Maierperi

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HIERÓGLIFO
U1G1M17E22D2
Z1
O1
D21
M17M6N21
Z1
Maiherpri
Essa imagem mais importante da outra

O antigo egípcio e nobre Maierperi (Maiherperi) ou Maierpri (Maiherpri) foi enterrado no Vale dos Reis na tumba KV36. Ele viveu, provavelmente, durante o reinado de Tutemés IV, e foi enterrado no Vale dos Reis, a necrópole real e seu nome pode ser traduzido como O Leão do Campo de Batalha .[1]

Alguns de seus títulos eram Criança do Berçário (Child of the Nursery) e O Portador do Leque Real do Lado Direito (Royal Fan-Bearer of the Right Hand Side). Há especulações que o primeiro título significava que ele cresceu em um berçário real como um príncipe de um território dominado pelo Egito ou talvez ele tenha sido o filho de uma esposa de menor importância ou concubina do faraó.[2]

Ele estava entre os primeiros duranto o Império Novo para ter ganho o seu segundo título, e o título estava literalmente correto no que dizia que ele estava ao lado do faraó, como um conselheiro ou guarda-costas.[1]

O mesmo título foi também usado para denotar o vice-rei cuxita mai tarde no Império Novo.[1]

A tumba de Maierperi[editar | editar código-fonte]

Na tumba de Maierperi, um papiro foi encontrado ilustrando-o com a pele negra, levando os estudiosos a crer que ele era nativo da Núbia ou um descendente núbio (Isto porque acreditava-se, a epoca, que os faraós egipcios fossem provenientes do Cáucaso) .[3] O papiru em questão era o Livro dos Mortos, que de acordo com O'Connor e Cline "era certamente o mais famoso e indiscutivelmente o mais belo" Livro dos Mortos.[4]

A múmia foi desenfaixada por Georges Daressy em Março de 1901.[1], revelando uma múmia de pele negra.[5]) correspondendo o que mostrava a sua cópia do Livro dos Mortos, e pensa-se que aquela era a cor normal de Maierperi que não sofreu modificações no processo de mumificação.[5]

Ele também tinha fortemente enrolado um cabelo lanoso, promovendo o argumento da ascendência núbia, que viria a revelar ser uma peruca colada em seu couro cabeludo, o que faz sentido visto que o formato do seu nariz é mais refinado que a de muitos caucasianos actuais quando sua múmia foi registrada em fotos arqueológicas (os lábios também não parecem grossos). Em múmias caucasianas é comum que a pele se torne mais escura via processo de oxidação e necrose.[5] No entanto, essas afirmações são apenas especulativas. Carregam em seu bojo, forte ideal em tentar diminuir a importância histórica da raça camita, em prol da raça caucasoide, posto que são afirmativas infundadas, uma vez que o livro dos mortos tinha como objetivo orientar os caminhos do morto no pós vida, e nao, registrar a sua biografia. Infelizes argumentos racistas que chegam a agredir a inteligência do leitor que busca agregar conhecimento histórico verdadeiro.

Bibliografia[editar | editar código-fonte]

  • Michael Rice, Who's Who in Ancient Egypt By Michael Rice, Routledge 2001, ISBN 0-415-15448-0, p. 104
  • David B. O'Connor, Eric H. Cline, Amenhotep III: Perspectives on His Reign, University of Michigan Press 1998, ISBN 0-472-08833-5

Referências[editar | editar código-fonte]

  • Este artigo é uma tradução do artigo correspondente da wikipedia em inglês. Estas são as referências do artigo original.
  1. a b c d Forbes, Dennis C. Tombs, Treasures, Mummies: Seven Great Discoveries of Egyptian Archaeology. p.104 KMT Communications, Inc. 1998. ISBN 1-879388-00-7
  2. Forbes, Dennis C. Tombs, Treasures, Mummies: Seven Great Discoveries of Egyptian Archaeology. p.106 KMT Communications, Inc. 1998. ISBN 1-879388-00-7
  3. O'Connor & Cline, op.cit., p.216
  4. Eric H. Cline, David B. O'Connor, Thutmose III: A New Biography, University of Michigan Press 2006, ISBN 0-472-11467-0, p.315
  5. a b c Forbes, Dennis C. Tombs, Treasures, Mummies: Seven Great Discoveries of Egyptian Archaeology p.105 KMT Communications, Inc. 1998. ISBN 1-879388-00-7

Ligações externas[editar | editar código-fonte]