José Saraiva

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José Saraiva
Nascimento 1 de abril de 1881
Fundão
Morte 13 de fevereiro de 1962
Cidadania Portugal, Reino de Portugal
Filho(a)(s) António José Saraiva
Ocupação professor

José Leonardo Venâncio Saraiva (Fundão, Donas, 1 de abril de 1881Lisboa, Santa Isabel, 13 de fevereiro de 1962) foi um professor português.

Era filho de António Venâncio, carpinteiro, natural de Souto da Casa, Fundão, e de Florinda Maria, natural de Donas, Fundão. Foi batizado a 26 de maio de 1881 na igreja de Donas, Fundão, constando do seu assento de batismo que se encontrava em perigo de vida no dia do seu nascimento.[1]

Oriundo de uma família humilde, começou a sua vida como marçano, até terminar o curso de História. Licenciado pela Universidade de Coimbra, foi aluno de Teófilo Braga.

Professor do ensino liceal, historiador e crítico de arte, estabeleceu-se em Leiria em 1915. Nessa cidade, onde viveu até 1932, foi professor efetivo e reitor do Lyceu Francisco Rodrigues Lobo (hoje Escola Secundária Francisco Rodrigues Lobo) e da Escola Industrial e Comercial de Leiria (atual Escola Secundária Domingos Sequeira). Depois de se ter transferido para Lisboa, foi reitor do Liceu Passos Manuel, a partir de 1933. Foi membro da Junta Nacional de Educação, onde apresentou vários pareceres sobre assuntos pedagógicos.

Pertenceu à Academia Portuguesa da História[2].

Em Leiria, foi presidente da Liga dos Amigos do Castelo de Leiria, a ele se devendo a primeira planta topográfica e a primeira monografia daquele monumento.

A 28 de abril de 1951 foi agraciado com o grau de Comendador da Ordem da Instrução Pública.[3]

O seu nome foi atribuído à Escola Básica dos 2.º e 3º Ciclos José Saraiva, em Leiria. Está consagrado nas toponímias de Lisboa (freguesia de Santa Maria dos Olivais, Edital de 26-03-1971); Oeiras (freguesia de Queijas); e Sesimbra (freguesia da Quinta do Conde)[2].

Morreu na freguesia de Santa Isabel, em Lisboa, a 13 de fevereiro de 1962.[1]

Obras[editar | editar código-fonte]

  • Os Painéis do Infante Santo, (1925);
  • Leiria. Breve estudo crítico das suas origens e notícias históricas, arqueológicas e artísticas das ruínas do seu Castelo da Catedral;
  • O Ensino Secundário, (1935);
  • O Livro de Marco Polo[2].

Com Rui Pinto de Azevedo e Paulo Merêa colaborou na edição de Documentos Medievais Portugueses – Documentos Particulares (Lisboa, 1940) e de Documentos Medievais Portugueses – Documentos Régios (Lisboa, Volumes I, e Tomo I do Volume II – 1958-1962).

Dados genealógicos[editar | editar código-fonte]

Filho de António Venâncio Saraiva (1851-1884) e de sua mulher (c. Donas, 7 de agosto de 1875) Florinda Maria (1845-?).

Casou em Lisboa, na 1.ª Conservatória do Registo Civil, a 8 de novembro de 1913, com Maria da Ressurreição Baptista (Fundão, Donas, 9 de março de 1883 — Lisboa, Mercês, 18 de agosto de 1961), filha de Hermano José Baptista e de Ana Albina Baptista, naturais de Donas, Fundão.[4] Era irmã de José Maria Hermano Baptista (1895-2002).

Teve sete filhos (5 filhos e 2 filhas), entre eles:

Referências

  1. a b «Livro de registo de batismos da paróquia de Donas (1881)». digitarq.adctb.arquivos.pt. Arquivo Distrital de Castelo Branco. p. 6-7, assento 21 
  2. a b c “PAIS e FILHOS (à moda antiga); isto é: Pais também engloba Mães, Filhos e Filhas, na Toponímia”, Ruas com história, 26 de julho de 2016
  3. «Entidades Nacionais Agraciadas com Ordens Portuguesas». Resultado da busca de "José Saraiva". Presidência da República Portuguesa. Consultado em 12 de julho de 2020 
  4. «Livro de registo de casamentos da 1.ª Conservatória do Registo Civil de Lisboa (14-08-1913 a 14-12-1913)». digitarq.arquivos.pt. Arquivo Nacional da Torre do Tombo. p. fls. 159 e 159v, assento 157