João III Rizócopo
João III Rizócopo | |
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Nacionalidade | Império Bizantino |
Ocupação | Governador |
Religião | Cristianismo |
João III Rizócopo foi um exarca de Ravena em 710.
Vida
[editar | editar código-fonte]Após a restauração do imperador Justiniano II (r. 705–711), ele enviou uma força militar para salvar Ravena. "Aparentemente", escreve Jeffrey Richards, "alguns raveneses proeminentes estavam envolvidos na revolta que derrubou Justiniano e quando ele retornou ao poder determinou vingar a si mesmo sobre a cidade inteira." O arcebispo Félix foi preso com outros cidadãos proeminentes e levado para Constantinopla, e a cidade foi saqueada e incendiada.[1] Em resposta, os cidadãos e soldados de Ravena se rebelaram, fazendo um Jorge, o filho de Joânico, o líder deles, cujo pai foi um dos cativos levados à Constantinopla. João foi nomeado exarca não muito depois disso, e desembarcou em Nápoles com tropas leais, onde ele encontrou o papa Constantino respondendo uma chamada imperial à Constantinopla. João então passou à Ravena pelo caminho de Roma, onde ele "cortou as gargantas" de várias oficiais papais seniores, de acordo com o Livro dos Pontífices.[2] Richards explica este ato violento, apontando "a inclusão do mordomo e do tesoureiro papal entre as vítimas sugere uma tentativa de saquear o tesouro papal."[3]
João Rizócopo continuou à Ravena, onde morreu logo depois, embora os detalhes não são registrados. O Liber Pontificalis faz registro que em Ravena "pelo julgamento de Deus sobre seus atos atrozes ele [João] morreu uma morte ignominiosa".[2] Se sua morte foi devido a doença ou uma revolta pelo raveneses é impossível determinar, mas a última é mais provável, dado o envio posterior de uma expedição punitiva.[4] O estratego da Sicília, Teodoro, foi colocado no lugar do último, e prendeu e executou os líderes da revolta ravenesa, incluindo o arcebispo Félix, que foi deportado para Constantinopla, cegado e exilado na Crimeia.[5]
Referências
- ↑ Richards 1979, p. 212.
- ↑ a b Davis 1989, p. 30.
- ↑ Richards 1979, p. 213.
- ↑ Winkelmann 2000, p. 250.
- ↑ Winkelmann 2001, p. 410-411.
Bibliografia
[editar | editar código-fonte]- Davis, Raymond (1989). The Book of Pontiffs (Liber Pontificalis), first edition. Liverpool: Liverpool University Press
- Richards, Jeffrey (1979). The Popes and the Papacy in the Early Middle Ages, 476–752. Londres e Boston: Routledge & Kegan Paul. ISBN 0-7100-0098-7
- Winkelmann, Friedhelm; Lilie, Ralph-Johannes et al. (2000). «Ioannes (# 2953); Georgios (#2183) – Leon (#4270)». Prosopographie der mittelbyzantinischen Zeit: I. Abteilung (641–867) (em alemão). [S.l.]: Walter de Gruyter. ISBN 3-11-016672-0
- Winkelmann, Friedhelm; Lilie, Ralph-Johannes et al. (2001). «Theodoros (# 7521); Platon (#6266) – Theophylaktos (#8345)». Prosopographie der mittelbyzantinischen Zeit: I. Abteilung (641–867) (em alemão). [S.l.]: Walter de Gruyter. ISBN 3-11-016674-7
Precedido por Teofilato |
Exarca de Ravena 710 - 711 |
Sucedido por Escolástico |