José Mendes (cantor)
| José Mendes | |
|---|---|
| Nascimento | 20 de abril de 1939 |
| Morte | 15 de fevereiro de 1974 (34 anos) |
| Causa da morte | Acidente rodoviário |
| Nacionalidade | brasileira |
| Ocupação | cantor, compositor e ator. |
| Período de atividade | 1960–1974 |
| Carreira musical | |
| Gênero(s) | música nativista |
| Instrumento(s) | violão |
| Gravadora(s) | Copacabana |
| Afiliações | Lista
|
José Mendes Guimarães (Machadinho, 20 de abril de 1939 — Rio Grande, 15 de fevereiro de 1974), cujo nome artístico era José Mendes, foi um ator, cantor, violonista e compositor de música regional gaúcha. Considerado por muitos um dos maiores cantores tradicionalistas, ficou conhecido no Brasil inteiro pela música "Pára Pedro", composta por José Portella Delavy. Com uma carreira curta, tournou-se ícone da cultura do Rio Grande do Sul.
Faleceu vítima de um acidente rodoviário, na BR-471, no município de Rio Grande.[1] Em 2004, seus restos mortais foram trasladados de Porto Alegre para o Memorial José Mendes, na localidade de Santa Terezinha, entre os municípios de Esmeralda e Pinhal da Serra, no nordeste do Rio Grande do Sul.
Biografia [2]
[editar | editar código]José Mendes Guimarães, filho de Amancio Mendes da Fonseca Sobrinho e Noemi Ferreira Guimarães, nasceu em 20 de abril de 1939, na atual cidade de Machadinho, que na época pertencia à Lagoa Vermelha.
Ainda criança mudou-se para Esmeralda, distrito de Vacaria, onde viveu até os dezoito anos com seus tios em uma fazenda, onde era peão. José Mendes aprendeu a tocar violão e formou uma dupla com um amigo, chamada Os Irmãos Teixeira. Em 1960, na cidade de Júlio de Castilhos formou o trio Os Seresteiros do Pampa, juntamente com Florentino Rezende e Dinarte Silva. Por cerca de dois anos se apresentaram em diversas cidades do Rio Grande do Sul e Santa Catarina.[3]
Se apresentou em diversos programas de rádio e fez pontas com duplas sertanejas da época, até que conseguiu gravar o seu primeiro LP “Passeando de pago em pago”, que era uma série de músicas que contava algumas histórias do tempo que ele se apresentava com o antigo trio.
Ele não utilizou o nome José Mendes no disco, mas Gaúcho Seresteiro. Para obter espaço nas rádios, colocou o nome de radialistas como autores da música.
Retornou ao Rio Grande do Sul e por cinco anos divulgou o seu disco na região Sul.
Conta-se que numa destas viagens, na parceria de Portela Delavy e Luis Muller, viajavam de kombi quando o veículo em que se encontravam apresentou problemas mecânicos, forçando-os a seguir de ônibus. A certa altura da viagem, duas pessoas começaram a discutir, até que um deles exclamou “Pára, Pedro!” e depois “Pedro, pára.”
Com as palavras em mente, ao chegaram ao destino, Mendes e Portela Delavy escreveram a música mais conhecida do cantor: “Pára, Pedro", que foi apresentada pela primeira vez no programa de rádio Grande Rodeio Coringa, alcançando sucesso imediato. Agradou aos produtores e principalmente ao público.
José Mendes voltou a São Paulo no ano de 1967 para gravar seu segundo disco, porém, com a recusa da gravador, assinou contrato com a Copacabana, na qual lançou o compacto simples intitulado “Pára Pedro", que vendeu seiscentas mil cópias, foi o disco mais vendido do ano e rendeu à José Mendes o "Troféu de Consagração Popular", dado pela TV Gaúcha.
Um de seus discos é intitulado "Mocinho do Cinema Gaúcho", por ele ter estrelado três filmes: Para Pedro! (1969), Não Aperta, Aparício (1970) e A Morte Não Marca Tempo (1974).
Mendes faleceu num acidente rodoviário ao retornar de Pelotas, onde havia se apresentado, no dia 15 de fevereiro de 1974. Ele e sua equipe estavam numa caminhonete veraneio, que se chocou com um ônibus, no trecho entre Pelotas e Rio Grande.
Por coincidência, em 1973 ele gravou o disco Adeus Pampa Querido e atuou no filme A Morte Não Marca Tempo, duas obras que falam sobre o destino inevitável e que foram lançadas após a sua despedida.
José Mendes faleceu aos 34 anos. Embora curta, sua carreira deixou uma marca indelével na cultura gaúcha.
Foi sepultado em Porto Alegre, mas em 2004, seus restos mortais foram trasladados para o Memorial José Mendes, na localidade de Santa Terezinha, em Esmeralda, onde ele nasceu e passou parte da sua infância.[4]
Discografia
[editar | editar código]Álbuns de Estúdio
[editar | editar código]- 1962 - "Passeando de Pago em Pago" (Copacabana (gravadora)[5]
- 1967 - "Pára Pedro" (Copacabana (gravadora)
- 1968 - "Não Aperta Aparício" (Copacabana (gravadora)
- 1969 - "Andarengo" (Copacabana (gravadora)
- 1970 - "Mocinho do Cinema Gaúcho" (Copacabana (gravadora)
- 1971 - "Gauchadas" (Copacabana (gravadora)
- 1973 - "Isto é Integração" (Copacabana (gravadora)
- 1974 - "Adeus Pampa Querido" (Copacabana (gravadora)
Álbuns Especiais
[editar | editar código]- 1990 - "Última Lembrança"
- 1998 - "Raízes dos Pampas Vol. 1"
- 1999 - "Raízes dos Pampas Vol. 2"
- 2007 - "Grandes Sucessos de José Mendes"
- 2008 - "Os Grandes Sucessos"
- 2010 - "Sucessos Inesquecíveis"
Todos os discos que José Mendes gravou, foram regravados em CD e todas as suas músicas foram remasterizadas.
Filmes
[editar | editar código]José Mendes atuou em três filmes:[6]
- Pára Pedro
- Não Aperta Aparício
- A Morte Não Marca Tempo
Ver também
[editar | editar código]Referências
- ↑ «RBS TV Figuras Gaúchas: uma homenagem a José Mendes, o gaúcho seresteiro». Consultado em 3 de janeiro de 2016. Arquivado do original em 24 de junho de 2016
- ↑ «A VIDA E A OBRA DE JOSÉ MENDES». Linha Campeira. 27 de agosto de 2020. Consultado em 24 de abril de 2023
- ↑ Luiz, Silmar (15 de fevereiro de 2024). «50 Anos da Morte do Cantor Gaúcho José Mendes». Destaque News. Consultado em 19 de outubro de 2025
- ↑ «15 de Fevereiro: 49 anos sem o cantor José Mendes». www.portalnoticiaserechim.com.br (em inglês). Consultado em 19 de outubro de 2025
- ↑ «http://www.dicionariompb.com.br/jose-mendes/discografia». Dicionário Cravo Albin da Música Popular Brasileira. Consultado em 19 de outubro de 2025. Cópia arquivada em 31 de dezembro de 2019 Ligação externa em
|titulo=(ajuda) - ↑ Google, consultado em 20 de abril de 2021