Las Palmas de Gran Canaria
Foram assinalados vários problemas nesta página ou se(c)ção: |
Las Palmas de Gran Canaria
Las Palmas | |
|---|---|
| Município | |
| Gentílico | palmense |
| Localização | |
| Localização de Las Palmas nas Canárias | |
| Coordenadas | 28° 07′ 38″ N, 15° 25′ 53″ O |
| País | Espanha |
| Comunidade autónoma | Canárias |
| Província | Las Palmas |
| Ilha | Grã Canária |
| História | |
| Fundação | 1478 |
| Características geográficas | |
| Área total | 100,55 km² |
| População total (2021) [1] | 378 675 hab. |
| Densidade | 3 766 hab./km² |
| Altitude | 8 m |
| Código postal | 35001-35020 |
| Código do INE | 35016 |
| Website | www |
Las Palmas de Gran Canaria, ou Palmas da Grã-Canária, é um município espanhol situado no nordeste da ilha de Grã-Canária. É uma das capitais da comunidade autónoma das Canárias, compartilhando o posto com Santa Cruz de Tenerife. O município ocupa uma área de 100,55 km²[2] e, em 2021, tinha 378.675 habitantes[2], resultando em uma densidade populacional de cerca de 3.766 habitantes por km².
Las Palmas é a maior cidade do arquipélago das Canárias[3], e sua área metropolitana abriga mais de 600.000 pessoas. Localizada a apenas 8 metros acima do nível do mar na parte mais ao sul, a cidade apresenta um clima ameno e seco, com temperatura média anual de aproximadamente 22°C.


História
[editar | editar código]Fundação
[editar | editar código]A fundação de Las Palmas de Gran Canaria remonta a 1478, quando o capitão castelhano Juan Rejón iniciou a conquista da ilha de Gran Canaria.[4] A resistência dos aborígines canários foi feroz, mas em 1483, Pedro de Vera completou a anexação da ilha para a Coroa de Castela após subjugar os habitantes de Gáldar, no noroeste da ilha.
Com a conquista, a Coroa de Castela estabeleceu a cidade de Real de Las Palmas na foz do barranco de Guiniguada, marcando o início da colonização europeia na região. Nos séculos seguintes, a cidade tornou-se o centro administrativo das Canárias, abrigando instituições como o Bispado das Canárias, o Tribunal da Santa Inquisição e a Corte Real das Canárias.
Durante o século XVII, a cidade enfrentou desafios econômicos devido à diminuição das exportações agrícolas para a América e Europa. Além disso, Las Palmas sofreu ataques de piratas[5], incluindo os britânicos John Hawkins e Francis Drake, e o holandês Van der Does, que saquearam a cidade nos séculos XVI e XVII.
Apesar dessas adversidades, Las Palmas continuou a se desenvolver como um importante centro comercial e cultural no Atlântico, consolidando-se como a principal cidade das Ilhas Canárias.[6]
Ataques piratas
[editar | editar código]Ao final do século XV, a cidade era protegida apenas por uma fortaleza encravada nas montanhas da península de La Isleta.[7] Este forte, localizado a cinco quilômetros do centro urbano, nas imediações de onde hoje se encontra o Castelo da Luz, era a construção mais próxima para defendê-la em caso de ataque. Essa precariedade defensiva manteve-se até os últimos decênios do século XVI, quando já se notava a ameaça de corsários e frotas estrangeiras. Desde então, começou a ser construído um sistema de fortificações mais adequado.[7] Assim, ergueram-se pequenos baluartes no litoral, dos quais permanece até os dias atuais o Torreão de São Pedro Mártir, conhecido popularmente como Castelo de São Cristóvão, datado de 1577. Desta mesma época, datam também as muralhas que fechavam a cidade pelos lados norte e sul, delimitando sua expansão urbana. Até hoje,[8] vestígios dessas muralhas são conservados, especialmente nas proximidades do chamado Castelo de Mata, atualmente em processo de restauração para se tornar um futuro museu da cidade.
Essas fortificações, no entanto, não foram suficientes[9] para impedir a tentativa de invasão da esquadra inglesa comandada por John Hawkins e Francis Drake, que, no final do século XVI (1595), tentou, sem êxito, desembarcar no litoral de Las Palmas com o objetivo de saqueá-la.[10] Supostamente, esse ataque foi o primeiro combate da desastrosa expedição inglesa contra a América espanhola, que terminou com a derrota dos ingleses, custando a vida tanto a Drake quanto a Hawkins.
Porém, não impediram a Grande Armada Holandesa, comandada pelo almirante Peter van der Does, que chegou à cidade em 26 de junho de 1599. Las Palmas foi assediada durante dois dias e, finalmente, após duros e sangrentos combates, tomada na tarde de 28 de junho pelas forças holandesas,[10] compostas por mais de 6.000 soldados e 74 navios. Combatidos pelas milícias insulares, que conseguiram resistir e vencer algumas batalhas, os invasores permaneceram na cidade por alguns dias. Durante esse período, saquearam a Catedral das Canárias, dedicada a Sant’Ana, padroeira principal da cidade, além das Casas Consistoriais, conventos, numerosas igrejas e residências.
Finalmente, em 4 de julho, os holandeses foram obrigados a deixar a cidade, não sem antes incendiá-la. As chamas destruíram casas, conventos, hospitais, capelas, igrejas e edifícios públicos, bem como inúmeras obras de arte, incluindo retábulos, altares e imagens da catedral. No entanto, o templo da catedral não foi destruído, graças à solidez de sua construção. Essa foi, portanto, a maior invasão da história da cidade.
História recente
[editar | editar código]
No século XIX, ocorreu um feito de importância vital para a economia da cidade: a instauração dos portos francos. Tratava-se de um regime econômico especial que favorecia as relações comerciais do arquipélago, atraindo numerosos barcos e navios para a ilha. Esse movimento representou a semente daquilo que posteriormente se converteria na principal fonte de riqueza da atualidade: o turismo. Deste interesse inicial pelo setor turístico nasceu, em 1830, o primeiro hotel de Gran Canaria, o Hotel Santa Catalina, que permanece em funcionamento até os dias atuais.
Em 1927, um Decreto Real da Ditadura de Primo de Rivera pôs fim à província das Canárias, criando as novas províncias de Santa Cruz de Tenerife e Las Palmas. A cidade de Las Palmas de Gran Canaria tornou-se a capital desta última, englobando as ilhas de Gran Canaria, Lanzarote e Fuerteventura. Com essa medida, buscou-se encerrar a luta pelo controle econômico e político das ilhas, dando origem ao chamado pleito insular.
Em 1936, o general Francisco Franco, então comandante militar das Ilhas Canárias, declarou o Estado de Guerra em todo o arquipélago. No dia 18 de julho, partiu de Las Palmas de Gran Canaria rumo à África, iniciando a rebelião que daria início à Guerra Civil Espanhola. No Hotel Madrid, conserva-se intacto o quarto onde o general pernoitou na véspera do golpe de estado contra a República.
Em 1937, ainda em plena Guerra Civil, o município de San Lorenzo foi anexado a Las Palmas de Gran Canaria, após o fuzilamento do prefeito Juan Santana Vega e parte de seu secretariado, eleitos durante a Segunda República Espanhola. Desde então, San Lorenzo passou a ser um distrito da capital insular.
Vários anos após o fim da Segunda Guerra Mundial, começaram a surgir sinais de recuperação do turismo, que se concretizaram no Natal de 1957, quando aterrissou no Aeroporto de Gran Canaria um avião da companhia sueca Transair AB com 54 passageiros. [11]Assim teve início a era do turismo, que se tornou o principal motor econômico da ilha e do arquipélago canário. Durante as décadas de 1970 e 1980, entretanto, Las Palmas perdeu parte de seu caráter turístico, em benefício dos municípios do sul da ilha.
Com a restauração democrática em 1977, a cidade passou a ter prefeitos de diferentes partidos, embora apenas Juan Rodríguez Doreste (PSOE) e José Manuel Soria López (PP) tenham desfrutado de mandatos duradouros. O atual prefeito é Juan José Cardona, do Partido Popular, eleito em 2011.
A cidade
[editar | editar código]De acordo com o Instituto Nacional de Estadística da Espanha (INE), em janeiro de 2009, residiam em Las Palmas de Gran Canaria cerca de 378.675 habitantes, população que cresce diariamente devido ao afluxo de pessoas provenientes de núcleos urbanos próximos, como Telde, Arucas e Gáldar, que se deslocam para a capital insular a fim de desenvolver suas atividades laborais.
A cidade está integrada na Região Metropolitana de Las Palmas de Gran Canaria, a décima maior da Espanha, com 616.903 habitantes.

Segundo a Universidade de Syracuse, Las Palmas de Gran Canaria é a cidade com o melhor clima do mundo.
O estudo, publicado em 1996, analisou 600 cidades populares como destino turístico e considerou variáveis climáticas, como a temperatura média anual, que em Las Palmas é de 22 °C. Para esse clima agradável contribui o fato de a cidade se estender linearmente entre duas faixas costeiras: de um lado, o eixo Avenida Marítima / Praia das Alcaravaneras, e do outro, a Praia de Las Canteras. A dupla brisa que recebe de ambos os lados favorece a dispersão da poluição e proporciona uma maior refrigeração do ambiente.
A cidade possui diversos parques e praças, como os de Santa Catalina, San Telmo, Doramas e Romano, aos que se somam outros mais recentes, como o parque de Las Rehoyas (com 100 000 m²) e o parque João Paulo II (con 120 000 m², que é o maior das Canárias, apesar de que será superado pelo parque de La Mayordomía, no bairro de Tamaraceite, quando este estiver concluído).
A cidade conta com infraestruturas de diversas épocas históricas. A catedral de Canarias, localizada no bairro de Vegueta (o mais antigo de Las Palmas de Gran Canaria) é um edifício emblemático da cidade. Em relação aos edifícios modernos, destaca-se o Auditório Alfredo Kraus, no qual se realizam eventos internacionais e nacionais. Está situado junto à praia de las Canteras, e foi nomeado em homenagem ao tenor Alfredo Kraus, nascido na cidade. Também o Teatro Pérez Galdós é um edifício emblemático da cidade, reformado recentemente. Outra mostra é a torre Woermann, um bom exemplo de modernismo na cidade, que com seus 76 metros, destaca-se como um dos edifícios mais altos da cidade.
A cidade baixa apresenta uma distribuição linear ao longo da costa, com uma artéria principal, a Avenida Marítima, que a atravessa de ponta a ponta. Desde o início do milênio, com a criação da rodovia de contorno, muitos pontos da cidade são acessíveis sem ter que atravessar o centro urbano.
Clima
[editar | editar código]| Dados climatológicos para Las Palmas, Espanha | |||||||||||||
|---|---|---|---|---|---|---|---|---|---|---|---|---|---|
| Mês | Jan | Fev | Mar | Abr | Mai | Jun | Jul | Ago | Set | Out | Nov | Dez | Ano |
| Temperatura máxima média (°C) | 20,6 | 21,0 | 21,8 | 22,1 | 23,6 | 24,7 | 26,5 | 27,1 | 27,1 | 25,8 | 23,8 | 21,8 | 23,7 |
| Temperatura mínima média (°C) | 14,7 | 14,9 | 15,4 | 15,7 | 17,0 | 18,7 | 20,4 | 21,2 | 21,2 | 19,7 | 17,9 | 15,7 | 17,7 |
| Precipitação (mm) | 18 | 24 | 14 | 7 | 2 | 0 | 0 | 0 | 10 | 13 | 18 | 27 | 133 |
| Fonte: World Meteorological Organization (UN)[12] 1 de agosto de 2010 | |||||||||||||
A localização do arquipélago, junto ao Trópico de Câncer, e a influência dos ventos alísios proporcionam a Las Palmas de Gran Canaria temperaturas médias de 17º Celsius no inverno, e 25º no verão. Os alísios - vindos do norte europeu - trazem ar fresco e úmido. As nuvens procedentes do continente filtram os raios solares e a corrente marinha de águas frias do Golfo regula as oscilações térmicas, tornando-as mais suaves. O resultado, segundo o departamento de climatologia da Universidade de Syracuse (EUA), torna Las Palmas a cidade com o melhor clima do mundo.[13]
Limites
[editar | editar código]| Norte: Oceano Atlântico | ||
| Oeste: Arucas | Las Palmas de Gran Canaria | Leste: Oceano Atlântico |
| Sul: Santa Brígida |
Demografia
[editar | editar código]- Evolução demográfica de Las Palmas de Gran Canaria desde 1842

- Fonte: Instituto Nacional de Estatística da Espanha (INE)[14]
Região metropolitana
[editar | editar código]A região metropolitana de Las Palmas de Gran Canaria é a mais populada das Ilhas Canárias. Pode-se distinguir um primeiro anel imediato e outro mais amplo. O primeiro inclui os municípios limítrofes (Telde, Arucas, Santa Brígida e Teror), com uma população de 540 415 habitantes (2005), onde se concentra boa parte da atividade industrial e comercial da ilha. Por sua parte, o anel mais amplo coincide praticamente com o que estabelece a lei de grandes cidades, abrangendo um raio de 20 km: dentro deste anel, habitam 619 565 pessoas. Se forem tomadas como referência as conurbações norte, sul e centro de Las Palmas de Gran Canaria com outras localidades da ilha, esta cifra ascende a mais de 700 000 habitantes.
Praias
[editar | editar código]
A cidade conta com cinco praias, das quais a mais importante é a de Las Canteras. As outras quatro praias da la capital são Las Alcaravaneras, El Confital, San Cristóbal e La Laja
Além disso, a praia de Las Canteras conta com o certificado UNE-EN ISO 14001, do AENOR, que só possuem na Espanha as praias de La Concha - em San Sebastián - e La Victoria - em Cádiz - pela implantação de um sistema para a gestão integrada do meio ambiente.
A outra praia mais concorrida da cidade é Las Alcaravaneras, situada junto ao Cais Desportivo e nas águas do Porto da Luz, que está localizada entre dois clubes náuticos.
Organização político-administrativa
[editar | editar código]Governo
[editar | editar código]O município de Las Palmas de Gran Canaria é governado pela Prefeitura de de Las Palmas de Gran Canaria, cujos representantes elegem-se a cada quatro anos, por sufrágio universal de todos os cidadãos espanhóis e da União Europeia maiores de 18 anos de idade que estejam alistados no município. Nas eleições de 22 de maio de 2011, o vencedor foi o Partido Popular, com 16 conselheiros de 29, seguido pelo PSOE-PSC com 9 conselheiros, outros 2 conselheiros para Compromiso por Gran Canaria e, por último, outros 2 conselheiros para Nueva Canarias. Deste modo, o popular Juan José Cardona tornou-se prefeito, desbancando o socialista Jeronimo Saavedra, que governava a cidade com maioria absoluta entre 2007 e 2011.[15]
| Partido político | Eleições municipais espanholas de 2011 | ||
|---|---|---|---|
| % | Conselheiros | ||
| Partido Popular (PP) | 43,21 | 16 | |
| Partido Socialista Obrero Español (PSOE) | 23,05 | 9 | |
| Compromiso por Gran Canaria | 6,98 | 2 | |
| Nueva Canarias (NC) | 6,12 | 2 | |
Distritos
[editar | editar código]Las Palmas de Gran Canaria está dividida administrativamente em cinco distritos, que, por sua vez, subdividem-se em bairros, não necessariamente coincidentes com os bairros tradicionais. Cada um dos distritos está administrado por uma Junta Municipal Distrital, com competências focadas na canalização da participação cidadã dos mesmos. A última divisão administrativa de Las Palmas de Gran Canaria data do ano de 2004 e estrutura a cidade e seu município nos seguintes distritos e bairros (dados populacionais de 2006):

Dt1 - Vegueta, Cono Sur e Tafira (75.877 hab.): Aglutina quatro disseminados (La Montañeta, Los Hoyos, Marzagán y Tafira) e os bairros de Campus Universitario, Casablanca I, Cuesta Ramón, El Batán, El Fondillo, El Lasso, El Secadero, Hoya de La Plata, Jinámar (Fase III), La Calzada, La Cantera, La Data, La Montañeta, Llano de Las Nieves, Llanos de La Barrera, Lomo Blanco, Lomo de Enmedio, Lomo El Sabinal, Lomo Verdejo, Los Hoyos, Marzagán, Mercalaspalmas, Monteluz, Montequemado, Pedro Hidalgo, Pico Viento, Salto del Negro, San Cristóbal, San Francisco de Paula, San Juan - San José, San Roque, Santa Margarita, Tafira Alta, Tafira Baja, Três Palmas, Vega de San José, Vegueta, Zárate e Zurbarán.
Dt2 - Centro (88.546 hab.): Bairros de Alcaravaneras, Canalejas, Casablanca III, Ciudad del Mar, Ciudad Jardín, Fincas Unidas, La Paterna, Lomo Apolinario, Los Tarahales, Lugo, Miller, Miller Industrial, San Francisco - San Nicolás, Triana; e disseminado de Las Palmas de Gran Canaria.
Dt3 - Puerto-Canteras (72.345 hab.): Guanarteme, El Confital, El Rincón, El Sebadal, La Isleta, La Puntilla, Las Coloradas, Nueva Isleta, Santa Catalina e Las Canteras.
Dt4 - Ciudad Alta (101.684 hab.): Altavista, Chumberas, Cuevas Torres, Díaz Casanova, Don Zoilo, El Cardón, Escaleritas, La Feria, La Minilla, Las Rehoyas, Las Torres, Las Torres Industrial, Rehoyas Altas, San Antonio, San Lázaro e Schamann.
Dt5 - Tamaraceite-San Lorenzo (39.191 hab.): Disseminados de Almatriche, Los Giles, San Lorenzo, Tamaraceite y Tenoya; e bairros de Almatriche Alto, Almatriche Bajo, Cañada Honda, Casa Ayala, Ciudad del Campo, Costa Ayala, Cruz del Ovejero, Cuevas Blancas, Dragonal Alto, Dragonal Bajo, El Pintor, El Román, El Roque, El Toscón, El Zardo, Hoya Andrea, Isla Perdida, La Cazuela, La Cruz, La Galera, La Milagrosa, La Palma, La Suerte, Ladera Alta, Las Cuevas, Las Majadillas, Las Mesas, Las Perreras, Llanos de María Rivera, Lomo Corcobado, Lomo Los Frailes, Los Giles, Masapez, Piletas, Risco Negro, San José del Álamo, San Lorenzo, Siete Puertas, Tamaraceite e Tenoya.
Transportes
[editar | editar código]O serviço oferecido pela empresa Guaguas Municipales conta com uma estação principal (San Telmo, compartilhada com a empresa de transporte interurbano Global), dois terminais especiais (Teatro e Manuel Becerra, conhecida como Puerto) e três terminais de baldeação (Santa Catalina, compartilhado com Global, Hoya de la Plata e Tamaraceite (em construção).
Guaguas Municipales oferece 40 linhas de transporte urbano, que percorrem tanto a parte baixa quanto a alta da cidade. As linhas principais são a 1 (Teatro - Puerto), 2 (Alameda de Colón - Puerto), 12 (Puerto - Hoya de la Plata) y 30 (Alameda de Colón - Santa Catalina, por Las Rehoyas). Além disso, existem duas linhas circulares (0A: Santa Catalina - Santa Catalina, por Alcaraveneras) e 0B (Santa Catalina - Santa Catalina, por Ciudad Alta).
Global, companhia de guaguas interurbanas, possui 119 linhas, muitas com origem ou destino à capital. Esta companhia surgiu no ano 2000, produto da fusão das antigas linhas interurbanas Salcai e Utinsa.
Também existe a Guagua Turística, que percorre os locais de maior interesse da cidade, com guias em vários idiomas.
O Tren de Gran Canaria (TG) é um projeto de linha férrea proposto inicialmente como alternativa para ir de Las Palmas de Gran Canaria a Maspalomas,[16] embora que posteriormente se tenha planejado sua prolongação até Agaete.
Outro projeto é o Tranvía de Las Palmas (de Gran Canaria), que percorreria a cidade baixa, da mesma forma que atualmente o realiza a linha 1 de guaguas, com uma frequência média de 5 minutos e um tempo de percurso de 35 minutos.
Cultura
[editar | editar código]Las Palmas de Gran Canaria oferece uma agenda cultural relativamente ampla e variada: teatro, cinema, ópera, concertos, artes plásticas e dança são espetáculos habituais em cartaz na cidade, destacando-se, especialmente, o Festival de Música de Canarias, o de Teatro e Dança e o Festival Internacional de Cinema.
Teatros
[editar | editar código]
- O Teatro Pérez Galdós foi projetado pelo arquiteto Francisco Jareño y Alarcón em 1867. Seu aspecto atual, com algumas modificações, deve-se às intervenções de Fernando Navarro e Miguel Martín Fernández de la Torre, após o incêndio que o destruiu quase por completo em 1928. Este último contou com a colaboração de seu irmão, o pintor Néstor de la Torre, que se encarregou de decorar a plateia, o salão e o palco. A princípio, chamou-se Teatro de Tirso de Molina, até que, em 1940, coincidindo com a estreia de "Electra", adaptou o nome do escritor canário Benito Pérez Galdós. Após obras de remodelação, o teatro reabriu suas portas novamente em abril de 2007.
- O Teatro Cuyás, no palco do antigo Cine Cuyás, é uma obra do arquiteto racionalista canário Miguel Martín Fernández de la Torre. Sua sala principal possui capacidade para 940 pessoas, divididas entre o repartidas entre a plateia e dois anfiteatros. Possui, além disso, um amplo pátio, que permite a organização de eventos ao ar livre. Atualmente, está sendo construído uma sala alternativa e de ensaios, com capacidade para uma centena de espectadores.
- A Sala Insular de Teatro é um espaço cênico peculiar, que se ergue na nave principal de uma antiga igreja. Em 2007, após algumas obras de remodelação, a sala voltou a abrir suas portas ao público, recebendo pequenas montagens de companhias locais.
- O Teatro Guiniguada, reaberto em 27 de março de 2011, após sua reforma, que foi iniciada em junho de 2000 e um investimento público que superou os 6 milhões de euros.
Auditórios e palácios de congressos
[editar | editar código]
- O Auditório Alfredo Kraus localiza-se às margens do Atlântico, junto à Praia de Las Canteras, em uma das regiões mais privilegiadas da cidade. Conta com 13 200 m², nos quais se dispõem 11 salas, que permitem acolher desde concertos até convenções e grandes congressos.
- O Palácio de Congressos de Gran Canaria está instalado nas instalações da Institución Ferial de Canarias, com uma capacidade para 800 pessoas em 16 000 m².
- O Centro de Iniciativas da Caixa Econômica das Canárias (Caja de Ahorro de Canarias) (CICCA) ocupa um dos edifícios realizados na metade do século XIX no bairro de Triana, pelo arquiteto Manuel Ponce de León. É um pequeno centro de congressos com a mais avançada tectonologia e capacidade para 500 pessoas.
Artes plásticas: museus e salas de exposições
[editar | editar código]
- O Centro Atlântico de Arte Moderna (CAAM), inaugurado em 1989, é uma das mais importantes referências da vida cultural e artística das Ilhas Canárias. Encarrega-se de divulgar a arte produzida nas ilhas em relação com o resto do mundo, especialmente com a África, América e Europa. Possui exposições temporárias e permanentes que se cobrem desde as vanguardas históricas até as últimas tendências. Localizado na rua de Los Balcones de Vegueta, conserva a fachada original do século XVIII.
- O Museu Canário encontra-se no bairro histórico de Vegueta. Foi fundado em 1879. Trata-se de uma sociedade científico-cultural de alcance internacional, associada ao Conselho Superior de Investigações Científicas (CSIC). Conta com uma valiosa coleção objetos arqueológicos canários, que se exibem em 16 salas. Está dotado, além disso, de uma biblioteca com mais de 60 000 volumes, muitos dos quais sobre temas canários. Sua hemeroteca (biblioteca de periódicos) abrange desde 1785 até os dias atuais.
- A Casa-Museu Pérez Galdós está localizada no outro bairro histórico da cidade, o de Triana. Trata-se da casa natal de Benito Pérez Galdós. Aqui, está o melhor registro documental sobre este novelista grancanário, com uma ampla coleção de documentos, livros, móveis e objetos pessoais do escritor. Sobretudo, no coração da Praça da Feira (Plaza de la Feria), pode-se contemplar a escultura de Benito Pérez Galdós, construída pelo Pablo Serrano, na qual anualmente se deposita la tradicional oferenda floral celebrando o nascimento do escritor.
- A Casa-Museu de Colombo (Casa Museo de Colón) localiza-se na Praça de Santo Antônio Abade (Plaza de San Antonio Abad), aos fundos da catedral. Sua exposição versa sobre a história das Canárias e sua relação com a América. Possui 13 salas de exposições permanentes, uma biblioteca e um centro de estudos especializado, assim como diversos espaços destinados a atividades temporárias. O complexo consta de várias casas, uma das quais foi a residência do antigo governador (mais conhecida, atualmente, como casa de Colombo), visitada por Cristóvão Colombo durante sua primeira viagem à América em 1492. Organiza-se em cinco áreas temáticas: América antes do Descobrimento, Colombo e suas viagens, Canárias: enclave estratégico e base de experimentação do Novo Mundo, História e gênese da cidade de Las Palmas, e pintura do século XVI até princípios do século XX.
Património edificado
[editar | editar código]Algumas personalidades de Las Palmas
[editar | editar código]Referências
- ↑ «Cifras oficiales de población resultantes de la revisión del Padrón municipal a 1 de enero» (ZIP). www.ine.es (em espanhol). Instituto Nacional de Estatística de Espanha. Consultado em 19 de abril de 2022
- ↑ a b «Las Palmas de Gran Canaria | Canary Islands, Spain | Britannica». www.britannica.com (em inglês). Consultado em 7 de outubro de 2025
- ↑ «Las Palmas». Google Arts & Culture. Consultado em 7 de outubro de 2025
- ↑ «History - The Official Gran Canaria Tourist Website». www.grancanaria.com (em inglês). Consultado em 7 de outubro de 2025
- ↑ Lincolins, Thiago (19 de dezembro de 2024). «Inferno em La Palma: 5 coisas que você precisa saber o vulcão da vida real». Aventuras na História. Consultado em 7 de outubro de 2025
- ↑ «História de Gran Canaria». www.spain-grancanaria.com. Consultado em 7 de outubro de 2025
- ↑ a b Editor (14 de agosto de 2025). «Castillo de la Luz History: Las Palmas' Enduring Fortress». tourismattractions.net (em inglês). Consultado em 7 de outubro de 2025
- ↑ «Castillo de la Luz». www.spain-grancanaria.com. Consultado em 7 de outubro de 2025
- ↑ «Abel Galindo: "Durante siglos, las Islas Canarias sufrieron ataques de piratas que llegaban para saquear las poblaciones"». www.maspalomas.com. Consultado em 7 de outubro de 2025
- ↑ a b Bramwell, Alex. «Gran Canaria Info - Las Palmas: How The City's Attackers Paid With Their Lives». gran-canaria-info.com (em inglês). Consultado em 7 de outubro de 2025
- ↑ «History - The Official Gran Canaria Tourist Website». www.grancanaria.com (em inglês). Consultado em 7 de outubro de 2025
- ↑ «World Meteorological Organization». Consultado em 1 agosto de 2010 (inglês)
- ↑ Localização e clima Arquivado em 29 de junho de 2010, no Wayback Machine.. Página oficial de Las Palmas. (espanhol)
- ↑ INEbase. Variações intercensitárias. Alteracões dos municípios nos censos populacionais desde 1842. Endereço on-line: http://www.ine.es/intercensal/ Consultado 17-06-2011. Quando se disponibiliza o dado de população, toma-se a cifra mais alta.
- ↑ Eleições locais 2011 (espanhol)
- ↑ O trem de Gran Canaria passará da capital ao sul de Gran Canaria (espanhol)


