Mahmoud al-Werfalli

Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.
Mahmoud al-Werfalli
Nascimento 1978
Morte 24 de março de 2021
Bengasi
Ocupação militar

Mahmoud Mustafa Busayf al-Werfalli (nascido em 1978 – Bengasi, 24 de março de 2021) foi um comandante da al-Saiqa, uma unidade de elite do Exército Nacional Líbio, uma das facções em guerra na Segunda Guerra Civil Líbia. Al-Werfalli foi indiciado em 2017 pelo Tribunal Penal Internacional (TPI) por crimes de guerra.

Al-Werfalli foi membro da tribo Warfalla, que era leal ao antigo governante líbio Muammar Gaddafi e do qual muitos membros das forças de segurança de Gaddafi foram recrutados.[1][2] Al-Werfalli começou sua carreira no exército líbio em 2000 depois de se formar no colégio militar do país. Tornou-se membro da unidade de elite al-Saiqa e permaneceu membro quando a Guerra Civil Líbia contra o governo Gaddafi começou em 2011.[1] Logo depois, a al-Saiqa, sob o comando de Wanis Bukhmada, desertou e se juntou aos rebeldes.[1]

Após o fim do governo de Gaddafi, al-Saiqa alinhou-se com o Exército Nacional Líbio, liderado por Khalifa Haftar, e lutou contra o Conselho da Shura de Revolucionários de Bengazi na cidade de Bengazi e em seus arredores de 2014 a 2017 em uma batalha pelo controle da cidade. A cerca de 2017, al-Werfalli era um comandante regional da al-Saiqa e supervisionava pelo menos um centro de detenção.[1] Nesse ano, al-Werfalli ganhou notoriedade internacional ao aparecer em vídeos publicados pelas contas de redes sociais da al-Saiqa que o mostravam executando ou ordenando a execução dos prisioneiros.[3] No total sete vídeos foram publicados.[4] Um vídeo em particular retratava a execução de vinte homens.[5] As ações de al-Werfalli foram examinadas pelo Escritório do Alto Comissário das Nações Unidas para os Direitos Humanos, que documentou vários desses incidentes e pediu uma investigação completa.[6][7]

Mahmoud al-Werfalli foi indiciado em 15 de agosto de 2017 por crimes de guerra com relação à situação na Líbia. Dois dias depois de o Tribunal ter emitido o mandado de prisão, o Exército Nacional Líbio anunciou que havia prendido al-Werfalli e que ele estava sob investigação.[8] No entanto, ele não foi transferido para a custódia do TPI.[9]

Al-Werfalli foi assassinado em 24 de março de 2021 em Bengasi.[10]

Notas[editar | editar código-fonte]

  • Este artigo foi inicialmente traduzido, total ou parcialmente, do artigo da Wikipédia em inglês cujo título é «Mahmoud al-Werfalli».

Referências

  1. a b c d «ICC-01/11-01/17: The Prosecutor v. Mahmoud Mustafa Busayf Al-Werfalli Warrant of Arrest» (PDF). International Criminal Court. 15 de agosto de 2017 
  2. Kelly, Sanja; Walker, Christopher; Dizard, Jake, eds. (2008). Countries at the crossroads: a survey of democratic governance. [S.l.]: Rowman & Littlefield. 708 páginas. ISBN 978-0-7425-5899-1 
  3. «ISIL fighters executed by Haftar's forces in Libya». Al Jazeera. 23 de julho de 2017 
  4. «Death squad kills 33 ISIS men and posts videos online - Terror.News». Terror.News (em inglês). 4 de setembro de 2017 
  5. Lion, Patrick (24 de julho de 2017). «'ISIS fighters' in hoods and orange jumpsuits shot dead by Libyan fighters in mass execution video». Daily Mirror 
  6. Throssell, Liz (18 de julho de 2017). «Press briefing notes on Libya». Office of the United Nations High Commissioner for Human Rights 
  7. Nebehay, Stephanie; Lewis, Aidan (18 de julho de 2017). «U.N. urges east Libya army to probe executions, suspend commander». Reuters 
  8. «East Libyan forces say have arrested commander sought by ICC». Reuters. 17 de agosto de 2017 
  9. «Case Information Sheet: Al-Werfalli» (PDF). ICC 
  10. «Gunmen assassinate ICC-wanted Mahmoud Al-Werfalli in Libya's Benghazi». The Libya Observer (em inglês). 24 de março de 2021. Consultado em 24 de março de 2021