Lya Luft: diferenças entre revisões
bot: revertidas edições de 187.115.24.166 ( modificação suspeita : -61), para a edição 34477552 de Legobot |
|||
Linha 42: | Linha 42: | ||
=== Seu estilo === |
=== Seu estilo === |
||
{{quote|Sou fascinada pelo lado |
{{quote|Sou fascinada pelo lado complicadooro a natureza. Mas eu tenho um outro olho que observa o lado difícil, sombrio. A minha literatura nu vai ser "aí casaram e foram felizes para sempre". Minha literatura sempre nasceu do conflito, da dificuldade, do isolamento.|Lya Luft }} |
||
== Obras == |
== Obras == |
Revisão das 13h29min de 6 de maio de 2013
Lya Luft | |
---|---|
Nascimento | 15 de setembro de 1938 (85 anos) Santa Cruz do Sul, RS |
Nacionalidade | Brasileira |
Ocupação | Escritora e tradutora |
Lya Fett Luft (Santa Cruz do Sul, 15 de setembro de 1938) é uma escritora e tradutora brasileira. É também uma professora universitária aposentada e colunista da revista semanal Veja.
Biografia
Lya Fett nasceu em Santa Cruz do Sul, uma cidade de colonização alemã, como filha do advogado e juiz Arthur Germano Fett. A sua família tinha muito orgulho de suas raízes germânicas e, por isso, considerava-se superior aos "brasileiros", embora seus integrantes tivessem chegado ao Brasil em 1825.[1] Durante sua juventude, Lya foi uma tida como uma menina desobediente e contestadora: não gostava de aprender a cozinhar nem a bordar e chegou a ser mandada para um internato durante dois meses. Porém, desde cedo foi uma ávida leitora — aos onze anos, já recitava poemas de Göethe e Schiller — e tinha um relacionamento mais natural com o pai, um homem culto a quem idolatrava, do que com a mãe. Aos dezenove anos, ela se converteu ao catolicismo, espantando aos pais, ambos luteranos.[2]
A partir de 1959, Lya Luft passou a residir em Porto Alegre, onde se diplomou em Pedagogia e em Letras Anglo-Germânicas pela Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul (PUCRS). Passou a trabalhar então como tradutora de literaturas em alemão e inglês — já traduziu para o português mais de cem livros, dentre os quais se destacam traduções de Virginia Woolf, Rainer Maria Rilke, Hermann Hesse, Doris Lessing, Günter Grass, Botho Strauss e Thomas Mann.
Em 1963, aos vinte e cinco anos, Lya se casou com Celso Pedro Luft, então um irmão marista, dezenove anos mais velho do que ela. Eles se conheceram durante uma prova de vestibular, para a qual ela chegara atrasada. Ela e seu marido tiveram três filhos: Suzana (1965), André (1966) e Eduardo (1969).
De 1970 a 1982, ela trabalhou como professora titular de Linguística na Faculdade Porto-Alegrense (FAPA) e obteve o grau de mestra em Linguística (1975, pela PUCRS) e em Literatura Brasileira (1978, pela UFRGS).[3]
Em 1985, Lya Luft anulou seu casamento com Celso para viver com o psicanalista e também escritor Hélio Pellegrino, no Rio de Janeiro. Eles foram apresentados um ao outros por Nélida Piñon. Em 1992, quatro anos após a morte de Pellegrino, Lya voltou a viver como esposa de Celso Luft, de quem ficou viúva em 1995. É opositora do ex-presidente Lula e do PT, sendo simpatizante do PSDB e do ex-governador de São Paulo, José Serra, tendo declarado seu voto a este no horário eleitoral em 2010.
Carreira literária
No início de seu primeiro casamento, Lya Luft começou a escrever poemas, reunidos no livro Canções de limiar (1964). Em 1972, foi publicado seu segundo livro de poemas, intitulado Flauta doce. Quatro anos mais tarde, escreveu alguns contos e mandou-os para um editor da Nova Fronteira, Pedro Paulo Sena Madureira, que os considerou "publicáveis". Em 1978, foi lançado sua primeira coletânea de contos, Matéria do Cotidiano.
O mesmo editor da Nova Fronteira tinha aconselhado Lya a escrever romances. Daí surgiu As parceiras, publicado em 1980. No ano seguinte veio A asa esquerda do anjo. Tais livros foram influenciados por uma visão de morte que a autora teve depois de sofrer um acidente automobilístico quase fatal em 1979.
Em 1982, publicou Reunião de Família e, em 1984, outras duas obras: O Quarto Fechado e Mulher no Palco. O primeiro foi lançado nos Estados Unidos sob o título The Island of the Dead. Em 1987, lançou Exílio; em 1989, o livro de poemas O Lado Fatal; e, em 1996, o premiado O Rio do Meio (ensaios), considerado a melhor obra de ficção daquele ano.
Em 2001, Luft recebeu o prêmio União Latina de melhor tradução técnica e científica, pela obra Lete: Arte e crítica do esquecimento, de Harald Weinrich.
No total, já escreveu e publicou 23 livros, entre romances, coletâneas de poemas, crônicas, ensaios e livros infantis.
Os livros de Lya Luft continuam sendo traduzidos para diversos idiomas, como alemão, inglês e italiano.
Seu estilo
Sou fascinada pelo lado complicadooro a natureza. Mas eu tenho um outro olho que observa o lado difícil, sombrio. A minha literatura nu vai ser "aí casaram e foram felizes para sempre". Minha literatura sempre nasceu do conflito, da dificuldade, do isolamento.— Lya Luft
Obras
- Canções de Limiar, 1964
- Flauta Doce, 1972
- Matéria do Cotidiano, 1978
- As Parceiras, 1980
- A Asa Esquerda do Anjo, 1981
- Reunião de Família, 1982
- O Quarto Fechado, 1984
- Mulher no Palco, 1984
- Exílio, 1987
- O Lado Fatal, 1989
- A Sentinela, 1994
- O Rio do Meio, 1996
- Secreta Mirada,1997
- O Ponto Cego, 1999
- Histórias do Tempo, 2000
- Mar de Dentro, 2000
- Perdas e Ganhos, 2003
- Histórias de Bruxa Boa, 2004
- Pensar é Transgredir, 2004
- Para não Dizer Adeus, 2005
- Em outras Palavras, 2006
- A Volta da Bruxa Boa, 2007
- O Silêncio dos Amantes, 2008
- Criança Pensa, 2009
- Múltipla Escolha, 2010
- A Riqueza do Mundo, 2011
- O Tigre Na Sombra, 2012
Bibliografia
- MENEZES, Raimundo de. Dicionário literário brasileiro. 2ª edição. Rio de Janeiro: LTC, 1978.
Referências
Ligações externas
- «Entrevista com Lya F. Luft». , por Stella Máris Valenzuela.
- «Literatur von und über Lya Luft». , listagem de obras.
- «Biografia de Lya Luft»
- Nascidos em 1938
- Escritores contemporâneos do Brasil
- Escritores do Rio Grande do Sul
- Romancistas do Brasil
- Tradutores do Brasil
- Poetas do Rio Grande do Sul
- Ex-alunos da Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul
- Ex-alunos da Universidade Federal do Rio Grande do Sul
- Naturais de Santa Cruz do Sul
- Teuto-brasileiros