Joana de Évreux

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Joana de Évreux
Joana de Évreux
Representação da rainha Joana em um vitral da Igreja de Notre-Dame de Mantes-la-Jolie, em Mantes-la-Jolie.
Rainha de França e Navarra
Condessa consorte de Champagne
Reinado 13251328
Coroação 11 de maio de 1326 na Sainte-Chapelle
 
Nascimento 1310
  Évreux, Alta Normandia, França
Morte 4 de março de 1371 (61 anos)
  Castelo de Brie-Comte-Robert, Brie-Comte-Robert, França
Sepultado em Basílica de Saint-Denis, Paris, França
Cônjuge Carlos IV de França
Descendência Joana de França
Maria de França
Branca de França, Duquesa de Orleães
Casa Capeto (por nascimento/casamento)
Pai Luís de Évreux
Mãe Margarida de Artois
Religião Catolicismo

Joana de Évreux (em francês: Jeanne, em castelhano: Juana; Évreux, 1310Brie-Comte-Robert, 4 de março de 1371)[1] foi rainha consorte de França e Navarra através do seu casamento com Carlos IV de França.[2] Era filha de Luís de Évreux,[1] meio-irmão de Filipe IV de França, e de Margarida de Artois, sendo por isso irmã de Filipe de Évreux, o seu sucessor como consorte do reino de Navarra.

Biografia[editar | editar código-fonte]

Sendo prima direita de Carlos IV, foi necessária uma dispensa do papa francês João XXII, para se tornar a sua terceira esposa, o que ocorreu em 13 de julho de 1325, em Paris. Foi coroada rainha a 11 de maio de 1326 na Sainte-Chapelle de Paris, tendo nascido deste casamento três filhos.

Amante de obras de arte, o seu livro das horas tornou-se célebre, fazendo atualmente parte da coleção de Os Clautros do Museu Metropolitano de Arte em Nova Iorque, nos Estados Unidos. Encomendado pelo seu esposo como presente, e iluminado por Jean Pucelle entre 1324 e 1328, foi oferecido em 1339 à Basílica de Saint-Denis, juntamente com outros objetos preciosos: duas estátuas da Virgem Maria, o relicário da Sainte-Chapelle, uma estátua de ouro de São João Evangelista e uma coroa real.

A sua mais notável escultura, a Virgem de Joana de Évreux, é uma estatueta de prata dourada, um dos raros testemunhos da ourivesaria parisiense do início do século XIV e um dos primeiros exemplos bem conseguidos de um novo tipo de Virgem com o menino, de carácter pessoal e íntimo.

Joana de Évreux estava grávida quando ocorreu a morte de Carlos IV, a 1 de fevereiro de 1328, por tuberculose. Tal como no caso do irmão deste, Luís X, foi necessário aguardar o nascimento da criança para se saber se era varão e poderia continuar a dinastia capetiana. Entretanto o reino passou para a regência de Filipe de Valois. A 1 de abril, ao nascer outra filha, que não podia reinar devido à lei sálica, o regente assumiu o trono francês, passando o trono de Navarra para Joana II de Navarra e Filipe de Évreux seu consorte e irmão de Joana de Évreux. Acabava assim a dinastia capetiana direta.

Efígies de Joana de Évreux e Carlos IV de França no Museu do Louvre.

Tornou-se senhora de Brie-Comte-Robert, onde faleceu, no seu castelo, a 4 de março de 1371. Foi sepultada ao lado do seu esposo na basílica de Saint-Denis, tendo sido uma das primeiras personalidades a encomendar em vida a efígie do seu futuro túmulo.

Descendência[editar | editar código-fonte]

Referências

  1. a b Guizot, François (1881). Episodes of French History ...: Edited from M. Guizot's "History of France", with Notes, and Genealogical, Historical, and Other Tables (em inglês). Londres: Gilbert and Rivington Printers. p. 117 
  2. Bartlett, Robert (2020). Blood Royal: Dynastic Politics in Medieval Europe (em inglês). Cambridge: Cambridge University Press. p. 636 

Ligações externas[editar | editar código-fonte]

Precedida por
Maria do Luxemburgo

Rainha consorte de França

1325 - 1328
Sucedida por
Joana de Borgonha
Precedida por
Maria do Luxemburgo

Rainha consorte de Navarra

1325 - 1328
Sucedida por
Joana de Valois
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