Movimento Música para Baixar – MPB

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O Movimento Música para Baixar – MPB é um movimento artístico que milita pela democratização da música sem a interferência de terceiros, disponibilizando o seu trabalho através da internet e tornando-o acessível a todos os públicos. Este movimento surgiu dentro de outro movimento, o Cultura Livre.

Ele se contrapõe à atual estrutura do mercado musical, que reputa excludente, e defende o reconhecimento legal do direito de compartilhar arquivos digitais de música.[1][2][3]

Adeptos deste movimento defendem o livre compartilhamento de arquivos musicais via internet e a flexibilização do direito autoral. O movimento conta com a adesão de artistas e músicos preocupados com a questão da censura na web.[4]

O movimento faz parte do Conselho Rede Música Brasil.[5]

História do Movimento[editar | editar código-fonte]

O manifesto foi engajado pela banda O Teatro Mágico e seu líder, Fernando Anitelli. Eles participaram da formação e diretrizes do movimento MPB, que “volta os olhos” – não só dos artistas como também do público – para a questão dos direitos autorais e a censura na web[7].

Muitas bandas e artistas estão aderindo ao movimento como forma de divulgação de seus trabalhos[8]. Segundo Gustavo Anitelli, “o fato de muitas pessoas ouvirem músicas na internet faz muitas pessoas irem aos shows e comprarem os CDs das bandas que estão ouvindo[9].

Para o jornalista e músico Arthur de Faria, ao contrário do que muitos pensam, este movimento não quer e não vai acabar com o direito autoral[10].

Conceitos[editar | editar código-fonte]

Segundo os defensores deste movimento "Quem baixa música não é pirata, é divulgador! Semeia gratuitamente projetos musicais". Sem se vincular a um gênero musical, e para além do contexto da música, o MPB se propõe a articular arte, tecnologia e comunicação colaborativa, pretendendo levar suas propostas para o maior número de pessoas.[11]

O movimento busca estabelecer o que define como uma nova relação entre o capital e o trabalho, por meio de conceitos e práticas da economia solidária, em função de uma alegada grande demanda de diferentes agentes culturais pela geração autônoma de renda. Além disso, combatem a prática do jabá nos veículos de comunicação, sob o argumento de que ele corrompe e prejudica as manifestações culturais[12].

Críticas[editar | editar código-fonte]

Os críticos deste movimento defendem que um modelo livre demais pode prejudicar artistas que vivem apenas de composições e não fazem apresentações. Para eles “não se deve criminalizar o usuário, mas estabelecer algum tipo de taxa sobre aqueles que efetivamente lucram com o comércio de música na internet[9].

Críticas de Rick Bonadio[editar | editar código-fonte]

Em 2009, o diretor musical Rick Bonadio fez duras críticas ao movimento. Segundo ele, “quem dá música de graça na internet é estúpido e não valoriza seu trabalho. Quem baixa músicas sem autorização sabe que está lesando o artista”.

Em resposta, o músico Fernando Anitelli, um dos maiores entusiastas da música livre no Brasil, disse: “não seja tão mal educado, alguém que se diz realizado não precisa chamar de estúpida uma nova geração de músicos[13].

Marcos do Movimento[editar | editar código-fonte]

Um dos marcos do movimento aconteceu em 2011, com o Festival Internacional de Música Livre.[14]

Em 2013, a música Canção da Terra tornou-se a primeira música de livre distribuição e gestão de obra feita pelo autor a fazer parte de uma trilha sonora de novela (presente na novela Flor do Caribe).[15]

Bandas/Artistas Participantes do Movimento[editar | editar código-fonte]

Muitos artistas e bandas já aderiram ao movimento. Abaixo segue o nome de alguns:[16][17]

Nacionais[editar | editar código-fonte]

Internacionais[editar | editar código-fonte]

Referências

  1. Serviço Federal de Processamento de Dados. «O Poder público mostra sua produção». Consultado em 19 de junho de 2010 
  2. O Globo. «Manifesto Movimento Música para Baixar». Consultado em 18 de junho de 2010 
  3. Portal da Amazônia. «Banda Klethus divulga rock roraimense com single na internet». Consultado em 18 de junho de 2010 
  4. araras.sp.gov.br/ “O Teatro Mágico” abrirá 1º Festival do Café & Chocolate
  5. acessototalrevista.org/[ligação inativa] Sobre a FMB
  6. culturabrasil.com.br/[ligação inativa] Fernando Anitelli: “Música livre não é caridade!"
  7. tpmidia.org/[ligação inativa] Nem só de mídia é feita a música!
  8. brasilcultura.com.br/ O que é o Creative Commons
  9. a b agenciabrasil.ebc.com.br/ Daniel Mello, Agência Brasil, página visitada em 27 de março de 2013. Artistas querem mais transparência no pagamento de direitos autorais
  10. sul21.com.br/ Arthur de Faria: “Careta é não poder viver da música
  11. Software Livre Brasil. «Comunidade do Movimento Música para Baixar - MPB». Consultado em 18 de junho de 2010 
  12. Folha de Boa Vista. «Movimento 'Música para Baixar' se fortalece». Consultado em 20 de junho de 2010 
  13. ambientemusical.net/ Rick Bonadio discute com O Teatro Mágico no Twitter
  14. advivo.com.br/ O Festival Internacional de Música Livre
  15. revista.espiritolivre.org/ Arquivado em 11 de abril de 2013, no Wayback Machine. Pedro Munhoz e Teatro Mágico criam o primeiro contrato de música livre no Brasil
  16. O Globo. «Zélia Duncan, Léo Jaime e Leoni encabeçam manifesto que defende fã que baixa música». Consultado em 18 de junho de 2010 
  17. Terra. «Chat com O Teatro Mágico». Consultado em 20 de junho de 2010 [ligação inativa]
  18. guarulhosweb.com.br/ Evento marca ainda final do Festival de Música Estudantil e lançamento de mais Pontos de Cultura

Ligações externas[editar | editar código-fonte]