Lista do Patrimônio Mundial no Brasil

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A Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (UNESCO) propôs um plano de proteção aos bens culturais do mundo, através do Comité sobre a Proteção do Património Mundial Cultural e Natural, aprovado em 1972.[1] Esta é uma lista do Patrimônio Mundial existente no Brasil, especificamente classificada pela UNESCO e elaborada de acordo com dez principais critérios cujos pontos são julgados por especialistas na área. O Brasil, um país de dimensões continentais na América do Sul e que reúne um legado relevante das culturas europeia, africana e pré-colombiana influenciada principalmente pela aglutinação de diversos povos ao longo dos séculos XVIII e XIX, ratificou a convenção em 1 de setembro de 1977, tornando seus locais históricos elegíveis para inclusão na lista.[2]

Integrante da região América Latina e Caribe, o Brasil é o país da região com a segunda maior quantidade de sítios inscritos no Patrimônio Mundial, sendo superado apenas pelo México (que totaliza 31 sítios declarados). A Cidade Histórica de Ouro Preto, que demarca uma região de grande legado cultural e arquitetônico no interior do estado de Minas Gerais, foi o primeiro sítio do país inscrito na Lista do Patrimônio Mundial por ocasião da IVª Sessão do Comité do Patrimônio Mundial, realizada em Paris (França) em 1980.[3] Com a inclusão do Sítio Roberto Burle Marx em 2021 [4][5], o Brasil totaliza 23 sítios declarados pela UNESCO, sendo 15 deles de interesse cultural, sete de interesse natural e um sítio de interesse misto. O Brasil possui ainda um sítio compartilhado com outro país: Missões Jesuíticas Guarani, inscrito em 1983 e partilhado com a Argentina[6].

Todos os sítios do Brasil na Lista do Patrimônio Mundial da UNESCO estão descritos abaixo, com base nas denominações oficiais da UNESCO,[7] sua localidade, a divisão entre bem cultural e bem natural[8] e um trecho adicional com as informações que a própria UNESCO publicou em seu sítio oficial.

Bens culturais e naturais[editar | editar código-fonte]

O Brasil conta atualmente com os seguintes lugares declarados como Patrimônio da Humanidade pela UNESCO:

Cidade Histórica de Ouro Preto
Bem cultural inscrito em 1980.
Localização: Minas Gerais
Fundada no final do século XVII, a cidade de Ouro Preto foi o ponto de convergência dos mineradores de ouro e o centro da exploração de minas auríferas no Brasil do século XVIII. A cidade declinou com o esgotamento de suas minas a princípios do século XIX, todavia subsistem muitas igrejas, pontes e fontes que testemunham seu passado esplendor e o talento excepcional do escultor barroco Antonio Francisco Lisboa, “Aleijadinho”. (UNESCO/BPI)[9]
Centro Histórico de Olinda
Bem cultural inscrito em 1982.
Localização: Pernambuco
A história desta cidade, fundada pelos portugueses em 1535, está vinculada à indústria da cana de açúcar. Teve que ser reconstruída no século XVII após seu saque pelos holandeses e seu tecido urbano data essencialmente do século XVIII. A arquitetura equilibrada de seus edifícios e jardins, assim como a de seus vinte templos barrocos, conventos e numerosos “passos” (capelas), dá a esta cidade um encanto muito especial. (UNESCO/BPI)[10]
Missões Jesuíticas Guarani: San Ignacio Miní, Santa Ana, Nossa Senhora de Loreto, Santa Maria, a Maior e Ruínas de São Miguel das Missões
Bem cultural inscrito em 1983, extensão em 1984. Este bem é compartilhado com a  Argentina
Localização: Rio Grande do Sul ( Brasil) / Província de Misiones ( Argentina)
No coração mesmo da selva tropical estão localizadas as ruínas de cinco missões jesuítas: San Miguel das Missões (Brasil), San Ignacio Miní, Santa Ana, Nossa Senhora de Loreto e Santa Maria, a Maior (Argentina). Construídas em território guarani durante os séculos XVII e XVIII, estas missões se caracterizam por seu traçado específico e seu desigual estado de conservação. (UNESCO/BPI)[11][12]
Centro Histórico de Salvador
Bem cultural inscrito em 1985.
Localização: Bahia
Primeira capital do Brasil (1549-1763), Salvador tem sido um ponto de confluência de culturas europeias, africanas e ameríndias. Em 1558 se criou nela um dos primeiros mercados de escravos do Brasil e do Novo Mundo, para suprir as plantações de cana de açúcar. A cidade tem conservado numerosos edifícios renascentistas de qualidade excepcional. As casas de cores vivas, magnificamente estucadas a princípio, são características da cidade velha. (UNESCO/BPI)[13]
Santuário de Bom Jesus de Matosinhos
Bem cultural inscrito em 1985.
Localização:Congonhas do Campo Minas Gerais
Construído na segunda metade do século XVII, este santuário está situado na cidade de Congonhas do Campo no Estado de Minas Gerais, perto de Belo Horizonte. Consta de uma igreja com uma suntuosa decoração interior ao estilo rococó italiano, uma escada ornada com estátuas de profetas e sete capelas de uma via cruzis com grupos escultóricos policromos de Aleijadinho, que são obras primas de uma arte barroca, expressiva e de grande originalidade. (UNESCO/BPI)[14]
Parque Nacional do Iguaçu
Bem natural inscrito em 1986.
Localização: Paraná
Igual ao parque nacional argentino colindante de mesmo nome, o Parque Nacional do Iguaçu brasileiro permite admirar uma das maiores cascadas e impressionantes do mundo, que tem uma largura de mais de 2.700 metros. O parque abriga numerosas espécies raras de flora e fauna em perigo de extinção como a ariranha e o tamanduá-bandeira. As nuvens de bruma das cascadas propiciam o desenvolvimento de uma vegetação exuberante. (UNESCO/BPI)[15]
Brasília
Bem cultural inscrito em 1987.
Localização: Distrito Federal
Construída ex nihilo no centro do país entre 1956 e 1960, Brasília é um rito de grande importância na história do urbanismo. O propósito de seus criadores, o urbanista Lúcio Costa e o arquiteto Oscar Niemeyer, foi que tudo refletisse um conceito harmonioso da cidade, desde o traçado dos bairros administrativos e residenciais, comparado a princípio com a silhueta de um pássaro até a simetria das construções. Os edifícios públicos assombram por seu aspecto audaz e inovador. (UNESCO/BPI)[16]
Parque Nacional da Serra da Capivara
Bem cultural inscrito em 1991.
Localização: Piauí
Os numerosos refúgios escavados nas rochas do parque nacional da Serra de Capivara estão decorados com pinturas rupestres. Algumas delas datam de 25.000 anos atrás e constituem um testemunho excepcional de uma das mais antigas comunidades humanas de América do Sul. (UNESCO/BPI)[17]
Centro Histórico de São Luís
Bem cultural inscrito em 1997.
Localização: Maranhão
Fundada pelos franceses e ocupada pelos holandeses antes de cair sob a dominação dos portugueses, esta histórica cidade tem conservado seu centro histórico do século XVII, caracterizado pelo traçado retangular de suas ruas. Devido a seu estancamento econômico a princípios do século XX, São Luis tem conservado um grande número de edifícios históricos de qualidade excepcional que fazem dela um exemplo de cidade colonial ibérica única em seu gênero. (UNESCO/BPI)[18]
Centro Histórico de Diamantina
Bem cultural inscrito em 1999.
Localização: Minas Gerais
Diamantina é uma cidade colonial engastada como uma pedra preciosa em um inóspito maciço montanhoso. É um testemunho da aventura dos mineradores de diamantes do século XVIII, assim como do influxo exercido pelas realizações culturais e artísticas do ser humano em seu marco de vida. (UNESCO/BPI)[19]
Reservas de Mata Atlântica do Sudeste
Bem natural inscrito em 1999.
Localização: Paraná e São Paulo
Estas reservas estão situadas nos Estados de Paraná e São Paulo e oferecem um dos melhores e mais vastos exemplos do bosque atlântico brasileiro. As 25 zonas protegidas que formam o sítio somam uma superfície de 470.000 hectares e ilustram a riqueza biológica e a evolução dos últimos vestígios do mata atlântica. Desde as montanhas cobertas por tupidos bosques até os pântanos e ilhas costeiras com montanhas e dunas asiladas, o meio natural extremadamente rico deste sitio vem sempre unido a panoramas de uma grande beleza. (UNESCO/BPI)[20]
Reservas de Mata Atlântica da Costa do Descobrimento
Bem natural inscrito em 1999.
Localização: Bahia e Espírito Santo
As reservas da Costa do Descobrimento estão situadas entre os Estados de Bahia e Espírito Santo. São oito zonas protegidas, separadas entre si , que somam 112.000 hectares de mata atlântica e arbustos associados (“restingas”). Os bosques úmidos da costa atlântica do Brasil possuem a biodiversidade mais rica do planeta. O sitio abriga uma ampla gama de espécies endêmicas e ilustra um modelo de evolução de grande interesse para a ciência e a conservação do meio ambiente. (UNESCO/BPI)[21]
Parque Nacional do Pantanal Matogrossense
Bem natural inscrito em 2000.
Localização: Mato Grosso e Mato Grosso do Sul
A reserva do Pantanal compreende quatro zonas protegidas, com uma superfície total de 187.818 hectares. Situada no extremo sul oriental do Estado de Mato Grosso, esta zona de conservação abarca as cabeceiras dos rios Cuiabá e Paraguai. O sítio representa o 1,3% do pantanal brasileiro, um dos ecossistemas de umidade de água doce mais vastos do mundo. A abundância e a diversidade de sua vegetação e fauna são as características mais espetaculares da reserva. (UNESCO/BPI)[22]
Complexo de Conservação da Amazônia Central
Bem natural inscrito em 2000, ampliada 2003.
Localização: Amazonas
Este sítio de mais de seis milhões de hectares é a zona protegida mais vasta da bacia do Amazonas e uma das regiões do planeta da mais rica biodiversidade. Compõe o Parque Nacional do Jaú, o Parque Nacional de Anavilhanas, a Reserva de Desenvolvimento Sustentável Amanã, área de demonstração da Reserva de Desenvolvimento Sustentável Mamirauá. Oferece uma mostra significativa de ecossistemas de várzea, bosques de igapó, lagos e rios que formam um mosaico aquático onde vive a maior variedade de espécies de peixes elétricos do mundo. Além disso, o sítio abriga outras importantes espécies animais em risco de extinção, por exemplo o arapaima gigante, o manati do Amazonas, o caimán negro e dois tipos de delfins fluviais. (UNESCO/BPI)[23][24]
Ilhas atlânticas brasileiras: Reservas de Fernando de Noronha e Atol das Rocas
Bem natural inscrito em 2001.
Localização: Pernambuco e Rio Grande do Norte
Cimas da grande dorsal submarina do Atlântico Sul que emerge frente nas costas do Brasil, o arquipélago de Fernando de Noronha e o Atol das Rocas representam uma grande parte da superfície insular da região. Devido a suas águas ricas em nutrientes, o sítio é de suma importância para a alimentação e reprodução de atuns, tiburones, tartarugas do mar e mamíferos marinhos. Estas ilhas abrigam a maior concentração de aves marinhas tropicais do Atlântico Ocidental. A baía dos Golfinhos é famosa por sua excepcional população de delfins e, durante a maré baixa, o Atol das Rocas oferece uma espetacular paisagem, salpicado de lagunas e poças repletas de peixes. (UNESCO/BPI)[25]
Zonas protegidas do Cerrado: Parques nacionais de Chapada dos Veadeiros e das Emas
Bem natural inscrito em 2001.
Localização: Goiás
Estes parques abrigam a flora, fauna e habitats característicos do “cerrado”, um dos ecossistemas tropicais mais antigos e diversificados do mundo. Os dois sítios protegidos tem servido de refúgio durante milênios a numerosas espécies nos períodos de mudança climática e se estima que serão indispensáveis para o mantimento da biodiversidade. (UNESCO/BPI)[26]
Centro Histórico de Goiás
Bem cultural inscrito em 2001.
Localização: Goiás
Goiás constitui um testemunho da ocupação e colonização do interior de Brasil nos séculos XVIII e XIX. Seu desenho urbano é característico das cidades mineras de desenvolvimento orgânico, adaptadas a seu entorno. Ainda que modesta, a arquitetura de seus edifícios públicos e privados apresentam uma grande harmonia, que é fruto, entre outros fatores, de um emprego coerente de materiais e técnicas locais. (UNESCO/BPI)[27]
Praça de São Francisco
Bem cultural inscrito em 2010.
Localização: Sergipe
A praça de São Francisco na cidade de São Cristovão forma um quadrilátero a céu aberto rodeado de imponentes edifícios, como a igreja e convento de São Francisco, a igreja e a Santa Casa da Misericórdia, o palácio provincial e suas moradias associadas de diferentes períodos históricos. Este conjunto monumental, unindo as casas dos séculos XVIII e XIX que o rodeiam, criam uma paisagem urbana reflexo da história da cidade desde suas origens. O complexo franciscano é um exemplo da arquitetura típica desenvolvida por esta ordem religiosa no nordeste de Brasil. (UNESCO/BPI)[28]
Paisagem cultural do Rio de Janeiro
Bem cultural inscrito em 2012.
Localização: Rio de Janeiro
O resultado é a consequência de um estudo minucioso do Iphan em que se avaliou a forma criativa com que o habitante se adaptou aos elementos naturais que inspiraram o desenvolvimento urbano da cidade. A paisagem carioca é a imagem mais explícita do que podemos chamar de civilização brasileira, com sua originalidade, desafios, contradições e possibilidades. A classificação inclui o Parque Nacional da Tijuca, o Jardim Botânico, o Corcovado e as montanhas em torno da Baía de Guanabara. (UNESCO/BPI)[29]
Conjunto Arquitetônico da Pampulha
Bem cultural inscrito em 2016.
Localização: Belo Horizonte
O Conjunto Arquitetônico da Pampulha era o centro de um projeto de cidade-jardim visionário criado em 1940 em Belo Horizonte, capital de Minas Gerais. Concebido em torno de um lago artificial, este centro cultural e de lazer inclui um casino, um salão de baile, o Iate Clube e a igreja São Francisco de Assis. Os edifícios foram concebidos pelo arquiteto Oscar Niemeyer, em colaboração com artistas inovadores.[30]
Cais do Valongo e da Imperatriz
Bem cultural inscrito em 2017.
Localização: Rio de Janeiro
Porto antigo da cidade do Rio de Janeiro em que o antigo cais de pedra foi construído para o desembarque de africanos escravizados que chegaram ao continente sul-americano a partir de 1811.[31]
Paraty e Ilha Grande – Cultura e Biodiversidade
Bem cultural e natural (misto) inscrito em 2019.
Localização: Rio de Janeiro
Localizada entre a serra da Bocaina e o Oceano Atlântico, essa paisagem cultural inclui o centro histórico de Paraty, uma das cidades costeiras mais bem preservadas do Brasil, além de quatro áreas naturais protegidas da Mata Atlântica brasileira, uma das cinco regiões de maior biodiversidade do mundo. Paraty é o lar de uma diversidade impressionante de espécies, algumas das quais estão ameaçadas, como a onça-pintada (Panthera onca), a queixada (Tayassu pecari) e várias espécies de primatas, incluindo o macaco-aranha (Brachyteles arachnoides), um primata endêmico que é emblemático da grande biodiversidade da região. No final do século XVII, Paraty foi o ponto final do Caminho do Ouro, ao longo do qual o ouro foi enviado para a Europa. Seu porto também serviu como ponto de entrada para ferramentas e escravos africanos, enviados para trabalhar nas minas. Um sistema de defesa foi construído para proteger a riqueza do porto e da cidade. O centro histórico de Paraty manteve seu plano do século XVIII e grande parte de sua arquitetura colonial que data do século XVIII e início do século XIX. (UNESCO/ERI)[32]

Sítio Roberto Burle Marx
Bem cultural inscrito em 2021.
Localização: Rio de Janeiro
Localizado a oeste do Rio de Janeiro, este sítio mostra o projeto de sucesso realizado há mais de 40 anos pelo artista e paisagista Roberto Burle Marx (1909-1994), que buscou criar um "obra de arte viva" e um "laboratório paisagístico" com base na vegetação nativa e inspirando-se nas ideias do movimento modernista. Iniciado em 1949, este jardim paisagístico representa os elementos essenciais do que se tornou o estilo único de Burle Marx, cuja influência foi notável na criação de muitos jardins modernos em todo o mundo. O jardim se caracteriza por suas formas sinuosas, pela exuberância de suas extensas plantações, pelo arranjo arquitetônico de sua vegetação, pelo uso de espécies botânicas tropicais e pela incorporação de elementos artísticos típicos do folclore popular. No final da década de 1960, este sítio abrigava a coleção mais representativa de plantas nativas brasileiras, juntamente com numerosos espécimes raros da flora tropical. As 3.500 espécies de plantas plantadas no jardim crescem em harmonia com a vegetação nativa da região, essencialmente composta por manguezais, matas latifoliadas úmidas ("restingas") e Mata Atlântica. O sítio é uma amostra viva do processo de expressão nos factos de uma concepção ecológica da estética, que integrou também a cooperação social na sua concretização por ser este o elemento básico fundamental para a preservação do património ambiental e cultural. É o primeiro jardim tropical moderno a ser inscrito na Lista do Patrimônio Mundial. (UNESCO/BPI)[33]

Lista indicativa[editar | editar código-fonte]

Em adição aos sítios inscritos na Lista do Patrimônio Mundial, os Estados-membros podem manter uma lista de sítios que pretendam nomear para a Lista de Patrimônio Mundial, sendo somente aceitas as candidaturas de locais que já constarem desta lista.[34] Desde 2021, o Brasil possui 21 locais na sua Lista Indicativa.[35]

Sítio Imagem Localização Ano listado Dados UNESCO Descrição
Reserva Biológica de Atol das Rocas  Rio Grande do Norte
3° 51′ 50″ S, 33° 48′ 48″ O
1996 Natural: (vii)(ix) O sítio proposto inclui pequenas ilhas e a área oceânica ao redor do único atol atlântico genuíno. O parque nacional foi estabelecido como uma reserva natural em junho de 1979 e se localiza a 144 quilômetros da costa brasileira, sendo notório como uma região com uma rica variedade de aves e outros tipos de fauna e flora marinhas.
Igreja e Mosteiro de São Bento  Rio de Janeiro
22° 53′ 49″ S, 43° 10′ 41″ O
1996 Cultural: (i)(ii)(iv) O Mosteiro de São Bento foi erguido na era colonial brasileira sobre um dos quatro morros (Conceição, Castelo e de Santo Antônio) que originaram a cidade do Rio de Janeiro entre os séculos XVII e XVIII. A primeira estrutura religiosa no local foi erguida em 1617 e continuamente ampliada ao longo dos séculos seguintes. O interior do templo principal do complexo arquitetônico é notável pela decoração em talhas (técnica escultórica em madeira) e pinturas datadas de um período que abrange do século XVII ao XIX.
Palácio da Cultura  Rio de Janeiro
22° 54′ 33″ S, 43° 10′ 26″ O
1996 Cultural: (i)(ii)(iv) O Palácio Gustavo Capanema foi construído entre 1937 e 1945 de acordo com o projeto de uma extensa equipe de arquitetos seguindo os projetos originais de Le Corbusier. O complexo creditado coletivamente aos arquitetos Lúcio Costa, Oscar Niemeyer, Affonso Eduardo Reidy, Carlos Leão, Jorge Machado Moreira e Ernâni Vasconcelos serviu de nova sede ao então recém-criado Ministério da Educação e Saúde e tornou-se rapidamente símbolo dos ideais nacionalistas modernos da Era Vargas. Amplamente considerado um dos primeiros experimentos da arquitetura moderna brasileira em larga escala, o Palácio da Cultura possui jardins projetados por Burle Marx e um conjunto de azulejos e murais de Cândido Portinari.
Parque Nacional do Pico da Neblina  Amazonas
0° 48′ 01″ N, 66° 00′ 25″ O
1996 Natural: (vii)(ix)(x) A 2.995 metros de altitude, o Pico da Neblina constitui o ponto mais alto do território brasileiro e sua área circundante é formada por uma reserva natural conhecida como Parque Nacional do Pico da Neblina (no estado do Amazonas) ou Cerro La Neblina Nacional (na Venezuela). O parque natural de 220 mil hectares abriga uma rica biodiversidade marcada principalmente por espécies endêmicas de flora (como a Schefflera plurispicata e a Hortia neblinensis) e de fauna (como o Riolama stellata).
Estação Ecológica do Taim  Rio Grande do Sul
32° 44′ 33″ S, 52° 34′ 28″ O
1996 Natural: (ix)(x)
Estação Ecológica Raso da Catarina Bahia Bahia
9° 45′ 47″ S, 38° 31′ 26″ O
1996 Natural: (vii)(ix)
Estação Ecológica das Anavilhanas  Amazonas
2° 23′ 41″ S, 60° 55′ 14″ O
1998 Natural: (vii)(ix)(x)
Cânion do Rio Peruaçu  Minas Gerais
15° 10′ 00″ S, 44° 22′ 00″ O
1998 Misto: (iii)(iv)(v)(vii)(viii)(ix)(x)
Parque Nacional da Serra da Canastra  Minas Gerais
20° 20′ 58″ S, 46° 38′ 18″ O
1998 Natural: (vii)(ix)(x)
Parque Nacional da Serra da Capivara  Piauí
8° 25′ 00″ S, 42° 20′ 00″ O
1998 Misto: (iii)(iv)(vii)(viii)(ix)(x)
Parque Nacional da Serra do Divisor  Acre
8° 02′ 39″ S, 73° 33′ 55″ O
1998 Natural: (vii)(viii)(ix)(x)
Paisagem Cultural de Paranapiacaba: Vila e sistema ferroviário da Serra do Mar  São Paulo
23° 46′ 39″ S, 46° 18′ 21″ O
2014 Cultural: (i)(ii)(iv)
Ver-o-Peso Pará Pará 2014 Cultural: (vii)(ix)
Teatros da Amazônia[nota 1]
 Amazonas 2015 Cultural: (ii)(iv)(vi)
Rede de Fortificações do Brasil[nota 2]
 Santa Catarina /  São Paulo /  Rio de Janeiro / Bahia Bahia /  Pernambuco /  Rio Grande do Norte / Pará Pará /  Amapá /  Rondônia /  Mato Grosso do Sul 2015 Cultural: (ii)(iv)
Açude do Cedro  Ceará 2015 Cultural: (iv)
Geoglifos do Acre  Acre 2015 Cultural: (iii)(iv)(v)
Itacoatiaras do Rio Ingá  Paraíba 2015 Cultural: (i)(iii)
Parque Nacional dos Lençóis Maranhenses  Maranhão 2017 Natural: (vii)(viii)(x)

Ver também[editar | editar código-fonte]

Notas

Referências

  1. «Convenção para a Proteção do Património Mundial, Cultural e Natural» (PDF). UNESCO. 21 de novembro de 1972 
  2. «Brasil». UNESCO 
  3. «4th session of the World Heritage Committee». UNESCO 
  4. Centre, UNESCO World Heritage. «Sítio Roberto Burle Marx». UNESCO World Heritage Centre (em inglês). Consultado em 16 de novembro de 2022 
  5. Centre, UNESCO World Heritage. «Cultural sites in Africa, Arab Region, Asia, Europe, and Latin America inscribed on UNESCO's World Heritage List». UNESCO World Heritage Centre (em inglês). Consultado em 16 de novembro de 2022 
  6. Centre, UNESCO World Heritage. «Jesuit Missions of the Guaranis: San Ignacio Mini, Santa Ana, Nuestra Señora de Loreto and Santa Maria Mayor (Argentina), Ruins of Sao Miguel das Missoes (Brazil)». UNESCO World Heritage Centre (em inglês). Consultado em 16 de novembro de 2022 
  7. «World Heritage List». UNESCO. Consultado em 28 de maio de 2010 
  8. «The Criteria for Selection». UNESCO. Consultado em 10 de setembro de 2011 
  9. «Historic Town of Ouro Preto». UNESCO. Consultado em 10 de setembro de 2011 
  10. «Historic Centre of the Town of Olinda». UNESCO. Consultado em 10 de setembro de 2011 
  11. «Jesuit Missions of the Guaranis». UNESCO. Consultado em 8 de setembro de 2011 
  12. «Jesuit Missions of the Guaranis: San Ignacio Mini, Santa Ana, Nuestra Señora de Loreto and Santa Maria Mayor (Argentina), Ruins of Sao Miguel das Missoes (Brazil)». UNESCO. Consultado em 8 de setembro de 2011 
  13. «Historic Centre of Salvador de Bahia». UNESCO. Consultado em 28 de maio de 2010 
  14. «Sanctuary of Bom Jesus do Congonhas». UNESCO. Consultado em 10 de setembro de 2011 
  15. «Iguaçu National Park». UNESCO. Consultado em 10 de setembro de 2011 
  16. «Brasília». UNESCO. Consultado em 28 de maio de 2010 
  17. «Serra da Capivara National Park». UNESCO. Consultado em 10 de setembro de 2011 
  18. «Historic Centre of São Luís». UNESCO. Consultado em 28 de maio de 2010 
  19. «Historic Centre of the Town of Diamantina». UNESCO. Consultado em 28 de maio de 2010 
  20. «Atlantic Forest South-East Reserves». UNESCO. Consultado em 28 de maio de 2010 
  21. «Discovery Coast Atlantic Forest Reserves». UNESCO. Consultado em 28 de maio de 2010 
  22. «Pantanal Conservation Area». UNESCO. Consultado em 10 de setembro de 2011 
  23. «Central Amazon Conservation Complex». UNESCO. Consultado em 28 de maio de 2010 
  24. «Decision - 27COM 8C.10 - Central Amazon Conservation Complex (Brazil)». UNESCO. Consultado em 26 de setembro de 2011 
  25. «Brazilian Atlantic Islands: Fernando de Noronha and Atol das Rocas Reserves». UNESCO. Consultado em 28 de maio de 2010 
  26. «Cerrado Protected Areas: Chapada dos Veadeiros and Emas National Parks». UNESCO. Consultado em 28 de maio de 2010 
  27. «Historic Centre of the Town of Goiás». UNESCO. Consultado em 10 de setembro de 2011 
  28. «São Francisco Square in the Town of São Cristóvão». UNESCO. Consultado em 10 de setembro de 2011 
  29. «Rio de Janeiro: Carioca Landscapes between the Mountain and the Sea». UNESCO. Consultado em 2 de julho de 2011 
  30. «Rio de Janeiro: Carioca Landscapes between the Mountain and the Sea». UNESCO. Consultado em 2 de julho de 2011 
  31. «Valongo Wharf Archaeological Site». UNESCO. Consultado em 9 de julho de 2017 
  32. «Paraty and Ilha Grande – Culture and Biodiversity». UNESCO. Consultado em 7 de julho de 2019 
  33. «Sítio Roberto Burle Marx». UNESCO 
  34. «World Heritage List Nominations». UNESCO 
  35. «Tentative Lists - Brazil». UNESCO 

Ligações externas[editar | editar código-fonte]