Jardim Botânico da Universidade de Coimbra

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Jardim Botânico da Universidade de Coimbra
Jardim Botânico da Universidade de Coimbra
Localização Almedina, Coimbra
País Portugal Portugal
Tipo Jardim botânico
Área c. 135 000
Inauguração 1772
Administração Universidade de Coimbra
Jardim Botânico da Universidade de Coimbra

O Jardim Botânico da Universidade de Coimbra é um jardim botânico com 13,5 hectares de área, situado em Coimbra, Portugal.[1]

É membro da Associação Ibero-Macaronésica de Jardins Botânicos e da BGCI (Botanical Gardens Conservation International), e apresenta programas de conservação para a International Agenda for Botanic Gardens in Conservation.

Jardim Botânico da Universidade de Coimbra
Jardim Botânico da Universidade de Coimbra

O Jardim Botânico da Universidade de Coimbra encontra-se classificado como Imóvel de Interesse Público desde 1996.[1]

Localização[editar | editar código-fonte]

O Jardim Botânico da Universidade de Coimbra situa-se junto ao Departamento de Ciências da Vida da Faculdade de Ciências e Tecnologia da Universidade de Coimbra, na Calçada Martim de Freitas junto ao Aqueduto de S. Sebastião na freguesia de Almedina.

  • Telefone: +351 239 855 215
  • Correio electrónico: jardim.botanico@uc.pt

História[editar | editar código-fonte]

Houve uma primeira tentativa em 1731, de estabelecer um jardim botânico em Coimbra, com um projecto elaborado por Jacob de Castro Sarmento, tendo como referência o Chelsea Physic Garden, de Londres.

No entanto, apenas em 1772, fundado como parte integrante do "Museu de História Natural" instituído pelo Marquês de Pombal, surge o "Jardim Botânico da Universidade de Coimbra", como consequência da reforma pombalina dos estudos universitários. O projecto de Castro Sarmento foi considerado pelos professores muito modesto pelo que decidiram ampliá-lo para cumprir os requisitos do Marquês de Pombal. Os trabalhos iniciaram-se em 1774.

Ao princípio, as responsabilidades recaíram sobre Domingos Vandelli, e a partir de 1791, a Avelar Brotero, professor de Botânica e Agricultura. Este ilustre botânico ampliou o jardim, com a aquisição de um terreno da quinta dos Padres Marianos (1809).

Em 1873 é nomeado director Júlio Henriques. Intensifica a troca de plantas com os principais jardins de Portugal Continental, Açores, Europa e outras partes do mundo, sobretudo da Austrália. Refere-se que Júlio Henriques conseguiu do Jardim Botânico de Buitenzorg, em Java, sementes da espécie Cinchona, de cuja cortiça se extrai a quinina, para combater a malária que nessa época, em Portugal e nos territórios ultramarinos, dizimava a população. Foi sua a iniciativa de fundar a "Sociedade Broteriana", destinada a reunir os botânicos, e outros especialistas interessados também em botânica. Em 1880 iniciou-se a publicação do "Boletim da Sociedade Broteriana", revista de carácter científico que actualmente continua a publicar-se. Foi Júlio Henriques o primeiro que se referiu em Portugal aos trabalhos de Charles Darwin, sendo o primeiro darwinista a manifestar as suas opiniões entre os biólogos portugueses.

O botânico Luís Wittnich Carrisso, desde o ano em que passou a professor catedrático, de 1918 até à data da sua morte em 1937, ao assumir a direcção deste jardim, enriqueceu-o muito com novas plantas, nomeadamente com plantas exóticas africanas, a maioria originárias de Angola.[2]

Desde Setembro de 1997 a direcção do jardim organiza um programa de visitas livres e guiadas.

Colecções[editar | editar código-fonte]

Entre as colecções das suas plantas destacam-se :

Referências

Ligações externas[editar | editar código-fonte]

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