Linha de inverno
A linha de inverno constituía-se de uma série de fortificações defensivas, construídas na Itália, durante a Segunda Guerra Mundial. Sua principal função era proteger o acesso a Roma, no caso de uma invasão aliada.
Foi uma das principais obras da Organização Todt.[1] A principal linha fortificada era conhecida como linha Gustav, construída de costa a costa, desde o rio Garigliano até o Mar Tirreno, a oeste, e, através dos Apeninos até a foz do rio Sangro, na costa do Mar Adriático, a leste. Compunha-se de fortalezas e bunkers de concreto, linhas de arame farpado, torres de tiro e campos minados.
No lado ocidental do Apeninos, havia duas linhas subsidiárias:
- Linha de Bernhardt, na frente das posições principais da linha Gustav, protegendo possíveis desembarques em Nápoles e Salerno;
- Linha Hitler, localizada a cerca de 5 milhas à retaguarda, cuja função principal era conter possíveis desembarques em Anzio.
A linha Gustav era considerada a mais forte das linhas defensivas alemãs ao sul de Roma, defendida por 15 divisões de exército, sob o comando do general Albert Kesselring. No centro dessa linha, estava umas das principais rotas de acesso a Roma (Estrada 6), que seguia paralela ao rio Liri. Ancorando essa posição, estavam os Apeninos, com um ponto especialmente estratégico - a cidade de Cassino, onde se localizava a Abadia de Monte Cassino, e a partir da qual era possível controlar o acesso a todo o vale.
A partir de novembro de 1943 até maio de 1944, a região foi alvo de grandes combates, travados entre forças aliadas, que haviam desembarcado no sul da Itália, forças alemãs e italianas.
Ver também
[editar | editar código-fonte]Referências
- ↑ Organização Todt (OT) foi um grupo de construção e engenharia criado na Alemanha, no Terceiro Reich. Criado por Fritz Todt, o Reichsminister für Rüstung- und Kriegsproduktion, a organização foi anexada ao exército e esteve ativo durante toda a Segunda Guerra. O grupo era responsável por construir as infraestruturas de comunicações e de defesa, incluindo os campos de concentração, e, para isso, utilizava basicamente o trabalho forçado de prisioneiros dos países ocupados.
Bibliografia
[editar | editar código-fonte]- O Exército na História do Brasil (vol. III, República). Rio de Janeiro: Biblioteca do Exército Editora, Fundação Emílio Odebrecht, ISBN 8570112092
- Böhmler Rudolf , Monte Cassino - Editora Flamboyant, 1966
- Marechal Mascarenhas de Morais, Memórias (Volume 1) - Bibliex,1984
- Field Marshall Lord Carver (2001). The Imperial War Museum Book of the War in Italy 1943-1945. Londres: Sidgwick & Jackson