Leiomiossarcoma

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Leiomiossarcoma
Leiomiossarcoma
Leiomiossarcoma em uma veia andrenal (seta), que cresceu do rim até ao coração. Vista coronal de uma Ressonância magnética.
Especialidade oncologia
Classificação e recursos externos
CID-10 C49.M48
CID-ICD-O M8890/3
CID-11 125627414
DiseasesDB 34362
MedlinePlus 000916
eMedicine med/1180
MeSH D007890
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Leiomiossarcoma (LMS) (do grego, tumor carnoso do músculo liso) é um tumor maligno (câncer), imprevisível e raro, originado de algum músculo liso. Geralmente surgem no útero, vasos sanguíneos ou tubo digestivo. Representam 5 a 10% dos sarcomas de partes moles (como tecido conjuntivo ou músculo) e apenas 0,7% dos cânceres. Não deve ser confundido com leiomioma, que é um tumor benigno do músculo liso que não se transforma em leiomiossarcoma.[1]

São um pouco mais comuns em mulheres, mais frequentes entre os 50 e 70 anos, e geralmente aparecem no fundo da cavidade abdominal (retroperitoneo).

Sinais e sintomas[editar | editar código-fonte]

Surgem como uma massa que cresce, indolor, eventualmente palpável e visível em um exame de imagem, que pode causar náusea, vômito e perda de peso. Geralmente tem mais de 7cm no momento do diagnóstico.

Diagnóstico[editar | editar código-fonte]

Histologicamente pode-se diferenciá-lo de um leiomioma (benigno) por tamanho (mais de 8cm), muita celularidade, frequentes atipias, necrose, hemorragia e número de mitoses por campo de alta potencia. Um exame imuno-histoquímico pode detectar os marcadores específicos de músculo como desmina, antígeno muscular específico (HHF35), citoqueratina ou antígeno epitelial de membrana (EMA).[2]

Tratamento[editar | editar código-fonte]

Dificilmente responde a radioterapia e quimioterapia, portanto é necessário remover do tumor cirurgicamente com ampla margem de segurança, se necessário, a remoção do órgão. Em alguns casos, um leiomiossarcoma uterino reduz com inibição hormonal, usando um Inibidor da aromatase.[3]

Prognóstico[editar | editar código-fonte]

O leiomiossarcoma é muito agressivo e de difícil tratamento, dificilmente respondendo a radioterapia e quimioterapia. Por isso, a taxa de sobrevivência a 5 anos após o diagnóstico é de 63% quando o tumor está restrito a um local (estágio I), 36% quando o tumor se espalhou a órgãos próximos (estágio II ou III) e apenas 16% quando o tumor se espalhou para órgãos distantes (estágio IV). Esse nível de sobrevivência é 7 a 9% inferior a outros tipos de sarcoma.[4]

Referências

  1. Gustafson P, Willen H, Baldetrop B, et al. Soft tissue leiomyosarcoma: a population-based epidemiologic and prognostic study of 48 patients, including cellular DNA content. Cancer 70:114, 1992.
  2. Leiomiosarcoma Óseo y de Partes Blandas: Una Panorámica. Michael J. Weaver, MD y John A. Abraham, MD. [1]
  3. Hardman, M. P.; Roman, J. J.; Burnett, A. F.; Santin, A. D. (2007). "Metastatic Uterine Leiomyosarcoma Regression Using an Aromatase Inhibitor". Obstetrics & Gynecology 110 (2 Pt 2): 518–520. doi:10.1097/01.AOG.0000267533.56546.c2. PMID 17666649.
  4. http://www.cancer.org/cancer/uterinesarcoma/detailedguide/uterine-sarcoma-survival-rates