Karim Aïnouz

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Karim Aïnouz
Karim Aïnouz
Nascimento 17 de janeiro de 1966 (58 anos)
Fortaleza, Ceará
Nacionalidade brasileiro
Ocupação Diretor
Roteirista
Atividade 1992Atualmente

Karim Aïnouz (Fortaleza, 17 de janeiro de 1966) é um diretor de cinema, roteirista, e artista visual brasileiro, mais conhecido pelos filmes Madame Satã, O Céu de Suely, Praia do Futuro e A Vida Invisível.[1][2][3]

Carreira[editar | editar código-fonte]

Karim Aïnouz iniciou sua carreira no cinema como co-roteirista de filmes nacionais, como Abril Despedaçado (2001) de Walter Salles, Cinema, Aspirinas e Urubus (2005), de Marcelo Gomes, e Cidade Baixa (2005), de Sérgio Machado.

Depois de Madame Satã, seus longas seguintes foram O Céu de Suely e Viajo Porque Preciso, Volto Porque Te Amo (co-dirigido com Marcelo Gomes) que estrearam no Festival de Veneza na Mostra Orizzonti em 2006 e 2009 respectivamente. Em 2011 o filme O Abismo Prateado teve sua estreia mundial no Festival de Cannes, na Quinzena dos Realizadores, e recebeu o prêmio de Melhor Diretor no Festival do Rio. Em 2014, Aïnouz lançou o filme Praia do Futuro.[4] Filmado no Brasil e na Alemanha, a produção estreou na Competição Oficial do 64° Festival de Berlim[5]. Ainda em 2014 ele participou como co-diretor de Cathedrals of Culture,[6] o filme tem como produtor executivo Wim Wenders e estreou no Festival de Berlim na seção Berlinale Special daquele ano.

Em 2010, o diretor foi homenageado na 13ª Mostra de Cinema de Tiradentes[7] e teve retrospectivas na Espanha, Suíça, França e Estados Unidos.

Em 2012, Aïnouz foi convidado a integrar o júri da Cinéfondation e da Competição de Curtas-metragens do 65° Festival de Cannes. No mesmo ano participou do projeto Destricted.br, — inspirado no projeto Destricted de Larry Clark — com Adriana Varejão, Janaína Tschäpe, Julião Sarmento, Lula Buarque de Hollanda, Marcos Chaves e Miguel Rio Branco. Ainda, foi convidado para compor o júri do Heiner Carow Award durante o 63° Festival de Berlim e em 2014 foi presidente do júri do Festival do Rio. Seu último trabalho de documentário experimental, Domingo,[8] é resultado da parceria com o artista dinamarquês Olafur Eliasson e foi apresentado durante o 17° Festival Videobrasil e teve sua estreia mundial no Festival do Rio 2014.

Na televisão, em 2008, Aïnouz escreveu e dirigiu a série de televisão Alice, em parceria com Sergio Machado, para a HBO América Latina. Seus curtas-metragens e instalações foram exibidos em inúmeras mostras e museus pelo mundo, incluindo no Whitney Museum of American Art, MoMa Nova York, Bienal de São Paulo, Bienal de Sharjah, Museu de Arte Contemporânea de Fortaleza[1] e Festival Videobrasil.

Desde 2017 Aïnouz é membro da Academia de Artes e Ciências Cinematográficas.

Em 2018, Aïnouz lançou o documentário Zentralflughafen THF (Aeroporto Central THF). O filme retrata a vida de refugiados em busca de asilo político na capital da Alemanha e teve sua estreia mundial na seção Panorama do 68º Festival Internacional de Filmes de Berlim onde ganhou o Prêmio Anistia Internacional. A produção, até então, já foi exibida em mais de 50 festivais. Em 2019, lançou o longa-metragem A Vida Invisível, uma adaptação do romance ''A Vida Invisível de Eurídice Gusmão" escrito por Martha Batalha. O filme ganhou o prêmio Un Certain Regard no Festival de Cannes de 2019, e foi o escolhido para representar o Brasil na disputa por uma vaga na categoria de Melhor Filme Internacional no "Oscar 2020''.

Filmografia[editar | editar código-fonte]

Filmes[editar | editar código-fonte]

Ano Título Creditado como Tipo
Direção Roteiro
1992 O Preso Sim Sim Vídeo
1993 Seams Sim Sim Curta-metragem
1994 Paixão Nacional Sim Sim Vídeo
1996 Hic Habits Felicitas Sim Sim Curta-metragem
1998 Les Ballons des Bairros Sim Sim Curta-metragem (documentário)
2000 Rifa-me Sim Sim Curta-metragem
2001 Abril Despedaçado Não Sim Longa-metragem
2002 Madame Satã Sim Sim
2005 Cidade Baixa Não Sim
Cinema, Aspirinas e Urubus Não Sim
2006 O Céu de Suely Sim Sim
2010 Desassossego Sim Sim
Viajo Porque Preciso, Volto Porque Te Amo Sim Sim
2011 Sonnenallee Sim Sim Curta-metragem (documentário)
Destricted.br Sim Sim Vídeo
O Abismo Prateado Sim Sim Longa-metragem
Sua Cidade Empática Sim Não Vídeo
2014 Cathedrals of Culture Sim Sim
Praia do Futuro Sim Sim Longa-metragem
Domingo Sim Sim Curta-metragem (documentário)
Terra Prometida Sim Sim Vídeo
Short Plays Sim Não
2015 Velázquez ou o Realismo Selvagem Sim Sim Longa-metragem (documentário)
2018 Zentralflughafen THF Sim Não
2019 A Vida Invisível Sim Sim Longa-metragem
2020 Nardjes A. Sim Não Longa-metragem (documentário)
Missão Perséfone Sim Não Curta-metragem
2021 Marinheiro das Montanhas Sim Sim Longa-metragem (documentário)
2023 Firebrand Sim Não Longa-metragem

Televisão[editar | editar código-fonte]

Ano Título Creditado como Tipo
Direção Roteiro
2008 Alice Sim Sim Série de televisão

Prêmios[editar | editar código-fonte]

  • Prêmio Un Certain Regard no Festival de Cannes por A Vida Invisível (2019)
  • Prêmio Anistia Internacional no 68º Festival Internacional de Cinema de Berlim por Zentralflughafen THF (2018)
  • Segundo Prêmio Coral no Festival de Havana por O Abismo Prateado (2011)
  • Prêmio de Melhor Diretor no Festival do Rio por O Abismo Prateado (2011)
  • Grand Prix Coup de Coeur, 22º Rencontres Cinémas d'Amérique Latin (Toulouse/France), por Viajo porque Preciso, Volto porque Te Amo (2010)
  • Prêmio de Melhor Fotografia no Festival do Rio por Viajo porque Preciso, Volto porque Te Amo (2009)
  • Prêmio de Melhor Diretor no Festival do Rio por Viajo porque Preciso, Volto porque Te Amo (2009)
  • Prêmio FIPRESCI no Festival de Havana por Viajo porque Preciso, Volto porque Te Amo (2009)
  • Terceiro Prêmio Coral no Festival de Havana por Viajo porque Preciso, Volto porque Te Amo (2009)
  • Prêmio FIPRESCI, 47º Thessaloniki International Film Festival, por O Céu de Suely [Love for Sale ](2009)
  • Grand Coral no Festival de Havana por O Céu de Suely (2009)
  • Prêmio de Melhor Filme no Festival do Rio por O Céu de Suely (2006)
  • Prêmio de Melhor Diretor no Festival do Rio por O Céu de Suely (2006)
  • Prêmio de Melhor Diretor na Associação Paulista de Críticos de Arte por Madame Satã (2002)
  • Prêmio de Melhor Direção no Festival de Biarritz por Madame Satã (2002);
  • Gold Hugo no Chicago International Film Festival por Madame Satã (2002);
  • Prêmio de Melhor Curta-metragem no Ann Arbor Film Festival, em Michigan, por Seams (1997);
  • Prêmio Vito Russo Award no New Festival, em Nova York, por Seams (1994)
  • Prêmio de Melhor Curta-metragem no Atlanta Film Festival por Seams (1994).

Ver também[editar | editar código-fonte]

Referências

  1. a b Redação (11 de junho de 2014). «A sala da praia de Karim e Armando». Diário do Nordeste. Consultado em 1 de julho de 2017 
  2. Mischke, Inken Sarah (2014). «Tudo o que você precisa saber sobre Karim Aïnouz antes de assistir ao Praia do Futuro». Oba Oba. Consultado em 1 de julho de 2017 
  3. Campbell, Alexandre. «Quem é quem no cinema - Karim Aïnouz». Filme B. Consultado em 1 de julho de 2017 
  4. «Praia do futuro». Bernilale. 2014. Consultado em 1 de julho de 2017 
  5. Pécora, Luísa (19 de maio de 2014). «Cineasta Karim Aïnouz: "Por que uma pessoa beijar outra é algo polêmico?"». IG. Consultado em 1 de julho de 2017 
  6. «Cathedrals of Culture». Bernilale. 2014. Consultado em 1 de julho de 2017 
  7. «Karim Aïnouz, o homenageado desta edição da Mostra de Cinema de Tiradentes». Jornal O Tempo. 2010. Consultado em 1 de julho de 2017 
  8. «Domingo». Video Brasil. 2014. Consultado em 1 de julho de 2017 

Ligações externas[editar | editar código-fonte]


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