João Nunes Barreto

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João Nunes Barreto
Patriarca da Igreja Católica
Patriarca da Etiópia
Atividade eclesiástica
Congregação Companhia de Jesus
Diocese Patriarcado da Etiópia
Nomeação 23 de janeiro de 1555
Predecessor João Bermudes, S.J.
Sucessor Andrés de Oviedo, S.J.
Mandato 1555 — 1557
Ordenação e nomeação
Ordenação presbiteral 1545
Coimbra
Ordenação episcopal 5 de maio de 1555
Convento da Santíssima Trindade de Lisboa
por Dom Julião de Alva
Nomeado Patriarca 23 de janeiro de 1555
Brasão patriarcal
Dados pessoais
Nascimento Reino de Portugal Porto
1519
Morte Reino de Portugal Goa
22 de dezembro de 1562 (43 anos)
dados em catholic-hierarchy.org
Categoria:Igreja Católica
Categoria:Hierarquia católica
Projeto Catolicismo

D. João Nunes Barreto S.J. (151922 de dezembro de 1562), foi um ilustre bispo jesuíta português, Patriarca da Etiópia.

Biografia[editar | editar código-fonte]

Nascido no Porto, Nunes Barreto completou seus estudos em Salamanca e serviu como pároco na arquidiocese de Braga, em Freiriz.[1] Em 1545 ele entrou na Companhia de Jesus em Coimbra.[2] Entre 1548 e 1554, ele foi missionário em Tetuão, Marrocos, onde estava profundamente envolvido em oferecer consolo espiritual aos escravos, e voltou para Lisboa, para angariar fundos para resgatá-los.[2] Lá, ele recebeu a notícia de que o fundador da Companhia de Jesus, Inácio de Loyola, cuja política era não permitir que os jesuítas se tornassem bispos, aceitou o pedido de Dom João III de Portugal em ter Nunes Barreto nomeado Patriarca da Etiópia para que a Igreja Católica pudesse ser mais desenvolvida lá.[2]

Nomeado em janeiro de 1555 e consagrado em 4 de maio, no Convento da Santíssima Trindade de Lisboa, por Dom Julião de Alva, bispo de Portalegre, coadjuvado por Dom Gaspar Cão, O.S.A., bispo de São Tomé e Príncipe e por Dom Pedro Fernando, bispo-titular de Hippos.[3] Nunes Barreto saiu de Portugal para a Índia no final de março de 1556, juntamente com Andrés de Oviedo e com Belchior Carneiro Leitão, bispos jesuítas consagrados com ele e designados como seu bispos-coadjutores. À chegada a Goa, Nunes Barreto viu com os confrades jesuítas recentemente regressados da Etiópia que a situação não era favorável.[2]

Ele decidiu, no entanto, enviar Oviedo para melhorar o estado da missão com as autoridades etíopes. Oviedo obteve um pouco de sucesso com um dos monarcas, mas não com seus sucessores. Percebendo que era improvável entrar na Etiópia, Nunes Barreto dedicou seus talentos para um ministério ativo em Goa. Ele sugeriu aos superiores jesuítas em pedir permissão ao papa para renunciar à sua condição de patriarca e bispo. A resposta negativa dos superiores chegou a Goa depois de sua morte.[2]

Bibliografia[editar | editar código-fonte]

Referências

  1. Cardoso, p. 110
  2. a b c d e «Dictionary of African Christian Biography» (em inglês) 
  3. «GCatholic» (em inglês) 

Ligações externas[editar | editar código-fonte]

Precedido por
João Bermudes, S.J.
Brasão arquiepiscopal
Patriarca da Etiópia

15551557
Sucedido por
Andrés de Oviedo, S.J.