Joaquim Inácio da Cruz Sobral

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Joaquim Inácio da Cruz Sobral
Joaquim Inácio da Cruz Sobral
Nascimento 1725
Lisboa
Cidadania Reino de Portugal
Ocupação empresário
Brasão Sobral.

Joaquim Inácio da Cruz Sobral (Lisboa, 14 de Setembro de 1725 - ?), 1.º Senhor do Morgado de Sobral de Monte Agraço, foi um empresário português, de família que se enobreceu no século XVIII.

Família[editar | editar código-fonte]

Filho de João Francisco da Cruz e de sua mulher Joana Maria de Sousa e irmão de António José da Cruz, José Francisco da Cruz Alagoa e Anselmo José da Cruz Sobral.[1][2]

Biografia[editar | editar código-fonte]

Viveu no princípio na companhia de seu pai e passou depois ao Brasil chamado por seu irmão José Francisco da Cruz, com quem aprendeu o negócio e esteve na mesma loja, e depois de estabelecido casou com Ana Joaquina Inácia da Cunha, que levou em dote grande cabedal. Na Bahia, foi sócio de Teodósio Gonçalves da Silva. Foi mandado recolher a Lisboa em 1765 e, logo que seu irmão José Francisco começou a achar-se enfermo, e em vida do mesmo seu irmão, foi nomeado Administrador da Alfândega de Lisboa a 30 de Abril de 1767, e depois foi nomeado Conselheiro de Capa e Espada da Fazenda Real a 20 de Outubro de 1768, passando-se-lhe Carta de Conselho a 21 de Outubro de 1768 para Conselheiro de Sua Majestade Fidelíssima D. José I de Portugal, e Alvará de Fidalgo da Casa Real a 5 de Janeiro de 1769. Por falecimento de seu irmão ficou empregado no lugar de Tesoureiro-Mor do Real Erário.[1][2]

O Rei D. José I lhe fez mercê dos Prazos de Sobral e Monte Agraço, que se achavam incorporados na Coroa, por Carta de 18 de Abril de 1771, havendo já comprado o Reguengo da dita Vila, em que estebeleceu um Morgado de 25.000 cruzados, do qual foi o 1.º Senhor, que lhe foi confirmado para nomear em descendentes legítimos por Carta de 19 de Dezembro de 1776, denominando-se de Sobral com obrigação do mesmo apelido e Armas dadas a esta família, e foi igualmente Alcaide-Mor de Freixo de Numão por Carta de 20 de Fevereiro de 1773, e a quem o mesmo Príncipe, pelos serviços dele recebidos, concedeu Carta de Brasão de Armas, de Mercê Nova, a 7 de Dezembro de 1776, com as seguintes: cortado, o primeiro de azul, com cinco estrelas de seis pontas de ouro, postas em cruz; o segundo de prata, ondado de azul; bordadura de todo o escudo de vermelho, carregada da legenda Nomen honorque meis em letras de ouro; timbre: um galgo de prata, coleirado de vermelho, com uma chave de ouro na boca.[1][2]

Morreu sem geração e passou a Casa a seu irmão Anselmo José da Cruz, sobre que houve uma grossa demanda com os filhos de seu irmão José Francisco da Cruz.[2]

Casamento[editar | editar código-fonte]

Casou com Ana Joaquina Inácia da Cunha (? - 1803), filha de João Dias da Cunha e de sua mulher Maria da Encarnação Correia, sem geração, pelo que lhe sucedeu seu irmão mais novo. A sua viúva casou novamente com José Street de Arriaga Brum da Silveira e Cunha e com Rodrigo Vitorino de Sousa e Brito.

Referências

  1. a b c "Armorial Lusitano", Afonso Eduardo Martins Zúquete, Editorial Enciclopédia, 3.ª Edição, Lisboa, 1987, p. 507
  2. a b c d "Nobiliário das Famílias de Portugal", Volume IV, p. 135 (Cruzes)

Bibliografia[editar | editar código-fonte]