João da Purificação Marques Perdigão
João da Purificação Marques Perdigão | |
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Bispo da Igreja Católica | |
Bispo de Olinda | |
Atividade eclesiástica | |
Ordem | Ordem de Santo Agostinho |
Diocese | Diocese de Olinda |
Entrada solene | 29 de setembro de 1833 |
Predecessor | Tomás Manuel de Noronha e Brito, OP |
Sucessor | Manuel do Rego Medeiros |
Mandato | 29 de setembro de 1833 até 30 de abril de 1864 |
Ordenação e nomeação | |
Ordenação presbiteral | 12 de agosto de 1801 Leiria, Portugal por Manuel de Aguiar |
Nomeação episcopal | 28 de fevereiro de 1831 |
Ordenação episcopal | 26 de maio de 1833 Rio de Janeiro, Brasil por António de Arrábida, OFM Ref |
Dados pessoais | |
Nascimento | Viana do Castelo, Minho, Portugal 4 de março de 1779 |
Morte | Recife, Pernambuco, Brasil 30 de abril de 1864 (85 anos) |
Nacionalidade | português |
Progenitores | Mãe: Catarina Rosa Marques Perdigão Pai: João Marques Perdigão |
dados em catholic-hierarchy.org Bispos Categoria:Hierarquia católica Projeto Catolicismo |
Dom Frei João da Purificação Marques Perdigão OSA • CvC • CvNSC (Viana do Minho, 4 de março de 1779 - Recife, 30 de abril de 1864) foi um religioso agostiniano e 17º Bispo de Olinda.
Biografia
[editar | editar código-fonte]Filho de João Marques Perdigão e Catarina Rosa Marques Perdigão, nasceu em Viana do Castelo, na província do Minho, Portugal. Ao completar 16 anos, entrou para o Mosteiro de Santa Cruz, da Ordem de Santo Agostinho, em Coimbra, recebendo o hábito de noviço das mãos de D. Bernardo da Porta, então prior-geral, e adotou o nome de Frei João da Purificação. No ano seguinte, fez sua profissão solene da ordem.
Fez o curso das doutrinas teológicas, pela maior parte, no Mosteiro da Serra do Pilar. Atingindo a idade canônica para começar sua ordenação, aconteceu de achar-se ausente na corte o bispo do Porto, em virtude do que teve frei João de ir a Braga, onde recebeu das mãos do arcebispo D. Frei Caetano Brandão, TOR, os quatro graus menores da ordem em 19 de setembro de 1800 e, no dia seguinte, o subdiaconato. Em 21 de março de 1801, conferiu-lhe D. João António Binet Pincio, bispo de Lamego, a ordem de diácono, e, em 12 de agosto de 1801, foi ordenado presbítero em Leiria por D. Manuel de Aguiar.
Em 1805, desejoso de visitar o Mosteiro de São Vicente de Fora, foi a Lisboa. Aí, seu tio, o conselheiro Feliciano Marques Perdigão, preceptor do Príncipe Regente, e de grande influência na corte, sabendo estar vago o cargo de tesoureiro-mor da sé do Rio de Janeiro, arranjou para que este fosse dado ao sobrinho. Assim, em 14 de julho de 1806, baixava o decreto da nomeação de frei João para tesoureiro-mor da sé do Rio de Janeiro. Outro o nomeou cavaleiro da Ordem de Cristo, cujo estatuto conferia-lhe o título de Dom, simultaneamente com o uso do barrete, o qual recebeu das mãos do prelado local, o prior de São Vicente de Fora. Posteriormente, Dom João viria ser um dos primeiros agraciados com o grau de cavaleiro da Ordem de Nossa Senhora da Conceição de Vila Viçosa, logo após à sua instituição, em 1818.[1]
Dom João chegou ao Brasil em 1809, e permaneceu no Rio de Janeiro até passar-se para Pernambuco, ao ser nomeado Bispo de Olinda, por Dom Pedro I, a 18 de outubro de 1829. Mas, só chegou a Olinda/Recife em 4 de agosto de 1830, ficando à frente daquela diocese como Administrador, no aguardo da confirmação da Santa Sé, que só aconteceu em 1833 - sua ordenação episcopal e posse solene se deu a 29 de setembro desse ano. Foi seu sagrante o frade franciscano D. Antônio de Arrábida, bispo titular de Anemúria.
O seu episcopado foi o mais longo da história da Diocese de Olinda, hoje Arquidiocese de Olinda e Recife, estendendo-se até falecer. Figura marcante como bispo, de espírito missionário, mudou-se do palácio de Olinda para o Palácio da Soledade, em Recife, de onde empreendeu cinco visitas pastorais, a cavalo, visitando todo o sertão abrangido por sua diocese, que se estendia, no seu tempo, pelas províncias que hoje constituem os estados de Pernambuco, Alagoas, Ceará, Paraíba e Rio Grande do Norte.
Em 14 de fevereiro de 1851, foi nomeado cavaleiro da Ordem do Santo Sepulcro de Jerusalém.[2]
Faleceu em 30 de abril de 1864, em extrema pobreza, porque distribuía aos pobres todos os seus recursos. Foi sucedido por D. Manuel do Rego Medeiros, o qual recebeu de suas mãos a ordenação presbiterial. Frei João também foi o principal consagrante de D. Carlos de São José e Sousa, bispo do Maranhão, e co-consagrante de D. Pedro de Santa Mariana e Sousa, bispo auxiliar do Rio de Janeiro.
Bibliografia
[editar | editar código-fonte]- Pio, Fernando. Apontamentos Biográficos do Clero Pernambucano (1535 - 1935). Recife, Arquivo Público, 1994, 2 vol.
Referências
- ↑ «D. João da Purificação Marques Perdigão: Último Bispo de Pernambuco». memoria.bn.br. Diário de Pernambuco. 21 de junho de 1864. p. 8. Consultado em 3 de abril de 2019
- ↑ Almeida Bastos (30 de junho de 1864). «Litteratura: D. João da Purificação Marques Perdigão - Ultimo Bispo de Pernambuco». Hemeroteca Digital Brasileira. Diário de Pernambuco. p. 8. Consultado em 4 de março de 2018
Ligações externas
[editar | editar código-fonte]- «Catholic Hierarchy» (em inglês)
- «GCatholic» (em inglês)
Precedido por Frei Tomás Manuel de Noronha e Brito |
Bispo de Olinda 1831 — 1864 |
Sucedido por Manuel do Rêgo Medeiros |
- Nascidos em 1779
- Mortos em 1864
- Naturais de Viana do Castelo
- Bispos e arcebispos de Olinda e Recife
- Agostinianos de Portugal
- Portugueses expatriados no Brasil
- Religiosos de Portugal
- Cavaleiros da Ordem de Cristo
- Cavaleiros da Ordem de Nossa Senhora da Conceição de Vila Viçosa
- Cavaleiros da Ordem Equestre do Santo Sepulcro de Jerusalém