José Luis Rodríguez Zapatero
José Luis Rodríguez Zapatero | |
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José Luis Rodríguez Zapatero | |
Presidente do governo da Espanha | |
Período | 17 de abril de 2004 a 21 de dezembro de 2011 |
Antecessor(a) | José María Aznar |
Sucessor(a) | Mariano Rajoy |
Líder da Oposição | |
Período | 1 de julho de 2000 a 17 de agosto de 2004 |
Antecessor(a) | Joaquín Almunia |
Sucessor(a) | Mariano Rajoy |
Dados pessoais | |
Nascimento | 4 de agosto de 1960 (64 anos) Valladolid |
Primeira-dama | Sonsoles Espinosa (cas. 1990) |
Partido | PSOE |
Profissão | Político |
José Luis Rodríguez Zapatero (Valladolid, 4 de agosto de 1960) é um político espanhol. Foi o quinto presidente do governo da Espanha, de 2004 até 2011 (cargo equivalente ao de primeiro-ministro em outros países) desde a restauração democrática em 1978. Zapatero chegou ao poder após sua vitória nas eleições gerais da Espanha em 14 de março de 2004. Ele foi oficialmente reconhecido pelo rei Juan Carlos I em 17 de agosto. Foi secretário geral do Partido dos Trabalhadores Socialistas espanhol (PSOE) de 2000 até 2011. Algumas das principais medidas de seu governo foram: a retirada das tropas espanholas do Iraque, o envio de tropas para o Afeganistão e a articulação pela formação da "Aliança de Civilizações", a legalização do casamento homossexual e uma nova regulamentação para os imigrantes, o início do "processo de paz com o ETA", a "lei antitabaco" e a reforma de "Estatutos de Autonomia", como o da Catalunha.[1]
Biografia
[editar | editar código-fonte]Infância e juventude
[editar | editar código-fonte]Rodríguez Zapatero nasceu em Valladolid, Castela e Leão em 4 de agosto de 1960, sendo sua família natural de Leão. Seu pai, Juan Rodríguez García-Lozano, é advogado e sua mãe Purificación Zapatero, morreu em outubro de 2000. Seu avô paterno Juan Rodríguez Lozano, capitão republicano, foi executado pelos nacionalistas, em 18 de agosto de 1936 durante a Guerra Civil Espanhola, por se negar a participar do subjugo de Leão.
Rodríguez Zapatero cresceu em Leão. Estudou o primário no Colégio Discípulas de Jesús de León (1966–1970); O Fundamental e o Ensino Médio no colégio privado Leonés (1970–1977).
Filiou-se ao PSOE pouco depois de completar a maior idade, em 1979. Estudou Direito na Universidade de Leão, obtendo seu diploma em 1982. Depois de diplomar-se, Zapatero foi contratado como professor adjunto de Direito Constitucional na mesma universidade (1982–1986).
Carreira política
[editar | editar código-fonte]Em 1986 obteve uma vaga no congresso pela província de Leão, se tornando o deputado mais jovem da câmara, permanecendo até recentemente como representante eleito. As sucessivas prorrogações do serviço militar obrigatório, por razões de estudo, terminaram por livrar Zapatero deste, já que se tornou deputado. Em 1989, Zapatero foi designado secretario geral da Federação Socialista Leonesa (FSL), em Leão, depois de uma complexa luta interna que resultou em um longo período de disputas internas, especialmente com os "guerristas" da comarca de Lanciana, que suscitou no que se chamou de pacto de "la mantecada", assinado no Hotel Gaudí na cidade leonesa de Astorga. Foi um golpe de mestre que levou Zapatero a comandar a secretaria provincial leonesa, graças ao apoio da corrente encabeçada por Daniel García e os representantes locais de Ponferrada, Conrado Alonso Buitrón, e de Villablino, Pedro Fernández.
Em 2 de abril de 2011, Zapatero decidiu que não iria concorrer o terceiro mandato, tendo sido designado como seu sucessor à frente do PSOE, o seu vice-presidente e colega de partido Alfredo Pérez Rubalcaba, que perderia as eleições gerais de 2011 para o Partido Popular liderado por Mariano Rajoy.
Presidência
[editar | editar código-fonte]Zapatero assumiu a presidência em um contexto de tensão, após o país sofrer um atentado terrorista no dia de 11 de março de 2004, fato que marcou a parte final do governo de Aznar e que deixou uma ferida aberta no país.[2][3][4]
Primeiro Gabinete de Zapatero:
Cargo | Titular |
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Presidente | Zapatero |
Primeiro Vice-Presidente
Secretaria dos Conselhos de Ministros Porta-voz do Governo |
María Teresa Fernández de la Vega Sanz |
Segundo Vice-Presidente
Responsável pela Economia e Finanças |
Pedro Solbes Mira |
Negócios Estrangeiros e Cooperação | Miguel Ángel Morantinos Cuyuabé |
Juiz
Tabelião Prefeito do Reino |
Juan Fernando López Aguliar(2004-2007)
Mariano Fernández Bermejo(2007-2008) |
Defesa | José Bono Martinez(2004-2006)
José Antonio Alonso Suárez(2006-2008) |
Interior | José Antonio Alonso Suárez(2004-2006)
Alfredo Pérez Rucalba(2006-2008) |
Transportes | Magdanela Álvarez Arza |
Educação e Ciência | María Jesús San Segundo Gómez de Cadiañanos(2004-2006)
Mercedes Cabrera Calvo-Sotelo(2006-2008) |
Trabalho e Assuntos Sociais | Jesús Caldera Sánchez-Capitán |
Indústria, Turismo e Comércio | José Montilla Aguilera(2004-2006)
Joan Clos i Matheus(2006-2008) |
Agricultura, Pescas e Alimentação | Elena Espinosa Mangana |
Saúde e Consumidores | Elena Salgado Méndez(2004-2007)
Bernat Soria Escoms(2007-2008) |
Habitação | María Antonina Trujillo Rincón(2004-2007)
Carme Chacón Piqueras(2007-2008) |
Cultura | Carmen Calvo Poyato(2004-2007)
César Antonio Molina Sánchez(2007-2008) |
Administração Pública | Jordi Sevilla Segura(2004-2007)
Elena Salgado Méndez(2007-2008) |
Ambiente | Cristina Narbona Ruiz |
O primeiro ano de Zapatero no poder foi marcado primeiro pela Retirada das Tropas do Iraque, processo que havia começado no governo anterior e terminado no inicio do governo de José Luis, o processo foi concluído em junho do mesmo ano, encerrando assim a participação da Espanha na guerra do Iraque, iniciada no ano de 2003 e tinha como objetivo tirar Saddam Hussein do poder.[5][6][7][8]
Vida pessoal
[editar | editar código-fonte]Em 27 de janeiro de 1990 Zapatero casou com Sonsoles Espinosa Díaz, filha de um militar (Rafael Espinosa Armendáriz). Sonsoles estudou direito, é cantora de música clássica e é professora de música. O casal tem duas filhas. Sua família preza muito por sua intimidade e evita aparecer nos meios de comunicação.
Referências
- ↑ «José Luis Rodríguez Zapatero» (em espanhol). BNE. Consultado em 29 de setembro de 2020
- ↑ «G1 > Mundo - NOTÍCIAS - Em 11 de março de 2004 a Espanha viveu seu pior pesadelo terrorista». g1.globo.com. Consultado em 24 de março de 2025
- ↑ «Madri lembra 20 anos do pior ato terrorista do século na UE – DW – 11/03/2024». dw.com. Consultado em 24 de março de 2025
- ↑ «BBC Brasil». www.bbc.com. Consultado em 24 de março de 2025
- ↑ «Se cumplen 20 años de la retirada de tropas de Irak». El Plural (em espanhol). 22 de maio de 2024. Consultado em 25 de março de 2025
- ↑ «Retirada de tropas de Irak (26.04.2004) – DW – 26/04/2004». dw.com (em espanhol). Consultado em 25 de março de 2025
- ↑ RedacciónRPP (20 de março de 2023). «A 20 años de la invasión a Irak: cronología de una guerra relámpago que provocó un conflicto de años y miles de muertes | RPP Noticias». rpp.pe (em espanhol). Consultado em 25 de março de 2025
- ↑ InfoDefensa, Revista Defensa. «Tal día como hoy en 2004 España completa la retirada de sus tropas de Irak». Infodefensa - Noticias de defensa, industria, seguridad, armamento, ejércitos y tecnología de la defensa (em espanhol). Consultado em 25 de março de 2025
Precedido por Joaquín Almunia |
Líder da Oposição Espanhola 2000 - 2004 |
Sucedido por Mariano Rajoy |
Precedido por José María Aznar |
Presidente do governo de Espanha 2004 - 2011 |
Sucedido por Mariano Rajoy |
Precedido por Joaquín Almunia |
Secretário-Geral do PSOE 2000 - 2011 |
Sucedido por Alfredo Pérez Rubalcaba |