Saltar para o conteúdo

Jorge Zelada

Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.
Jorge Zelada
Jorge Zelada, a esquerda, na CPMI da Petrobras em 2014
Nome completoJorge Luiz Zelada
Nascimento20 de janeiro de 1957 (68 anos)
Porto Alegre (RS), Brasil
ResidênciaRio de Janeiro
Nacionalidadebrasileiro
ProgenitoresMãe: Yone Maria Schwengber
Pai: Felidor Alfonso Zelada Saavedra
CônjugeDivorciado
ProfissãoEngenheiro
CargoEx-diretor internacional da Petrobras (2008 a 2012)[1]
Jorge Zelada
Crime(s)
Pena
Situaçãoem liberdade, pena extinta por indulto natalino[4]

Jorge Luiz Zelada (Porto Alegre, 20 de janeiro de 1957) é um engenheiro brasileiro[5] e foi diretor da área internacional da Petrobras, como sucessor de Nestor Cerveró, de 2008 a 2012.[1]

Foi preso em 2 de julho de 2015, na 15ª fase da Operação Lava Jato[6], batizada de Conexão Mônaco[7], por envolvimento no maior esquema de corrupção da história, conhecido como Petrolão.[8] Foi o quarto diretor da Petrobras preso na Lava Jato, após as prisões de Paulo Roberto Costa, Renato Duque e Nestor Cerveró.[9]

Em agosto de 2015, foi denunciado pelo Ministério Público Federal (MPF),[10] foi convocado para CPI da Petrobras, e em janeiro de 2016 foi condenado a quatro anos por fraude em licitação. No mesmo ano foi condenado a 12 anos e meses de prisão em regime fechado pelos crimes de corrupção passiva e lavagem de dinheiro.[11]

Foi solto em junho de 2019, beneficado pelo indulto natalio que extinguiu sua pena.[4] Em 2024, foi absolvido em um dos processos que era investigado por corrupção.[12]

Operação Lava Jato

[editar | editar código-fonte]

Investigações

[editar | editar código-fonte]

A Polícia Federal (PF) localizou o registro de viagem de Jorge Zelada, para abrir uma conta no Principado de Mônaco. O executivo saiu do País, em 7 de fevereiro de 2011, às 21h03, rumo a Paris, no mesmo voo em que estava Miloud Hassene, ex-sócio do lobista do PMDB João Augusto Rezende Henriques na empresa Trend. De acordo com a PF, Jorge Zelada abriu sua conta no Banco Julius Bar, em Mônaco, em 15 de fevereiro de 2011, período em que estava na França.[13]

Em 27 de agosto de 2015, a CPI da Petrobras aprovou a convocação de Jorge Zelada e José Dirceu para depor em 31 de agosto sobre o esquema de corrupção investigado pela Lava Jato.[14] No dia 31 de agosto de 2015, Zelada permaneceu em silêncio durante a CPI.[15]

Em 8 de maio de 2018, foi um dos alvos da Operação Déjà vu, 51ª fase da Operação Lava Jato,[16] que investiga um esquema de propina de 200 milhões de reais na Petrobras.[17]

Confisco de bens

[editar | editar código-fonte]

O juiz federal Sergio Moro decretou o confisco de 123,6 milhões de reais dos saldos sequestrados em duas contas em nome de Zelada e da offshore Rockfield International, constituída no Panamá, no Banco Julius Baer, no Principado de Mônaco, com saldo total de cerca de 11,6 milhões de euros.[2]

Condenações

[editar | editar código-fonte]

Em 12 de janeiro de 2016, a Justiça do Rio de Janeiro condenou Zelada a 4 anos por fraude em licitação.[3] Em 1º de fevereiro de 2016, a Justiça Federal do Paraná condenou Zelada a 12 anos e 2 meses de prisão Jorge Luiz Zelada, por corrupção passiva e lavagem de dinheiro.[11]

Referências

  1. a b Daniel Haidar (17 de março de 2015). «Jorge Zelada, ex-diretor da Petrobras, escondeu dinheiro em Mônaco». VEJA. Consultado em 19 de maio de 2016 
  2. a b c Fausto Macedo. «Moro condena Zelada a 12 anos de prisão por corrupção e lavagem de dinheiro». Estadão. Consultado em 19 de maio de 2016 
  3. a b c «Justiça do Rio condena Zelada a 4 anos de prisão por fraude em licitação». pombalfm.com.br. 12 de janeiro de 2016. Consultado em 19 de maio de 2016 
  4. a b «Mesmo liberado da prisão, ex-gerente da Petrobras condenado na Lava Jato terá que pagar multa, decide TRF-4». G1. Globo. Consultado em 5 de julho de 2025 
  5. «Sentença». MPF. Consultado em 19 de maio de 2016 
  6. «PF prende ex-diretor da Petrobras Jorge Zelada na 15ª fase da Lava Jato». R7. 27 de julho de 2015. Consultado em 19 de maio de 2016 
  7. «Ex-diretor da Petrobras é preso na 15º fase da Operação Lava Jato». G1. 2 de julho de 2015. Consultado em 19 de maio de 2016 
  8. «Entenda o caso». Operação Lava Jato. Consultado em 19 de maio de 2016 
  9. Marina Rossi (2 de julho de 2015). «Ex-diretor da Petrobras preso fecha cerco sobre núcleo duro da Lava Jato». El País Brasil. Consultado em 19 de maio de 2016 
  10. Fernando Castro. «MPF denuncia ex-diretor da Petrobras Jorge Zelada na Operação Lava Jato». G1. Globo.com. Consultado em 19 de maio de 2016 
  11. a b Bibiana Dionísio e Adriana Justi (1 de fevereiro de 2016). «Justiça condena Zelada, ex-diretor da Petrobras, a 12 anos de prisão». G1. Globo.com. Consultado em 19 de maio de 2016 
  12. Robson Bonin (10 de maio de 2024). «Juiz da Lava-Jato absolve investigados por corrupção na Petrobras». VEJA. Consultado em 5 de julho de 2025 
  13. «PF acha registro de viagem de Zelada com ex-sócio de lobista do PMDB». Estadão. 16 de agosto de 2015. Consultado em 19 de maio de 2016 
  14. «CPI da Petrobras aprova convocação de José Dirceu e Jorge Zelada». G1. Globo.com. 27 de agosto de 2015. Consultado em 19 de maio de 2016 
  15. «Na CPI da Petrobras, Otávio Azevedo e Jorge Zelada também ficam calados». Folha de S.Paulo. 31 de agosto de 2015. Consultado em 19 de maio de 2016 
  16. Pedro Peduzzi (8 de maio de 2018). «Desvios apurados na Operação Deja Vu podem chegar a R$ 200 milhões». Agência Brasil. EBC. Consultado em 11 de maio de 2018 
  17. «Dejà vu age contra esquema de R$ 200 mi na Petrobrás que envolve MDB». 8 de maio de 2018. Consultado em 11 de maio de 2018 

Ligações externas

[editar | editar código-fonte]