Lasiurus ega

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Estado de conservação
Espécie pouco preocupante
Pouco preocupante (IUCN 3.1)
Classificação científica
Reino: Animalia
Filo: Chordata
Classe: Mammalia
Ordem: Chiroptera
Família: Vespertilionidae
Subfamília: Vespertilioninae
Tribo: Lasiurini
Género: Lasiurus
Espécie: L. ega
Nome binomial
Lasiurus ega
(Gervais, 1856)
Distribuição geográfica

Lasiurus ega é uma espécie de morcego da família Vespertilionidae. Pode ser encontrada na América Central e do Sul.

Descrição[editar | editar código-fonte]

É um morcego de pequeno porte. Possui pelo amarelo. Geralmente, as fêmeas são maiores do que os machos. O comprimento do antebraço feminino é em média 4% (1,83 mm) maior do que o masculino.[1]

Alcance e habitat[editar | editar código-fonte]

A espécie pode ser encontrada desde o sudoeste dos Estados Unidos ao norte da Argentina e Uruguai, com o registro mais austral sendo a província de Buenos Aires, na Argentina.[2] Habitam áreas arborizadas, como florestas, folhagens e palmeiras.[3] Ocasionalmente, ocupam outros locais que se assemelham a grandes folhas mortas, como talos de milho secos e telhados de palha.[4] Esta espécie empoleira-se em árvores e vegetação.[5] No Texas, seus locais preferidos de dormitório são as "saias" das folhas das palmeiras silvestres e ornamentais. As palmeiras também são o lar de insetos, que os morcegos comem.[6]

Comportamento[editar | editar código-fonte]

Reprodução[editar | editar código-fonte]

Lasiurus ega copula antes do final da hibernação, mas a fêmea retarda sua ovulação e armazena o esperma por 6 meses, fertilizando-o posteriormente. Todos os órgãos reprodutivos involuem após o acasalamento em julho (início do inverno) e permaneceram inativos até abril seguinte (outono).[7] A gestação dura entre três meses e três meses e meio.[1]

Migração[editar | editar código-fonte]

É capaz de voar longe no mar e migra sazonalmente para o sul.[1] No hemisfério norte, os machos tornam-se escassos entre abril e junho, enquanto as fêmeas estão presentes o ano todo, sugerindo uma estratégia migratória.[1] Apresenta tendência a migrar em direção ao Equador, conforme descrito para outras espécies do gênero.[1] Também migram ao longo da costa, tomando atalhos sobre a água. Muitos morcegos migrantes norte-americanos podem ser encontrados a uma distância de vários quilômetros de seu destino normal durante as migrações de outono e primavera, provavelmente por causa do vento.[8] Os registros indicam ainda a ocorrência de movimentos no final do verão e início do outono, corroborando a teoria de que pelo menos alguns animais migram para evitar o frio.[2]

Referências

  1. a b c d e Kurta, A., & Lehr, G. C. (1995). Lasiurus ega. Mammalian Species, 1–7.
  2. a b Esbérard, C. E. L., & Moreira, S. C. (2006). Second record of Lasiurus ega (Gervais)(Mammalia, Chiroptera, Vespertilionidae) over the south atlantic. Brazilian Journal of Biology, 66(1A), 185–186.
  3. Barquez, R. M., & Lougheed, S. C. (1990). New distributional records of some Argentine bat species. Journal of Mammalogy, 261–263.
  4. Lacki, M. J., Hayes, J. P., & Kurta, A. (Eds.). (2007). Bats in forests: conservation and management. JHU Press.
  5. «Lasiurus ega – Southern Yellow Bat». InfoNatura. NatureServe. Consultado em 4 de julho de 2009 
  6. Alcazar, Juan (25 de abril de 2003). «Not trimming palm fronds saves baby bats». Keeping It Simple: Easy Ways to Help Wildlife Along Roads. Federal Highway Administration. Consultado em 4 de julho de 2009 
  7. . Crichton, E. G. (2000). Sperm storage and fertilization. Reproductive biology of bats, 295–320.
  8. Constantine, D. G., 2003, Geographic translocation of bats: known and potential problems. Emerging Infectious Diseases, 9: 17–21.

Bibliografia[editar | editar código-fonte]

  • SIMMONS, N. B. Order Chiroptera. In: WILSON, D. E.; REEDER, D. M. (Eds.). Mammal Species of the World: A Taxonomic and Geographic Reference. 3. ed. Baltimore: Johns Hopkins University Press, 2005. v. 1, p. 312-529.
  • BARQUEZ, R.; PEREZ, S.; MILLER, B.; DIAZ, M. 2008. Lasiurus ega. In: IUCN 2008. 2008 IUCN Red List of Threatened Species. <www.iucnredlist.org>. Acessado em 18 de dezembro de 2008.
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