Kwai

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Disambig grey.svg Nota: Não confundir com Kawai (empresa japonesa), nem com Kawaii (adjetivo).
Kwai
Nome nativo Kuaishou (快手)
Slogan "Kwai, seu app de vídeos curtos"
Cotação SEHK1024
Fundação março de 2011 (como GIF Kuaishou)
Fundador(es) Su Hua
Cheng Yixiao
Sede Pequim, China
Área(s) servida(s) Mundo
Pessoas-chave Su Hua (CEO)
Serviços Rede social
Compartilhamento de Vídeos
Valor de mercado US$ 220 bilhões (2021)
Lucro Aumento US$ 9,1 bilhões (2020)[1]
Website oficial www.kwai.com

Kwai (utilizado nos mercados estrangeiros), na China é chamado Kuaishou (em chinês: 快手? ; literalmente: "mão rápida")

,[2] na Índia é chamado Snack Video,[3] é um aplicativo móvel de compartilhamento de vídeos curtos dos usuários, uma rede social e, um editor de efeitos especiais em vídeos, com sede no distrito de Haidian (Pequim), desenvolvido em 2011 pelo engenheiro Hua Su (宿华)[4] e Cheng Yixiao (程一笑)[5] na empresa Beijing Kuaishou Technology.

Em 2019, possuía uma base mundial de mais de 200 milhões de usuários,[4] liderando as listas de "mais baixados" nas lojas Google Play e App Store. Seu principal concorrente é o TikTok (conhecido como Douyin na China).[6]

Kwai busca posicionar-se como líder na categoria de "vídeo curto" na América Latina.[7] A média mensal de usuários atingiu 776 milhões no primeiro semestre de 2020.[carece de fontes?] Os usuários ativos gastam, em média, mais de 85 minutos diários dentro do aplicativo.

A equipe internacional é liderada pelo ex-CEO do aplicativo 99 e, funcionários do Google, Facebook, Netflix e TikTok foram recrutados para liderar a expansão internacional da empresa.[8]

História[editar | editar código-fonte]

"GIF Kuaishou" foi o predecessor do aplicativo Kwai, fundado em março de 2011, era um aplicativo móvel para criar e compartilhar imagens do tipo GIF. Em novembro de 2012, o aplicativo se transformou em uma comunidade de vídeos curtos com objetivo de os usuários publicassem vídeos retratando sua vida cotidiana. O Kwai foi criado por Hua Su (宿华) e Cheng Yixiao (程一笑).[5] Antes de cofundar o Kwai, Hua Su trabalhou para a Google e para o Baidu como engenheiro de software.[9] A empresa está sediada na capital chinesa, Pequim.[10]

Em 2013, o aplicativo atingiu 100 milhões de usuários diários.[11] Em 2019, esse número ultrapassou 200 milhões de usuários diários ativos,[4][12] tendo cerca de 15 milhões de vídeos compartilhados diariamente.[4] Chegando a liderar, em oito países, as listas de "mais baixados" nas lojas Google Play e App Store.[6]

Em março de 2017, a empresa chinesa Tencent decidiu investir US$350 milhões de dólares no aplicativo.[12] Em janeiro de 2018, segunda estimativa da Forbes, a empresa valia US$18 bilhões.[10]

Em 2019, a empresa anunciou uma parceria com o jornal oficial do Partido Comunista da China, o Diário do Povo, para ajudá-lo a experimentar o uso de inteligência artificial nas notícias.[13]

Em março de 2020, a Beijing Kuaishou Technology Co., Ltd comprou a plataforma de vídeo online "AcFun".

Em junho de 2020, o governo indiano baniu o Kwai junto com 58 outros aplicativos, alegando "questões de dados e privacidade".[14] Provavelmente influenciado pelas tensões na fronteira entre a Índia e a China, devido relações competitivas entre os dois países nos últimos anos.

Em janeiro de 2021, a empresa anunciou que estava planejando uma oferta pública inicial para levantar aproximadamente US$5 bilhões.[15] As ações da empresa completaram seu primeiro dia de negociação em HK$300 (US$38,70), ultrapassando seu preço de oferta inicial além do dobro do valor e fazendo com que seu valor de mercado disparasse para mais de HK$1 trilhão (US$159 bilhões).[16][17]

Em fevereiro de 2021, as ações da empresa chinesa subiram 194% na inauguração em Hong Kong (região administrativa especial chinesa)[18] e, no mesmo mês, seu valor de mercado da atingiu US$220 bilhões.[19]

Controvérsias[editar | editar código-fonte]

Em junho de 2020, o governo da Índia baniu o Kwai junto com 58 outros aplicativos, alegando "questões de dados e privacidade".[14] Entretanto, as recentes tensões na fronteira entre a Índia e a China podem ter desempenhado um papel na proibição, afinal, na Índia, cada vez mais, por causa das relações competitivas entre os dois países nos últimos anos, o movimento de Boicote à China, "Boycott Made in China", tem crescido. No mesmo ano, o Kwai começou a veicular diversos anúncios ao público, utilizando criadores de conteúdo do aplicativo, crescendo consideravelmente a base de usuários.[20] Um dos criadores de conteúdo que aparecia nos anúncios alegou que não havia autorizado o uso de sua imagem.[21]

Referências

  1. «Kuaishou Key Financial Indicators». Statista (em inglês). 4 de maio de 2021. Consultado em 20 de outubro de 2021 
  2. Herrera, Lais (26 de maio de 2022). «A receita da Kuaishou supera as estimativas, desafiando a desaceleração na China». ADNEWS. Consultado em 26 de setembro de 2022 
  3. «Tencent-backed Kwai App ranked Most Popular social short video app». Business Insider. Consultado em 3 de setembro de 2019. Cópia arquivada em 3 de setembro de 2019 
  4. a b c d Synced (12 de agosto de 2019). «Tencent-backed Video App Kuaishou Is Turning Chinese Country Folk Into Hollywood Directors» [Kuaishou, aplicativo de chineses em direção à Hollywood]. Synced. Consultado em 2 de setembro de 2019. Cópia arquivada em 2 de setembro de 2019 
  5. a b Jing, Meng (20 de junho de 2019). «Is short-video start-up Kuaishou too 'Zen' for China's internet culture? Its founders think so» [A startup de vídeos curtos Kuaishou é muito 'Zen' para a cultura da internet da China? Seus fundadores pensam assim]. South China Morning Post. Consultado em 2 de setembro de 2019. Cópia arquivada em 2 de setembro de 2019 
  6. a b «Tencent-backed short video app Kuaishou launches mini game similar to WeChat's offering» [Aplicativo de vídeo curto apoiado pela Tencent, Kuaishou, lança minijogo semelhante à oferta do WeChat]. South China Morning Post (em inglês). 19 de dezembro de 2018. Consultado em 2 de setembro de 2019. Cópia arquivada em 2 de setembro de 2019 
  7. Tiempo, Casa Editorial El (10 de fevereiro de 2021). «La app china que busca destronar a TikTok en América Latina». El Tiempo (em spanish). Consultado em 26 de setembro de 2022 
  8. «Billionaire Who Missed Out on TikTok Is Trying to Beat It» [O bilionário que perdeu o TikTok está tentando vencê-lo]. Bloomberg. Consultado em 26 de setembro de 2022 
  9. «Su Hua». Forbes (em inglês). Consultado em 2 de setembro de 2019. Cópia arquivada em 2 de setembro de 2019 
  10. a b «Bloomberg Company Profile: Beijing Kuaishou Technology Co Ltd». Bloomberg. Consultado em 2 de setembro de 2019. Cópia arquivada em 2 de setembro de 2019 
  11. «Behind the success of Kuaishou, the biggest social video sharing app in China». Technode. 17 de maio de 2017. Consultado em 2 de setembro de 2019. Cópia arquivada em 2 de setembro de 2019 
  12. a b «Start Up Chinesa Kwai». South China Morning Post. 20 de junho de 2019. Consultado em 2 de setembro de 2019. Cópia arquivada em 2 de setembro de 2019 
  13. Li, Jane (20 de setembro de 2019). «China's tech giants are helping the Communist Party's newspaper fine-tune its online voice». Quartz (em inglês). Consultado em 22 de setembro de 2019. Cópia arquivada em 20 de setembro de 2019 
  14. a b Shrivastava, Rahul (29 de junho de 2020). «Govt bans 59 Chinese apps including TikTok as border tensions simmer in Ladakh». India Today (em inglês). Consultado em 29 de junho de 2020 
  15. Chiu, Joanne (25 de janeiro de 2021). «China's Love of TikTok-Style Apps Powers $5 Billion IPO». Wall Street Journal. Consultado em 27 de janeiro de 2021 
  16. «Kuaishou shares jump 161 per cent in debut as Hong Kong's hottest IPO paves way for offerings from rival video-sharing app owners». South China Morning Post. 5 de fevereiro de 2021 
  17. Chiu, Joanne (5 de fevereiro de 2021). «TikTok Rival's Stock More Than Doubles in Hong Kong Debut». Wall Street Journal. Consultado em 7 de fevereiro de 2021 
  18. Cheng, Kelsey (5 de fevereiro de 2021). «Kuaishou Shares Jump 194% in Hong Kong Trading Debut». Pandaily (em inglês). Consultado em 26 de setembro de 2022 
  19. Zmoginski, Felipe (17 de fevereiro de 2021). «Kwai atinge 220 milhões de dólares e valor de mercado». Uol. Consultado em 30 de março de 2021 
  20. Couto, Marcus (23 de abril de 2021). «Kwai lança campanhas no Brasil». Yahoo! Notícias. Consultado em 1 de novembro de 2021 
  21. «Jovem alega que não autorizou o uso de sua imagem». Tudo Celular. 1 de abril de 2021. Consultado em 1 de novembro de 2021 

Ligações externas[editar | editar código-fonte]