José de Aquino Tanajura (filho)

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José de Aquino Tanajura (filho)
José de Aquino Tanajura (filho)
José de Aquino Tanajura, quando senador estadual
Governador (interino) da Bahia
Dados pessoais
Nascimento 16 de setembro de 1831
Morte 15 de janeiro de 1918 (86 anos)

José de Aquino Tanajura (Salvador, 16 de setembro de 1831Livramento de Nossa Senhora, 15 de janeiro de 1918), foi um médico e político brasileiro, tendo interinamente ocupado o governo da Bahia.

Biografia[editar | editar código-fonte]

Era filho do tenente José de Aquino Tanajura, herói da guerra de Independência da Bahia, e d. Felismina de Aquino Tanajura. Ainda estudante, participou com afinco do combate à epidemia de cólera que assolava o Recôncavo baiano, tendo a saúde afetada. A doença foi o objeto de sua tese de formatura e a razão pela qual buscou refúgio em Palmas de Monte Alto, em tratamento.[1]

De Monte Alto parte para Rio de Contas, em 1857, a fim de lidar com o surto da epidemia colérica que ali grassava. Em 1861 é chamado à vizinha Vila Velha (Livramento) para tratar da filha de Miguel Alves Coelho - Antônia Francisca de Jesus Alves Castro Coelho, com quem vem a se casar.[1]

Recebeu, do Imperador Pedro II do Brasil, a comenda a Imperial Ordem da Rosa, em reconhecimento pelos serviços médicos prestados.

Ingressa na política, elegendo-se vereador em Rio de Contas e, em 1889, deputado provincial, não tomando posse, porém, em razão da Proclamação da República - evento que o faz ser nomeado intendente de Rio de Contas (1890-1893), sendo depois eleito para este cargo (1893-1895) e reeleito (1896-1899).[1]

Antônia Francisca, esposa.

Concorreu à assembléia constituinte nacional de 1891, sem sucesso. Foi, porém, vitorioso para o Senado Estadual - para o qual elegeu-se sucessivamente até 1906. No Senado ocupou a Primeira Secretaria e a Presidência, esta de 1896 a 1905, ocasião em que substituiu o governador Luiz Vianna, em suas ausências.[1][2]

Quando no governo de José Marcelino de Sousa, foi acusado de participação no atentado contra o mandatário estadual - acusação que refutou veementemente. Encerrou a vida pública na candidatura vitoriosa de José Joaquim Seabra, em 1911, voltando para o sertão, onde faleceu.[1]

Precedido por
Luiz Vianna
Governador da Bahia (substituto)
1896 - 1900
Sucedido por
Luiz Vianna

Citação[editar | editar código-fonte]

Ao refutar nos jornais sua participação no atentado ao Governador Marcelino, Tanajura afirmou:

"Da política só colhi prejuízos e trabalho, podendo isso servir de exemplo aos políticos que forem patriotas e tenha serviços reais, não visando somente o vil interesse. O prestígio de que sempre gozei não foi devido à política e sim ao meu procedimento e serviços à humanidade com toda sorte de abnegação. Não deixo riquezas aos meus filhos, porque sempre vivi para a humanidade, servindo desinteressadamente aos amigos e sofrendo prejuízos em meus haveres."[1]

Referências

  1. a b c d e f TANAJURA, Mozart. História de Livramento - a terra e o homem. Secult, Salvador, 2003
  2. MELLO, Agenor Bandeira de. BATALHA, Sílvio. Cartilha Histórica da Bahia - registro político do estado, 5ª ed., s/editora, Salvador, 1990.