segundo mandato do Governo Dilma Rousseff.[16] Ficou até 2 de outubro de 2015 quando foi indicado para Casa Civil, como parte da reforma ministerial promovida pela presidente.[17]
Ministro Chefe de Gabinete[editar | editar código-fonte]
Em março de 2016, abriu mão do cargo de Ministro da Casa Civil em favor do ex-presidente Lula, sendo nomeado pela então Presidente Dilma para o recém criado cargo de Ministro Chefe do Gabinete Pessoal da Presidência da República. Permaneceu no cargo até o afastamento de Dilma da Presidência, em 12 de maio do mesmo ano.
Eleições 2018[editar | editar código-fonte]
Jaques Wagner em junho de 2018, foi lançado candidato a Senador pelo estado da Bahia, pelo Partido dos Trabalhadores na Bahia, e Wagner foi eleito com 4.253.231 de votos e 35,71% dos votos válidos.
Referências
- ↑ «Jaques Wagner, do PT, e Ângelo Coronel, do PSD, são eleitos senadores pela Bahia». globo.com
- ↑ «126º Aniversário do Colégio Militar do Rio de Janeiro». CMRJ. Consultado em 14 de maio de 2015[ligação inativa]
- ↑ «Deputado Jaques Wagner». Câmara dos Deputados. Consultado em 11 de janeiro de 2017
- ↑ «Terra - Transição». noticias.terra.com.br
- ↑ Discurso do Presidente da República em exercício, José Alencar, na cerimônia de posse do ministro Jaques Wagner na Secretaria Especial do Conselho de Desenvolvimento Econômico e Social
- ↑ Line, A TARDE On. «Página principal do Portal A TARDE». uol.com.br. Consultado em 19 de outubro de 2014. Arquivado do original em 21 de maio de 2015
- ↑ «Jaques Wagner é reeleito governador da Bahia». globo.com. 3 de outubro de 2010
- ↑ «Em Salvador, um hospital público que parece privado». globo.com
- ↑ [http://www.correiofeirense.com.br/noticia/10331/apos-maior-greve-da-historia-da-bahia-professores-paralisam-novamente «Ap�s maior greve da hist�ria da Bahia, professores paralisam novamente»]. www.correiofeirense.com.br replacement character character in
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at position 3 (ajuda) - ↑ «Revista Época – Felipe Patury » Salvador: greves desgastam governo e PT na eleição » Arquivo». colunas.revistaepoca.globo.com
- ↑ «Gravação revela que PMs grevistas da BA teriam planejado vandalismo». globo.com. 8 de fevereiro de 2012
- ↑ «Bocão News - Política - Jaques Wagner compara greve da PM ao caso de Carandiru - 02/04/2012». bocaonews.com.br
- ↑ «PM da Bahia decreta greve, e Estado pede Força Nacional - Notícias - Cotidiano». uol.com.br
- ↑ «Líder da greve da PM na Bahia é preso». globo.com. 18 de abril de 2014
- ↑ Line, A TARDE On. «Página principal do Portal A TARDE». uol.com.br. Consultado em 19 de outubro de 2014. Arquivado do original em 21 de maio de 2015
- ↑ Nathalia Passarinho (23 de dezembro de 2014). «Indicado por Dilma, Wagner volta ao governo após ter sido ministro de Lula». G1. Consultado em 24 de dezembro de 2014
- ↑ Nathalia Passarinho (2 de outubro de 2015). «Novos ministros de Dilma Rousseff: veja quem entra e quem sai». G1. Consultado em 2 de outubro de 2015
Ligações externas[editar | editar código-fonte]
- «Página pessoal»
- «@JaquesWagner - Twitter pessoal e oficial do Governador Jaques Wagner»
- «Jaques Wagner - Site sobre o Governador Jaques Wagner»
Precedido por Paulo Jobim Filho |
Ministro do Trabalho e Emprego do Brasil 2003 |
Sucedido por Sandra Meira Starling |
Precedido por Fernando Roth Schmidt |
Ministro do Trabalho e Emprego do Brasil 2003 – 2004 |
Sucedido por Ricardo Berzoini |
Precedido por — |
Ministro das Relações Institucionais do Brasil 2005 – 2006 |
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Precedido por Paulo Souto |
Governador da Bahia 2007 – 2014 |
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- Nascidos em 1951
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- Ministros da Defesa do Brasil
- Ministros do Trabalho do Brasil
- Ministros do Governo Lula
- Ministros do Governo Dilma Rousseff
- Governadores da Bahia
- Secretários estaduais da Bahia
- Deputados federais do Brasil pela Bahia
- Senadores do Brasil pela Bahia
- Sindicalistas do Brasil
- Judeus do Rio de Janeiro
- Membros do Partido dos Trabalhadores
- Naturais da cidade do Rio de Janeiro