Lúcio Postúmio Megelo (cônsul em 262 a.C.)

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 Nota: Não confundir com seu pai, Lúcio Postúmio Megelo, cônsul em 305, 294 e 291 a.C..
Lúcio Postúmio Megelo
Cônsul da República Romana
Consulado 262 a.C.
Morte 253 a.C.

Lúcio Postúmio Megelo (m. 253 a.C.; em latim: Lucius Postumius Megellus) foi um político da gente Postúmia da República Romana eleito cônsul em 262 a.C. com Quinto Mamílio Vítulo. Era filho de Lúcio Postúmio Megelo, cônsul três vezes entre 305 e 291 a.C..

Consulado (262 a.C.)[editar | editar código-fonte]

Teatro de operações da Primeira Guerra Púnica entre 264 e 262 a.C..
  Território siracusano
  Território cartaginês
1. Desembarque romano e avanço contra os siracusanos em Messana (264 a.C.).
2. Romanos derrotam um exército aliado siracusano e púnico e avançam até Siracusa.
3. Romanos protegem seu flanco tomando Hadranon e cercando Kentoripa.
3. Catânia se rende.
4. Romanos cercam, sem sucesso, Siracusa. Hierão pede a paz e se alia aos romanos (263 a.C.).
5. Romanos tomam Agrigento (262 a.C).
6. Enna e Halaisa se rendem a Roma.

Foi eleito cônsul com Quinto Mamílio Vítulo em 262 a.C., o terceiro ano da Primeira Guerra Púnica[1]. Depois de assumir o cargo no começo de maio, os dois cônsules foram enviados, num espaço de umas poucas semanas, para a Sicília para lidar com a crescente ameaça dos cartagineses, que transformaram a cidade de Agrigento em sua principal base no sul da ilha[2][3]. É possível que ele tenha liderado uma campanha no oeste da Sicília por um curto período de tempo[4], mas ambos terminaram seu mandato cercando e tomando a cidade de Agrigento[5].

Há uma história sobre esta extensa campanha, atribuída por Frontino a Megelo, na qual o cônsul teria percebido uma fragilidade estratégica nas frequentes sortidas cartaginesas e conseguiu cercar as forças atacantes pela retaguarda, derrotando completamente os cansados e esfomeados cartagineses quando eles tentavam voltar para a cidade[6]. Embora a captura da cidade tenha sido importante para Roma, nenhum dos dois cônsules recebeu um triunfo por sua vitória[7], provavelmente por que Aníbal Giscão, o comandante cartaginês derrotado, conseguiu fugir da cidade com grande parte de suas tropas[8].

Anos finais[editar | editar código-fonte]

Em 253 a.C., Megelo teve a rara honra de ser eleito simultaneamente para os cargos de pretor e censor no mesmo ano[9][a]. Ele morreu neste mesmo ano.

Ver também[editar | editar código-fonte]

Cônsul da República Romana
Precedido por:
Mânio Valério Máximo Corvino Messala

com Mânio Otacílio Crasso

Lúcio Postúmio Megelo
262 a.C.

com Quinto Mamílio Vítulo

Sucedido por:
Lúcio Valério Flaco

com Tito Otacílio Crasso


Notas[editar | editar código-fonte]

  1. Broughton defende que o pretor de 253 a.C. é a mesma pessoa que o cônsul de 262 a.C.. Porém, segundo Francis X. Ryan[10], há dúvidas sobre isto e ele argumenta que os dois são pessoas diferentes.

Referências

  1. Smith, pg. 1009
  2. Lazenby, pg. 55
  3. Hoyos, pg. 109
  4. Hoyos, pgs. 109-110
  5. Broughton, pg. 204
  6. Lazenby, pg. 59
  7. Lazenby, pg. 60
  8. Políbio, Histórias, I, 17-20.
  9. Broughton, pg. 211
  10. Francis X. Ryan, Rank and Participation in the Republican Senate (1998), pg. 163

Bibliografia[editar | editar código-fonte]

  • Broughton, T. Robert S. (1951). The Magistrates of the Roman Republic. Volume I, 509 B.C. - 100 B.C. (em inglês). I, número XV. Nova Iorque: The American Philological Association. 578 páginas 
  • Lazenby, John Francis, The First Punic War: A Military History (1996) (em inglês)
  • Hoyos, B. Dexter, Unplanned Wars: The Origins of the First and Second Punic Wars (1998) (em inglês)
  • Este artigo contém texto do artigo "Lucius Postumius Megellus" do Dictionary of Greek and Roman Biography and Mythology (em domínio público), de William Smith (1870).