Judite decapitando Holofernes
Judite decapitando Holofernes | |
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Autor | Artemisia Gentileschi |
Data | 1613 |
Gênero | arte sacra |
Técnica | tinta a óleo, tela |
Dimensões | 158,8 centímetro x 125,5 centímetro |
Localização | Museu de Capodimonte |
Judite decapitando Holofernes é uma pintura da artista barroca italiana Artemisia Gentileschi concluída entre 1614 e 1620.[1] O trabalho mostra a cena de Judite degolando Holofernes, comum na arte desde o início do Renascimento. O tema remete ao Livro de Judite no Antigo Testamento, que narra o assassinato do general Holofernes por Judite. A pintura mostra o momento em que Judite, ajudada por sua serva, degola o general, depois de ele ter adormecido bêbado.
A pintura é implacavelmente física, com jorros de sangue. Apesar de a pintura retratar uma cena clássica da Bíblia, Gentileschi desenhou a si mesma como Judite e seu mentor, Agostino Tassi, que foi julgado por estuprá-la, como Holofernes. A biógrafa de Gentileschi, Mary Garrard, propôs uma leitura autobiográfica da pintura, afirmando que ele funciona como uma catarse de expressão da raiva reprimida da artista".[2] Embora essa visão não seja totalmente aceita pelos estudiosos da arte.
Gentileschi pintou duas versões deste trabalho: a primeira está no Museo Nazionale di Capodimonte, em Nápoles, e a segunda está na Galeria Uffizi, em Florença.[3][4]
De acordo com o Historiador e Astrofísico Mário Lívio, Galileu Galilei deu uma importante contribuição para a obra, pois a a trajetória dos jorros de sangue presentes no quadro seguem a trajetória parabólica dos projéteis descoberta por ele.[5]
Referências
- ↑ Gardner, Helen; Fred Kleiner; Christin Mamiya. Gardner's Art Through the Ages: A Global History 14th edition. [S.l.: s.n.] ISBN 978-1-111-77152-2
- ↑ Mary Garrard, Artemisia Gentileschi (1989), qtd. in Phillippy, Patricia Berrahou. Painting women: cosmetics, canvases, and early modern culture. [S.l.: s.n.] ISBN 978-0-8018-8225-8
- ↑ «Judith and Holofernes». Google Art Project
- ↑ «Gentileschi, Judith Slaying Holofernes». Khan Academy
- ↑ Lívio, Mário (2021). Galileu e os negadores da ciência. Rio de Janeiro: Record. p. 18. ISBN 978-85-01-11930-8